Ela

Finalmente acordei com ela a meu lado… Finalmente era minha! O seu corpo nu repousava sobre os frescos lençóis de seda. Está um dia quente… A janela permanecera toda a noite aberta… uma suave brisa embatia nos longos cortinados vermelhos, e eles dançavam. De costas voltadas para o seu corpo despido, observei a rua (discretamente). Lá fora habitam instintos espontâneos que buscam o alimento. A beleza foi concebida para ser contemplada. Como ficar com ela para sempre? Eternamente Minha…
Ela desperta. Os seus pés vagueiam toda a abrangência do leito, os seus longos cabelos loiros recolhem, e o seu olhar entrega-se á realidade. Olha-me docemente e respira fundo… Amor.
Sinto que tem algo para me dizer… No seu olhar denuncio um secretismo arrepiante. Permanece em silêncio. Toda a atmosfera fica fria, estimulada. É longa a jornada desde a sua exposição física até á sua exposição psicológica. Qual de nós cederá? O silêncio é uma vasta planície virgem onde a surpresa cavalga. Imprevisivelmente, ela permite que o seu olhar desmaie sobre o vazio infinito da leviandade. O amor é uma força singular e solitária, que nunca necessitará do “concreto” para se consolidar. Abandono o quarto. Na madrugada da consciência não existem convicções. É um Universo ambíguo de palavras vãs. Quando anoitecer estarei de volta…

Fim

Se toda a doutrina que explica o começo do universo é variada, as vozes que enunciam o seu termo também o são. Destaco, principalmente, duas teorias com raízes já muito profundas no interior dos solos da mitologia: Armagedon e Ragnarök. Armagedon consiste numa teoria formada pela religião cristã que prevê uma última batalha no planeta Terra entre forças do bem e do mal (Satanás). Ragnarök é uma outra teoria proveniente dos países nórdicos que crê numa batalha final em que os Deuses Aesires e Vanires lutarão contra as forças do mal.
(Fins Realistas) A teoria do Armagedon acredita que o calor expelido pelo Sol vai evaporar todos os oceanos que habitam as rugas da Terra, apontando o fogo como o principal factor para a morte de toda a vida planetária. Já a teoria Ragnarök aponta para um fim gélido em que a Terra ficará dominada por uma infinita camada de gelo.•
Com a prevista e incontornável "morte" do Sol, a vida da Terra vai conhecer o lado extremo da sobrevivência. Estrelas, bem menores que o Sol, chamadas Anãs Brancas habitarão os nossos céus com máximo protagonismo. O próprio Sol tornar-se-á irreconhecível quando decrescer e se materializar numa anã branca. Essas estrelas têm um prazo vivencial muito alargado, devido á quantidade mínima de combustível que armazenam. Elas poderão devolver energia essencial para a vida (em condições mínimas) continuar a habitar a Terra. As anãs brancas continuarão o seu processo vivencial, arrefecendo e, consequentemente, se transformando em anãs negras. O Universo continua a sua jornada temporal, engolindo pedaços de infinito. As galáxias estão cada vez mais próximas umas das outras e um futuro de colisões cósmicas adivinha-se. O futuro do Universo tende a encaminhar-se pela curva descendente. Pensemos nas leis da termodinâmica… embora preferisse acreditar na 1ª (pois seria benéfica), a 2ª parece-me ser a mais previsível, e caso isso aconteça, a Entropia terá lugar neste palco, chamado Universo. Já se classificou o Cosmos em Eras: a Era Primordial, a Era Estelífera, a Era Degenerada, a Era dos Buracos Negros e a tão temível Era das Trevas. Resta saber se, presentemente, estamos na fase Estelífera ou na Degenerada. As galáxias estão, cada vez mais, desprovidas de luz, de estrelas… Os buracos negros podem vir a ser os últimos habitantes do Universo, mas explodirão. Quando já não existir mais matéria a vaguear pelo cosmos, a existência dos buracos negros torna-se injustificável.

Já que o Fim nos espera num futuro longínquo (mas tolerante), pensemos na nossa existência… No milagre da vida :)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Jornada Psicadélica

Colour Haze
Earthless
Causa Sui
Viaje a 800
Quid Rides?
Dixon II
Mater Dronic
Groundhogs
Traummaschine & Beiruth
Mystic Frequency Worm
Witchcraft
Astra


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