Está uma noite fria. O vento forte e incisivo penetra por entre os, maduros, ramos das árvores. A estrada está deserta. Os numerosos candeeiros de iluminação pública, dispostos ao longo da rua, conformaram-se com as suas limitações, e assumem (de forma tímida) a, previsível, derrota que os assaltou. As árvores tremem. Os vidros do carro também. Música. Música que gosta de ouvir e de ser ouvida. Companheira constante da minha “viagem” vivencial. Silêncio. Transicção de tema. Folhas brancas que, apenas, suportam o pesado silêncio desmaiado sobre as almas opacas. Horizonte lisérgico.
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