segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Noite...
Oh Noite, onde aprisionas a luz que o sol liberta durante o dia? Pergunta o Filósofo, enquanto observa as estrelas. O Filósofo retira os, pesados, óculos que encaminham e iluminam os seus passos por virgens solos, e, suavemente, lhes passa um afável pano. Em movimentos circulares, o terno, pano, pisa o palco ocular. Atitude céptica e ousadia revolucionária. Toque preciso e intencional que colide com a axila da Noite. A Noite possui a bela (e perdida) arte de congelar e preservar os segredos… A solidão a isso a obriga. Conhece os mais íntimos, impenetráveis, reservados, fechados, ocultos e inacessíveis sigilos do Mundo, da sua ética de vida, doutrina existencial. A Noite, de olhar tão ambíguo, não se dá a conhecer. Ela nada é. Nada foi, e Nunca será! Vazio, o forte cadeado que une as largas correntes jamais conhecerá companheiro que lhe dê utilidade. As largas correntes abraçam a Noite. Já há muito que está condenada. Não foi convincente no eterno silencio que a vigiava, e mostrou o pecado ao Mundo.
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