sábado, 7 de julho de 2018

Review: ⚡ Electric Monolith - 'Resurrect the Dead' (2018) ⚡

Sendo eu um intratável aficionado do Hard Rock clássico e, consequentemente, um grande admirador de bandas contemporâneas que se alicerçam nas reminiscências musicais do território setentista, não poderia deixar de elogiar o álbum de estreia do power-trio espanhol Electric Monolith designado de ‘Resurrect the Dead’. Lançado no passado mês de Maio nos formatos físicos de CD (pelo selo discográfico espanhol Red Sun Records) e vinil (pelo selo discográfico germânico Nasoni Records), este irrepreensível trabalho da formação fundada em 2015 e sediada na cidade de Barcelona escuda-se num torneado, galopante, empolgante e musculado Heavy Rock de bafagem revivalista que nos prende, seduz e excita do primeiro ao derradeiro tema. A sua sonoridade de natureza poderosa, requintada, perfumada e imperiosa vagueia pelas influentes órbitas dos britânicos Black Sabbath, Led Zeppelin e dos galeses Budgie perpetuando em nós todo um carismático sentimento saudosista que nos envolve, revolve e afaga ao longo de todo o álbum. São cerca de 45 minutos impregnados de uma tirânica e desarmante elegância brilhantemente nutrida e conduzida por uma guitarra majestosa que se agiganta e envaidece em supremos, grandiosos, obscuros e ostentosos riffs, e se desdobra na admirável criação de divinais, desvairados, siderais e exaltados solos capazes de nos fascinar, embevecer e atordoar com tremenda facilidade, um baixo dinâmico e reverberante de linhas tensas, densas, robustas e vibrantes, uma bateria John Bonham’eana soberbamente ritmada e esporeada a alucinantes, provocantes e ousadas acrobacias locomovidas a destreza, leveza e delicadeza, e ainda uma voz fecundante, harmoniosa, gélida e ecoante que tempera, formoseia e lidera toda esta carnavalesca, extravagante e principesca simbiose sonora. ‘Resurrect the Dead’ é um álbum tremendamente cativante que nos enfeitiça, respira e atiça do primeiro ao último minuto. Embebedem-se na sua hipnotizante, redentora e euforizante musicalidade compassada a um frenético e harmonioso galope, e vivenciem com total exuberância, veneração, enlevo e submissão um dos mais belos e emblemáticos registos lançados até ao momento em 2018.

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