🎖 Top30 Álbuns 2017 🎖

Petyr - 'Petyr'
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Radio Moscow - 'New Beginnings'
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War Cloud - 'War Cloud’
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Causa Sui - 'Vibraciones Doradas'
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The Flying Eyes - 'Burning Of The Season’
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Outsideinside - 'Sniff a Hot Rock'
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The Dues - 'Time Machine'
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Mocamas - 'Modern Lulu'
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Cloud Catcher - 'Trails of Kozmic Dust’
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10º Elara - 'Deli Bal’
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11º R.I.P. - 'Street Reaper'
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12º Ball - 'Ball'
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13º Da Captain Trips - 'Adventures in the Upside Down'
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14º Hills - 'Alive At Roadburn’
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15º Zong - 'Zong'
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16º Three Seasons - 'Things Change'
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17º Prisma Circus - 'Mk. II'
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18º Pretty Lightning - 'The Rhythm Of Ooze'
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19º 3rd Ear Experience - 'Stoned Gold'
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20º The Myrrors - 'Hasta La Victoria'
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21º Mother Engine - 'Hangar'
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22º Samsara Blues Experiment - 'One with the Universe’
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23º Electric Moon - 'Stardust Rituals’
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24º Mythic Sunship - 'Land Between Rivers'
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25º Topplock - 'Overlord'
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26º Mohama Saz - 'Negro es el Poder'
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27º Cachemira - 'Jungla'
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28º The Black Wizards - 'What The Fuzz!’
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29º Ruby the Hatchet - 'Planetary Space Child’
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30º Witchfinder - 'Witchfinder'
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sábado, 30 de dezembro de 2017

Review: ⚡ Mother Mars - 'On Lunar Highlands' (2017) ⚡

Do território australiano chega-nos o quarto álbum do tridente ofensivo Mother Mars designado de ‘On Lunar Highlands’. Lançado no passado dia 6 de Dezembro nos formatos de digital e CD (via Pepper Shaker Records) através da sua página oficial de Bandcamp, este novo registo da banda natural de Sidney encerra um poderoso, musculado, ritmado e viçoso Heavy Rock oleado e adornado por um quente, envolvente, perfumado e encantador Psych Rock e condimentado e orientado por um experimentalismo inventivo, exótico e sideral que nos impulsiona na vertiginosa direcção das estrelas. A sua sonoridade multifacetada causa no ouvinte uma constante e estimulante curiosidade que o mantem vinculado a este ‘On Lunar Highlands’ do primeiro ao último tema. Baseado em fascinantes, esplêndidas e distensíveis jam’s que nos desamarram da gravidade terrestre e levitam pela intimidade espacial, este álbum de natureza arrebatadora vem embebido num profundo oceano de lisergia que nos inebria, ameniza e massaja o cerebelo. São cerca de 68 minutos de denso, nebuloso e intoxicante deslumbramento que nos passeia a consciência pela admirável vastidão de um universo onírico capaz de nos absoerver, sedar e estacionar num perfeito estádio de transe. Sintam-se vaguear livremente pelas paisagens utópicas de ‘On Lunar Highlands’ ao som de uma guitarra fabulosa que se manifesta em enérgicos, montanhosos, hipnóticos e vigorosos riffs – oxidados pelo efeito Fuzz – e solos borbulhantes, venenosos, ácidos e alucinantes, um baixo dançante de linhas pulsantes, pesadas, maciças e marcantes, uma bateria incansável de investidas tanto galopantes e explosivas como pausadas e contemplativas, e uma voz cava, arrojada e harmoniosa que conjuga na perfeição com o fervor instrumental. De evidenciar ainda pela positiva o exuberante artwork brilhantemente criado pelo artista italiano Eriko montfuji aka MontDoom. Este é um disco detentor de um complexo sortido de sonoridades tricotadas com recurso a múltiplos instrumentos que tanto nos sombreia, inquieta e euforiza com a ferocidade rugida por alguns dos seus temas, como nos acaricia, estarrece e extasia com a viscosa melosidade das suas baladas. Ancorem toda a vossa atenção neste novo trabalho de Mother Mars e experienciem um dos últimos suspiros criativos de 2017.

Review: ⚡ Prisma Circus - 'Mk. II' (2017) ⚡

Aquela que é – muito provavelmente – a minha banda espanhola favorita acaba de surpreender todos os seus seguidores não só com o inesperado regresso ao activo, mas também com o lançamento de um novo álbum brilhantemente desenvolvido pela sua reformulada constituição. ‘Mk. II / Promethea's Armageddon’ dá nome ao tão ansiado regresso de Prisma Circus e dá também seguimento à tão animada caravana sonora de tração setentista que de forma tão fiel caracteriza a banda desde a sua origem. Lançado ontem – dia 28 de Dezembro – em formato digital através da sua página oficial de Bandcamp, este novo álbum ostenta um euforizante, poderoso, charmoso e exuberante Heavy Psych N’ Blues de inspiração revivalista que nos instiga a vivenciá-lo numa prazerosa e enérgica comoção que nos sacode e inquieta do primeiro ao último tema. A sua sonoridade delirante, carismática e elegante desfila envaidecidamente sobre a ténue linha entre a tecnicidade e a emotividade. Um intenso e indomável carrossel que nos passeia e manuseia a uma velocidade estonteante pela absorvente, frenética e extasiante atmosfera sonora de ‘Mk. II / Promethea's Armageddon’. Deixem-se apaixonar, diluir e atordoar pelo arrebatamento saturado deste fascinante e irreverente power-trio e alucinem ao extraordinário som de uma guitarra embriagada e desvairada que se amuralha e consolida em riffs sumptuosos, veneráveis e portentosos e se extravia e ziguezagueia por entre solos imensamente sedutores, velozes e enlouquecedores, um baixo portentoso de linhas robustas, dinâmicas, oscilantes e astutas que diligencia até as mais ousadas digressões da guitarra, uma bateria empolgante e furiosa de acrobacias ligeiras, hipnóticas e talentosas  que nos agita violentamente a cabeça na instintiva resposta, uma voz galopante, colérica e instigante de tonalidade áspera e cauterizante que esporeia todo o restante instrumental, e ainda um órgão de bailados influentes, charmosos, enigmáticos e sumptuosos que sulfatiza toda a majestosa ambiência deste tão aguardado renascimento da formação sediada em Barcelona. Este é um álbum de contornos epopeicos que grita por um lançamento em formato físico. Um registo de fácil digestão que promete abastecer de adrenalina todos aqueles que nele ancorarem a sua atenção. Dispam-se de todas as inibições e deixem-se perturbar pela fervilhante sublimação de ‘Mk. II / Promethea's Armageddon’ num dos grandes álbuns do ano.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Review: ⚡ Mohama Saz - 'Negro es el Poder' (2017) ⚡

Da vizinha Espanha chega-nos uma das mais agradáveis surpresas sonoras de 2017. ‘Negro es el Poder’ é o novo e segundo álbum da encantadora formação madrilena Mohama Saz e encerra um ternurento, hipnótico, quente e exótico Psych Folk de ares místicos que – em harmoniosa e extasiante simbiose com um elegante, arrebatador, rico e envolvente jazz tocado, ornamentado e conduzido a desarmante sensibilidade e emoção – nos perfuma e fascina com a sua sedutora e inebriante fragância de natureza oriental. Oficialmente lançado no passado mês de Março pelo selo discográfico independente Humo (sediado em Oviedo, Espanha) nos formatos físicos de CD e vinil, ‘Negro es el Poder’ abraça toda uma arrebatadora, prazerosa, deslumbrante e requintada sonoridade árida que se se envaidece, desenvolve e enobrece ao longo de 41 minutos devidamente repartidos pelos nove temas que o habitam. Há algo de verdadeiramente sagrado neste novo álbum de Mohama Saz que me faz idolatrá-lo e vivenciá-lo com uma intensa, firme e inquietante satisfação. Uma divina e contemplativa expedição pelas ondulantes, sedosas, bronzeadas e fervilhantes dunas de um manto desértico tintado a sépia que se desdobra na vertiginosa direcção de um Sol ardente, grandioso e reluzente. Na génese desta maravilhosa ode espiritual que nos canaliza em direcção ao tão almejado transe está uma guitarra messiânica – de acordes magnéticos, serpenteantes e arábicos, e solos libidinosos, refinados e ostentosos – que se passeia livre e airosamente na sombra diligente e tonificante de um baixo deliciosamente ritmado – de linhas oscilantes, vigorosas e dançantes – e atrelado a uma bateria tribalista de toque leve, polido, inventivo e talentoso, um saxofone vaidoso, apurado, mélico e sedoso – de bailados extravagantes, voluptuosos e magnetizantes – e ainda um devoto e evangélico coro vocal que lidera com sublimidade toda esta esfíngica cerimónia de adoração ao lado do Sol nascente. Comunguem e absorvam toda a santificada resplandecência propagada por Mohama Saz e testemunhem a impactante influência de um dos discos mais veneráveis de 2017.

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