domingo, 29 de março de 2009

Tree of Life

Enquanto o tempo, com as suas pesadas e velhas botas, continua a sua caminhada incerta por solos virgens, observo a minha alma ser fumada. Existência prematura. Olhar ferido pela insónia da Vida. Penso que penso no que fui, sou e serei, no que te fui, sou e serei. Presença forasteira da minha inconsciência, que vagueia pelos vales do desconhecido e se entrega ao nevoeiro madrugador que jaz sobre a Vida. Acorda a minha alma desmaiada no último dia de Inverno, e rasga os tecidos que escondem a minha verdade. Pois não conheço a minha sombra. Um véu caído e esquecido pelo Homem no átrio da Vida. Malditas cortinas do Fim que me vetam o caminho.

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