P.S.
I Love You (2007) de Richard LaGravenese ★★★★☆
The
Razor’s Edge (1946) de Edmund Goulding ★★★★★
Lolita
(1962) de Stanley Kubrick ★★★★★
Birdman
of Alcatraz (1962) de John Frankenheimer ★★★★☆
Trespassing
Bergman (2013) de Jane Magnusson &
Hynek Pallas ★★★★☆
Midnight
Cowboy (1969) de John Schlesinger ★★★☆☆
Hell
On Wheels S05 (2015-2016) de Joe Gayton & Tony Gayton ★★★★★
Drive
(2011) de Nicolas Winding Refn ★★★★★
Shoot
Out (1971) de Henry Hathaway ★★★★☆
Everybody
Wants Some!! (2016) de Richard Linklater ★★★☆☆
The
Martian (2015) de Ridley Scott ★★★★☆
The
Devil’s Rejects (2005) de Rob Zombie ★★★★☆
The
Departed (2006) de Martin Scorsese ★★★★★
Twin
Peaks S02 (1990-1991) de
Mark Frost & David Lynch ★★★★★
The
Road (2009) de John Hillcoat ★★★★☆
ParaNorman
(2012) de Chris Butler & Sam Fell ★★★☆☆
Pearl
Jam Twenty (2011) de Cameron Crowe ★★★★★
Fandango
(1985) de Kevin Reynolds ★★★☆☆
Reino
Maravilhoso (2015/2016) de Luís Quinta &
Ricardo Guerreiro ★★★★★
Better
Call Saul S02 (2016) de
Vince Gilligan & Peter Gould ★★★★★
At
Close Range (1986) de James Foley ★★★☆☆
Lo
Sound Desert (2016) de Joerg Steineck ★★★★☆
Another
Year (2010) de Mike Leigh ★★★★☆
The
Conjuring 2 (2016) de James Wan ★★★★★
Dead
Man Walking (1995) de Tim Robbins ★★★★☆
Bunny
O’Hare (1971) de Gerd Oswald ★★☆☆☆
Twin
Peaks: Fire Walk with Me (1992) de
David Lynch ★★★★☆
Twin
Peaks: The Missing Pieces (2014) de
David Lynch ★★★★☆
Bacheha-Ye
aseman (1997) de Majid Majidi ★★★★★
Sie
tötete in Ekstase (1971) de Jesús Franco ★★★☆☆
Stranger
Things S01 (2016) de Matt Duffer & Ross Duffer ★★★★★
Away
We Go (2009) de Sam Mendes ★★★★☆
The
Undefeated (1969) de Andrew V. McLaglen ★★★★☆
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Review: ⚡ Astral Son - 'Mind's Eye' (2016) ⚡
‘Mind’s Eye’
representa o terceiro capítulo da admirável odisseia de Astral Son pelos domínios celestiais do Krautrock, Neo-Psych e Space Rock. Lançado oficialmente no
passado dia 16 de Setembro pelo selo alemão Sulatron Records em formato de CD (registo que ainda conhecerá um
posterior lançamento em formato de vinil
pela mão da Headspin Records
agendado para o mês de Novembro), este álbum encerra uma sonoridade bastante estimulante,
contemplativa e envolvente que propulsiona as nossas mentes tão para lá do lado
eclipsado da Lua. Este astronauta holandês – responsável único pela criação da
sonoridade de Astral Son – magnetiza
a nossa consciência para um estádio de perfeita sedação e encantamento. A
guitarra messiânica enfatiza-se nesta fascinante divagação espacial declamando riffs atraentes e solos etéreos que nos circundam,
hipnotizam e serenam. O teclado astral de envaidecidos e delirantes bailados
empresta uma aura mística à ambiência sidérica de ‘Mind’s Eye’, massajando
detidamente o nosso cerebelo e nutrindo uma perfeita atmosfera de ataraxia. A
bateria tribalista galopeia calmamente todo este xamânico ritual que celebra a
sagrada ligação umbilical entre o Homem e o Cosmos, o baixo modorrento de linhas
sussurrantes, robustas e dançantes passeia-se relaxadamente pela essência do
álbum, enquanto que uma voz profética nos seduz e conduz nesta paradisíaca viagem
espiritual pelos mais frondosos e espantosos jardins estelares. ‘Mind’s Eye’ representa a bem-sucedida
evasão da nossa alma pela infinidade cósmica deixando para trás um corpo caído,
desfalecido e inerte. Comunguem esta consagrada hipnose que desamarrará as
âncoras da gravidade espiritual e a elevará a lugares nunca antes explorados.
Uma perfeita ode ao bem-estar.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Review: ⚡ Electric Moon - 'The Doomsday Machine' (2011/2016) ⚡
Electric
Moon
é hoje uma das grandes bandas da minha vida. E se já nutria uma crescente admiração
pelo power-trio germânico, depois de em
2015 os ter vivenciado ao vivo no Reverence
Valada (review aqui) a
mesma agigantara-se de uma forma verdadeiramente espantosa, imortalizando esta
actuação como uma das mais fascinantes e hipnóticas que vira até então. Com uma
extensa e requintada discografia dividida pelos seis anos de banda, este
tridente de instrumentos apontados ao esplendoroso Cosmos acaba de reeditar via
Sulatron Records um dos seus álbuns
mais históricos: ‘The Doomsday Machine’ (lançado em 2011 pela mão da Nasoni Records). Este segundo álbum de
estúdio de Electric Moon vem munido
de um morfínico, obscuro e nebuloso Heavy
Psych de feições astrais que nos drena a lucidez e eleva de encontro às
mais idosas e intangíveis fornalhas estelares. São cerca de 80 minutos de pura
e sublime hipnose que nos satura de um êxtase mudo e ininterrupto. Uma perfeita
divagação da consciência pelos domínios mais frios e recônditos do Cosmos
embriagado. Inalem toda esta verdadeira letargia nutrida por uma guitarra
messiânica que vomita solos verdadeiramente fecundantes, vertiginosos e atroantes,
um baixo frondoso e vigoroso de danças enteogénicas, uma bateria galopante de
ritmos compenetrados, uma voz enevoada e distorcida segredada pelos astros, e
ainda um ecoante e delirante sintetizador que pulveriza toda a atmosfera de ‘The
Doomsday Machine’ com uma envolvente e etérea bruma capaz de nos
recostar a um intenso estádio de inércia. Este é um álbum imensamente errante que
nos passeia pelo infinito ventre de um Universo sombrio e bocejante. Recostem-se,
apertem bem os cintos e preparem-se para testemunhar esta sagrada transcendência capaz de nos
fazer revirar as pupilas. ‘The Doomsday Machine’ é uma das
mais audaciosas odisseias pelo oceano cósmico. Um verdadeiro hino à ataraxia
que nos paralisa do primeiro ao último tema. Banhem-se nesta densa e dominadora
poeira estelar que vos canonizará a alma, e mergulhem na verticalidade sideral.
domingo, 25 de setembro de 2016
sábado, 24 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Review: ⚡ Memoirs of a Secret Empire - 'Vertigo' (2016) ⚡
Memoirs
of a Secret Empire são hoje um dos nomes mais promissores e incontornáveis
do Post-Rock português. Depois de
lançado o seu EP homónimo no verão de 2013, este power-trio natural da vila de Vouzela
(distrito de Viseu) lançará no próximo dia 30 de Setembro o tão merecido e ansiado
primeiro álbum apelidado de ‘Vertigo’ (nos formatos físicos de
CD pela Signal Rex e cassete pela Bisnaga Records). A sua sonoridade
imensamente narrativa faz do ouvinte a testemunha privada de um plangente cataclismo
capaz de enlutar a sua alma. A doce melancolia aliada à aveludada letargia governam os pardos e opressores céus de ‘Vertigo’ provocando em nós uma
poderosa e duradoura inércia que nos massaja e anestesia do primeiro ao
derradeiro tema. Tudo neste álbum nos respira e em nós instaura uma bonita
tristeza desprovida de esperança. Um hipnótico e solitário passeio de
cabisbaixo pela fúnebre e desoladora atmosfera de ‘Vertigo’. Sintam a
reverberante radiação de um requintado e lisérgico Post-Rock que se agiganta num denso e retumbante Post-Metal de feições inquisidoras. Na
composição de toda esta monolítica avalanche de misantropia que nos assola com
tremenda facilidade, está uma fascinante guitarra de envolventes e sumptuosos acordes
que nos conduzem pelas paisagens bucólicas de ‘Vertigo’, um baixo possante,
maciço e ritmado que se arrasta com sublimidade nesta contemplativa e harmoniosa
ode outonal, uma bateria de incursões deliciosamente inventivas e dinâmicas que
tempera com maestria e estarrecedora sensibilidade todos os momentos do álbum,
e ainda uma voz nebulosa e visceral que sobrevoa toda esta fria, sombria e brumosa
ambiência. Não é fácil regressar de ‘Vertigo’. Este álbum tem o dom de nos
amortalhar e embaciar a consciência, levando-a consigo tão para lá do nosso
corpo desmaiado. Entreguem-se totalmente a este álbum de natureza etérea e deixem
que a sua alma temulenta desmaie sobre a vossa num súbito desmaio de prazer que
vos adornará com ternura e firmeza do primeiro ao último acorde.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Review: ⚡ Chu - 'Air Water Viscousness' (2016) ⚡
É de um dos locais mais
improváveis do planeta que nos chega uma das maiores surpresas musicais de
2016. ‘Air Water Viscousness’ é o mais recente registo da banda
cazaquistanesa Chu e vem mergulhado
num ritualístico, enigmático e meditativo Heavy
Psych de essência nebulosa que nos expande e conduz a consciência pela
infinidade do nosso ser. Este jovem quarteto natural da populosa e montanhosa
cidade de Almaty pode muito bem
orgulhar-se deste seu álbum. Fundamentada num etéreo Heavy Psych que comunga indiscretas influências do Funk, a envolvente sonoridade de ‘Air
Water Viscousness’ leva-nos a flutuar a prazerosa e dançante ondulação
de um oceano ataráxico que se distende pelo firmamento adentro. É
verdadeiramente extasiante deixarmo-nos subjugar a toda esta morfina via
auditiva e vivenciar um perfeito sonho acordado. Sintam as pálpebras tombar e o
olhar empedernecer ao som de duas guitarras deslumbrantes – de bocejos psicotrópicos
– que nos hipnotizam e seduzem com os seus riffs
imensamente tranquilizantes, e arrebatadores solos de natureza sideral que nos
esgrimam a lucidez. Pendulem os vossos corpos inanimados na instintiva resposta
a um poderoso baixo de reverberação ritmada, densa e dominadora, e agitem-se à estimulante
boleia de uma bateria propulsiva de investidas cálidas e dinâmicas que nos chicoteiam
nesta doce e soberana hipnose. ‘Air
Water Viscousness’ convida-nos a caminhar sobre as douradas, ardentes e
aveludadas areias do deserto de olhar atrelado a um imenso, cintilante e
admirável céu estelar. Recostem-se confortavelmente, abrandem a respiração e icem
as velas da vossa alma ao sabor das ondas de Chu numa das mais agradáveis passeatas que a música pode promover.
Certamente darão à costa de um paraíso espiritual governado pela mais pura
sensação de bem-estar.