terça-feira, 30 de abril de 2013

Cinema de Abril

The Devil’s Rejects (2005) de Rob Zombie
They Live by Night (1948) de Nicholas Ray
Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back (1980) de Irvin Kershner
Raw Deal (1948) de Anthony Mann
He Walked by Night (1948) de Alfred L. Werker
Lola rennt (1998) de Tom Tykwer
Jagten (2012) de Thomas Vinterberg
M (1931) de Fritz Lang
Spartacus: Blood and Sand (2010-2013) de Steven S. DeKnight *
The Wire (2002-2008) de David Simon*
Sound City (2013) de David Grohl  
Redacted (2007) de Brian De Palma
Firecreek (1968) de Vincent McEveety
A.C.A.B.: All Cops are Bastards (2012) de Stefano Sollima
I quattro dell’apocalisse (1975) de Lucio Fulci
Tyrannosaur (2011) de Paddy Considine
Searching for Sugar Man (2012) de Malik Bendjelloul
Ulzana’s Raid (1972) de Robert Aldrich
Righteous Kill (2008) de Jon Avnet



* Série televisiva

Paris, Texas


domingo, 28 de abril de 2013

RIP Jim Tucker.

Jim Tucker, jornalista americano que dedicara grande parte da sua vida à investigação do "Grupo de Bilderberg". 

A verdade ficou mais pobre (1934-2013)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Föllakzoid - II (2013)

Cá está o novo disco destes astronautas chilenos que são um verdadeiro tributo ao que de melhor floresceu nos 70’s e 60’s musicais (no que diz respeito à sonoridade mais lisérgica e viajante). “II” é a estonteante fusão do melhor Krautrock, Space Rock e Psychedelic Rock. Todos estes três elementos sobrevoam de uma forma vigorosa e sublime toda a atmosfera astral deste álbum. Este disco está para a transcendência dos nossos espíritos, como o querosene está para a descolagem dos aviões. Preparem-se para 45 minutos (+/-) de verdadeira alucinação que nos deixa com os maxilares anestesiados e os sentidos completamente entorpecidos pelas toxinas libertadas pelos tentáculos deste disco. Preparem-se, também, para agir em perfeita condescendência com os mais imediatos e imprevistos espasmos prazerosos que os vossos corpos vão gritar. “II” é um disco de natureza sideral, tocado de mãos ao volante de uma noite estrelada que nunca se expõe perante o resplandecente olhar do sol.  A sonoridade destes chilenos é um eco visceral que se perpetua nas profundidades do Cosmos. É uma indomável nave espacial que serpenteia ferozmente todas as recônditas arestas do Universo. Este segundo disco de Föllakzoid é dono e senhor do Espaço. “Trance” é o adjectivo mais legítimo para classificar a junção de um baixo possante e hipnótico, uma guitarra que, mutuamente, se perde e encontra à velocidade da luz, um sintetizador que não pára de dançar e abraçar os restantes instrumentos de forma sedutora, uma voz que ressoa pelos póros do Universo e uma bateria que compassa a respiração de toda esta perfeita loucura sensorial. 

Ouçam esta preciosidade sem distracções ou interregnos. Coloquem o cinto de segurança e façam boa viagem.    

Generator Parties

Generator parties influenced Kyuss as far as our volume and improvised jamming. Playing in open air like that forces you to really create a sound that surrounds people like a liquid. And you didn’t just showcase your songs like a headlining act. You played like the house band for a bunch of freaks in the middle of nowhere. You would jam. Like bands did in the 60′s and 70′s. There was no time limit. Even the local hardcore punk band would jam. Why not?
Brant Bjork

Chegam os primeiros ventos do Roadburn 2013

Dia I (The Black Heart Rebellion, Blues Pills, Magdalena Solis, High on Fire, Primordial, Black Bombaim, Intronaut, The Psychedelic Warlords,...)



Dia II (Kadavar, Uncle Acid and The Deadbeats, The Pretty Things, Cough, Electric Wizard, Goat, Satan's Satyrs, Amenra,...)


Dia III (The Ocean, Monomyth, Cult of Luna, Victor Griffin's In-Graved, Ash Borer, Elder, My Brother The Wind, The Cosmic Dead, Asphyx,...)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Felipe Arcazas - Nahuatl (2012)

Imaginem-se no meio de um deserto onde os saguaros se espreguiçam em direcção aos céus, onde o sol se debruça sobre imponentes monólitos e boceja brilhantes clarões que esmorecem ao embater nas fervorosas areias que banham este deserto. Imaginem o vosso olhar ser levado pelo vento em direcção ao infindável horizonte enquanto os vossos corpos levitam pela mais inebriada atmosfera que a alma conhecera. Imaginem-se num perfeito estado de apaziguamento onde as vibrações solares beijam o vosso rosto e uma brisa estimulante serpenteia os vossos cabelos. Esse sitio tem nome (Nahuatl) e proprietário (Felipe Arcazas). Este guitarrista brasileiro deixa que a suave e lisérgica aragem que percorre os mais áridos desertos do planeta dedilhem verdadeiros fragmentos de beleza na sua guitarra. Os seus acordes penteiam as areias dos desertos e abraçam o sol vigilante que nunca se põe. Este disco é uma verdadeira ode à ataraxia. É um interminável crepúsculo que irradia harmonia. Com apenas 20 minutos de duração, “Nahuatl” tem a estranha capacidade de abrandar o tempo e se perpetuar nos braços da eternidade. Felipe Arcazas tem-se caracterizado pela sua sonoridade cadenciada, criando autênticas paisagens sonoras respiradas pelo sol e erigidas pelo vento. “Nahuatl” é uma perfeita combustão de anestesia e alucinação que nos consome lentamente e entrega aos pesados véus da leviandade. 

Empoeirem as vossas almas com este disco. 

As ruas de Baltimore ficaram mais pobres...

E as minhas também. Uma saudosa vénia a uma das minhas séries favoritas, The Wire.