quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Review: ⚡ Dirty Streets - "White Horse" (2015) ⚡

Conheci The Dirty Streets algures em 2010 depois de tropeçar no seu álbum de estreia “Portrait Of A Man” (lançado no final de 2009). Esse álbum foi rodado de forma persistente sem nunca deixar esmorecer o encanto que me avassalara logo na primeira audição. Desde então que fui escoltando religiosamente este power-trio natural da cidade de Memphis (Tennessee, EUA) e comungando todos os discos que a banda ia produzindo. Mantendo o rigor no intervalo de dois anos que distancia todos os seus registos, seria expectável o nascimento de um novo álbum em 2015. E assim aconteceu, os agora Dirty Streets (sem “The”) lançavam o seu mais recente trabalho “White Horse” via Alive Naturalsound Records. Fieis ao Blues rebelde, bem-disposto e entusiástico aliado ao Psych Rock deslumbrante e eletrizante que tão bem caracterizam o passado da banda norte-americana, Dirty Streets tem em “White Horse” o amadurecimento da sua sonoridade. Este é um disco que dificilmente não agradará aos velhos apreciadores da banda e a novos ouvintes que nele esbarrem a sua atenção. Grande parte dos temas que compõem “White Horse” vêm sobrecarregados de um Psych Blues intoxicante que depressa nos obriga a dança-lo de forma extravagante e emotiva, enquanto que outros encerram serenas, apaixonantes e formosas baladas que nos estarrecem. Delirem ao som de uma guitarra indomável que se agita freneticamente com os seus solos excitantes e riffs de uma elegância singular. Deixem-se hipnotizar pelo balanceamento rítmico de um baixo dinâmico, robusto e criativo que se enfatiza com admirável exuberância. Desprendam-se ao som de uma bateria inquieta e estimulante, conduzida com desarmante exaltação, que nos injecta uma verdadeira dose de adrenalina. Venerem a voz torneada, rouca e mélica que se enleva com sensualidade nesta desgovernada hemorragia de prazer. Este é um disco tremendamente provocante que nos sacode do primeiro ao último tema. Bebam sem moderação este ardente trago de Blues euforizante dado pelo nome de “White Horse” e extraviem-se pelas místicas estradas do Epicurismo. 

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