Review: ⚡ Fuzz Lord - 'Fuzz Lord' (2018) ⚡

Da pequena e pacata cidade de Chillicothe (Ohio, EUA) chega-nos o assombroso álbum de estreia do poderoso power-trio Fuzz Lord. De designação homónima e lançamento datado de dia 22 de Janeiro em formato unicamente digital através da plataforma Bandcamp, este vibrante ‘Fuzz Lord’ vem fervido e cozinhado num potente, corpulento, colérico e intimidante Heavy Rock de feições setentistas – sombreado e anestesiado por um arrastado, nebuloso, intrigante e pesado Stoner Doom e mutuamente atacado por um ofegante, entusiástico e apressado Punk Rock – que nos preenche e sacode de uma intensa e efervescente adrenalina. A sua sonoridade de envergadura monolítica, obscura e tirânica – inflamada e corada pelo efeito fuzz – pontapeia a nossa lucidez e mergulha-nos num eletrizante, violento e febril estádio de plena euforia que nos alucina e endoidece do primeiro ao derradeiro tema. São cerca de 39 minutos governados e arrasados por uma possante, turbulenta e reverberante avalanche sonora rugida por uma influente guitarra conduzida a riffs imponentes, corrosivos, majestosos e excitantes, e solos cortantes, gélidos, ácidos e hipnotizantes, ensombrada por um baixo sólido, sombrio e carregado de linhas volumosas, trovejantes e ostentosas, esporeado por uma bateria ofensiva de incontidos, enérgicos e explosivos assaltos, e ainda uma voz cavernosa, pujante e espinhosa que estimula e enfurece toda esta alucinante e vertiginosa debandada. ‘Fuzz Lord’ é um álbum de contornos épicos que nos assalta e incendeia sem qualquer moderação. Deixem-se encobrir e atemorizar pelo enigmático e instigante negrume de Fuzz Lord e vivenciem toda a exuberância de um dos álbuns mais ardentes lançados até ao momento em 2018.

Review: ⚡ Perro del Desierto - 'Vol. I' (2018) ⚡

Da outra margem do oceano Atlântico chega-nos a apaixonante e inebriante brisa desértica de Perro del Desierto com o lançamento do seu magnífico álbum de estreia ‘Vol. I’ em formato digital através da plataforma Bandcamp (disponível para download gratuito). Esta jovem e muito promissora formação argentina – natural da cidade de Malagueño (Córdoba) – desenvolve uma sonoridade verdadeiramente arrebatadora, resultante da psicotrópica mistura entre um quente, vigoroso, argiloso e excitante Desert Rock, um envolvente, solarengo, delirante e empolgante Heavy Psych e ainda um elegante, hipnótico, sumptuoso e dançante Heavy Blues. É à ataráxica boleia sonora de ‘Vol. I’ que somos remetidos para as distensíveis e poeirentas estradas de um deserto beijado e calejado pelo Sol vigilante, onde uma fresca, perfumada e tonificante brisa desmaia em nós, trazendo consigo distantes, enigmáticos e penetrantes uivos de coiotes escondidos nas escarpadas montanhas que emolduram a imensa planura desértica, e o nosso olhar se perde e desmaia no fervilhante, baço e deslumbrante firmamento que se desdobra pela infinidade adentro. A encantadora musicalidade de Perro del Desierto pendula entre o peso e a leveza, a robustez e a delicadeza, o entusiasmo e a pacificidade. Deixem-se cair e diluir num anestésico, profundo e magnetizante arroubamento nutrido e promovido por uma guitarra endeusada que se manifesta em poderosos, ritmados, inflamantes e ostentosos riffs e se transcende em demorados e lisérgicos solos de natureza alucinógena, extravagante, provocante e meditativa, um baixo sussurrante de linhas carregadas, sombreadas, vibrantes e pulsantes, uma bateria cintilante, ritmada e galopante, e ainda uma voz translúcida, espectral, ecoante e visceral que sobrevoa suave e livremente toda esta maravilhosa epifania desértica. De salientar e elogiar ainda os soberbos dotes gráficos do guitarrista / vocalista Juan Pisoni, autor do primoroso artwork de índole indígena que tão bem combina com a árida sonoridade de ‘Vol. I’. Este é um álbum paradisíaco que nos empoeira, enfeitiça e maravilha na sua intensa misticidade. Um disco imensamente irresistível que nos respira e namora do primeiro ao derradeiro minuto. Recostem-se confortavelmente, selem o olhar e comunguem detidamente toda esta sagrada mescalina via auditiva. Uma estreia de sonho para o power-trio Perro del Desierto que acabara de lançar um dos mais surpreendentes e adoráveis registos do ano.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Review: ⚡ Seven That Spells - 'OMEGA' (2018) ⚡

Esta célebre formação croata – sediada na cidade-capital de Zagreb - acaba de dar por terminada a fascinante trilogia designada “The Death And Resurrection Of Krautrock” que fora iniciada no já distante ano de 2011 com o lançamento de ‘AUM’, desenvolvida em 2014 com ‘IO’ e agora devidamente concluída com a terceira e última parte: ‘OMEGA’. Lançado muito recentemente pela mão do selo discográfico alemão Sulatron Records nos formatos físicos de CD e vinil, este novo álbum de Seven That Spells vem sustentado num viajante, exótico e intrigante Space Rock, com claros chamamentos a um envolvente, hipnótico e delirante Krautrock e ainda com indiscretas aproximações a um xamânico, enigmático e ritualístico Psych Rock de propensão estelar. A sua sonoridade extraordinariamente excêntrica, magnetizante e labiríntica – de condução notavelmente complexa – tem o dom de nos deixar imortalizados num perfeito estádio de constante surpresa que nos prende e cativa do primeiro ao último tema. São cerca de 47 minutos embaciados e climatizados por uma misteriosa e bizarra atmosfera alienígena que prontamente nos converte em seus devotos seguidores. Na sagrada essência desta cerimónia tribalista estão duas guitarras que se entrelaçam em maravilhosos, místicos e alucinógenos acordes e se deslaçam em solos serpenteantes, gélidos e estonteantes, um baixo murmurante de linhas robustas, torneadas e oscilantes, um sintetizador embriagado de matéria estelar que se exterioriza em sibilinos esotéricos bailados de natureza celestial, uma bateria verdadeiramente sensacional de vistosas, fabulosas e mirabolantes acrobacias, e ainda uma voz gregoriana, profética e messiânica que lidera toda esta virtuosa e consagrada peregrinação pelos infindáveis domínios do Cosmos. ‘OMEGA’ é um álbum atestado de um transe religioso que nos abre as portas da percepção, ameniza os sentidos e convida a um vertiginoso mergulho consciencial pelas profundezas do universo interior.

Review: ⚡ Astrodome - 'II' (2018) ⚡

Muito recentemente foi-me dada a irrecusável e prestigiante oportunidade de ouvir em primeira mão o segundo e novo álbum dos portuenses Astrodome batizado de ‘II’ e, portanto, não poderia estar mais ansioso e entusiasmado por finalmente comungar este renovado capitulo da sua encantadora digressão espacial. Conheci esta fascinante formação algures no final do ano de 2014 com o lançamento do seu live demo e em 2015 o seu álbum de estreia ‘Astrodome’ (review aqui) tivera em mim um impacto de tal magnitude que impulsionara este quarteto português até aos lugares mais cimeiros da minha preferência musical, onde gravita até então.

Gravado e misturado no estúdio minhoto Hertzcontrol Studio (situado na freguesia de Seixas, Caminha) pelo Marco Lima, masterizado pelo carismático músico e produtor dinamarquês Jonas Munk (Causa Sui, El Paraiso Records), com o lançamento em formato digital agendado para o próximo dia 4 de Março (através da sua página oficial de Bandcamp) e ainda com um especial lançamento nos formatos físicos de vinil (via HeviSike Records) e cassete (via Ya Ya Yeah) pensado para um futuro muito próximo, este ‘II’ viaja-nos numa envolvente, maravilhosa e extasiante odisseia cósmica à boleia das suas fascinantes, etéreas e intoxicantes jams de essência estelar. A sua sonoridade quente, hipnótica, erótica e comovente – fundamentada e orientada por um elegante, ataráxico, sublime e apaixonante Heavy Psych de condução jazzística e natureza sideral – causa em nós uma imperturbável sensação de deslumbramento que nos ofusca e narcotiza do primeiro ao derradeiro tema. São cerca de 41 minutos banhados numa edénica resplandecência que nos afaga, bronzeia e enfeitiça com tremenda facilidade. Percam-se e encontrem-se por entre os extravagantes, sumptuosos e aliciantes bailados de duas guitarras viajantes que se amuralham em riffs grandiosos, robustos e luxuosos, e solos verdadeiramente arrepiantes, agradáveis, adoráveis e alucinantes. Baloicem os vossos corpos embriagados à reverberante, monolítica e magnetizante ondulação emanada por um poderoso baixo de linhas dançantes, coesas, densas e pulsantes, e desatem a cabeça na excitante e libertadora resposta a uma bateria conduzida a perícia e emoção – de investidas tanto delicadas, polidas, cuidadas e tranquilizantes quanto agressivas, intensas, explosivas e euforizantes – que galopa com autoridade, ousadia e sublimidade pelas vastas, idílicas e frondosas planícies de ‘II’. É-me também importante estender o elogio ao copioso artwork brilhantemente ilustrado pela artista portuguesa Clara Pessanha que confere rosto a esta paradisíaca excursão iniciada de pés descalços e soterrados nas quentes e macias dunas de um deserto fervido pelo Sol e terminada à deriva no mais profundo e intrigante negrume cósmico. Este é um álbum verdadeiramente magnífico que nos prende e ofusca com a sua mágica e esplendorosa nebulosidade. Um disco mirífico – detentor de uma alma enlevada – que certamente estará perfilado no final do ano por entre os melhores álbuns nascidos em 2018.

Review: ⚡ Hazemaze - 'Hazemaze' (2018) ⚡

De Estocolmo, a cidade capital da Suécia, chega-nos o homónimo álbum de estreia do power-trio Hazemaze que muito recentemente assinara um contrato com a editora discográfica alemã Kozmik Artifactz. Lançado oficialmente no passado dia 9 de Fevereiro unicamente em formato digital através da sua página de Bandcamp, e fundamentado num atemorizante, demoníaco, enigmático e provocante Stoner-Doom aliado a um hipnótico, obscuro, corpulento e místico Heavy Blues de feições luciféricas, este nebuloso e ritualístico ‘Hazemaze’ tem o dom de nos fascinar, narcotizar e enlutar a alma. A sua sonoridade poderosa, sombria, anestésica e brumosa – de clara influência Black Sabbath’eana – passeia-nos por entre os escombros que lavram e assolam paisagens fúnebres, sinistras e melancólicas distendidas ao longo dos oito temas que assombram o álbum. São cerca de 43 minutos governados e saturados por uma intoxicante, tirânica, densa e magnetizante atmosfera que nos mumifica, sufoca e entorpece. Comunguem toda esta liturgia esotérica superiormente chefiada por uma guitarra profana que se agiganta em imponentes, fumarentos, intensos e absorventes riffs (inflamados e eletrificados pelo efeito fuzz) e solos penetrantes, desvairados, alucinógenos e erodentes, um baixo granítico de linhas tensas, coesas, torneadas e reverberantes, uma bateria excitante de galope ardente, dinâmico e vibrante, e uma voz diáfana, aguda, fecundante e visceral que nos esgrima e intriga do primeiro ao derradeiro minuto. ‘Hazemaze’ é um álbum verdadeiramente mirífico, de audição incontornável a todos os devotos peregrinos que seguem o lado mais morfínico do Doom. Deixem-se dissolver no profundo, pastoso e deslumbrante negrume de Hazemaze e inalem os psicotrópicos vapores de um dos mais arrebatadores e viciantes registos nascidos em 2018.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Review: ⚡ Vvlva - 'Path of Virtue' (2018) ⚡

Da Alemanha chega-nos a elegante fragância de ‘Path of Virtue’, o disco de estreia do quinteto Vvlva. Lançado muito recentemente pelo influente selo discográfico germânico World in Sound nos formatos físicos de CD e vinil, este seu primeiro álbum de estúdio ostenta um exuberante e fascinante sortido sonoro – de essência resgatada aos carismáticos anos 70 – onde coabitam um luxurioso, sublime e vaidoso Heavy Psych, um envolvente, sideral e magnetizante Krautrock, e ainda um vistoso, atraente e majestoso Prog Rock. A sonoridade soberbamente deslumbrante, principesca e intrigante desta impressionante formação sediada na cidade independente de Aschafemburgo mantem-nos focados, perplexos e enfeitiçados do primeiro ao último tema. Na génese desta encantadora ode revivalista está uma sumptuosa guitarra de notáveis, afáveis e prestigiosos acordes que se desmancham em alucinantes, frenéticos e estonteantes solos, um prestigioso órgão Hammond de charmosos, extravagantes e portentosos bailados, um baixo vigoroso e murmurante de linhas coesas, hipnóticas e baloiçantes, uma impressionante bateria movida a delicadeza, leveza e virtuosismo, e ainda uma voz agradável, terna e sedosa que empresta um brilho extra à distinta, encantadora e caprichosa atmosfera de ‘Path of Virtue’. É importante ainda salientar e elogiar o fabuloso artwork de contornos mitológicos e epopeicos pensado e trabalhado pela artista milanesa Francesca Vecchio e o berrante logótipo irreverentemente esculpido pelo já célebre Karmazid.  Este é um disco adorável que nos abraça e intoxica de um sagrado misticismo. Um álbum detentor de uma ambiência apaixonante que nos cativa e namora com destacadas veemência e expressividade. Deixem-se enlevar e extasiar pelo epopeico, bizarro e arrebatador universo de Vvlva, empoeirem-se na sua mágica sublimidade e vivenciem com total entrega e devoção um dos mais exóticos e excepcionais registos lançados até ao momento em 2018.

Review: ⚡ Naxatras - 'III' (2018) ⚡

Tal como o seu nome sugere, ‘III’ representa o novo e terceiro álbum do muito respeitado power-trio helénico Naxatras. Esta fascinante banda natural da populosa cidade de Tessalónica – que por mérito próprio é hoje reconhecida como uma das formações mais elogiadas da Psych Scene europeia – tem vindo a aumentar a sua comunidade de seguidores e consequentemente a merecer a confiança de festivais como o nosso bem conhecido SonicBlast Moledo (do qual farão parte já na próxima edição). Fundamentados num envolvente, exótico, místico e deslumbrante psicadelismo sonoro que tanto nos enraíza os pés nas aveludadas, fervilhantes e douradas areias do deserto como nos faz cabecear os mais distantes, gélidos e recônditos astros do Cosmos, os Naxatras acabam de nos presentear com o tão ansiado lançamento do seu terceiro registo nos formatos físicos de CD e vinil. Este novo álbum simboliza um renovado capítulo da sua edénica odisseia pelo lado mais sideral, quente e magistral do Psych Rock em agradável consonância com o lado mais relaxante, meditativo e deslumbrante do Space Rock. E é esta encantadora coligação dos dois géneros que nos afaga, massaja e embriaga os sentidos e desprende a consciência numa sagrada, extasiante e nirvânica levitação rumo ao íntimo do transe. A sua harmoniosa, agradável e maravilhosa sonoridade irradia uma desarmante, sublime e ofuscante beatitude que nos desperta a libido. São cerca de 65 minutos de duração – devidamente repartidos pelos sete temas que incorporam este álbum – saturados de uma sumptuosa, mélica e faustosa ambiência celestial que nos hipnotiza, seduz e nebuliza com tremenda facilidade. Juntem-se a esta religiosa caravana pelos paradisíacos desertos de ‘III’ ao som combinado entre uma guitarra endeusada que dedilha deliciosos, esplêndidos, elegantes e prazerosos acordes e se purifica e engrandece em serpentantes, arrebatadores e magnetizantes solos plenos de uma estarrecedora delicadeza, um baixo oscilante de linhas suavizantes, anestésicas e dançantes, uma voz serena, macia e adocicada que sobrevoa o instrumental, e uma bateria jazzística de soberba, cuidada e inventiva orientação rítmica que tiquetaqueia com capricho e emoção toda esta iguaria veraneia. O enigmático artwork de traços sibilinos, tribais e ritualísticos é da autoria do ilustrador escocês Chris RW com quem a banda conta já desde a sua fundação. ‘III’ é um álbum prodigioso que certamente agradará tanto a gregos como troianos. Um registo de natureza sonhadora para ser comungado de corpo relaxado, olhar selado e alma narcotizada. Bronzeiem-se na sua resplandecente toxicidade e deleitem-se na sua beleza e sublimidade. Um dos discos mais consagrados de 2018 está aqui, no ardente e sensual bafo de Naxatras.

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Review: ⚡ Bismarck - 'Urkraft' (2018) ⚡

De Bergen – a segunda maior cidade da Noruega – chega-nos o álbum de estreia do quinteto Bismarck apelidado de ‘Urkraft’. Lançado unicamente em formato digital no passado dia 5 de Fevereiro através do seu Bandcamp oficial (mas com a edição em vinil pensada e agendada para o final do próximo mês de Março), este vultoso, altivo e majestoso registo da jovem e muito promissora formação nórdica prende um possante, encorpado, intenso e prepotente Stoner-Doom fervido em efeito Fuzz e temperado com alguns laivos de um envolvente, místico e fascinante psicadelismo sideral que nos hipnotiza, narcotiza e arremessa violentamente na vertiginosa direcção dos astros. A sua sonoridade imensamente poderosa, intrigante e ostentosa arrasta-se pela intimidade do negrume cósmico, mergulhando o ouvinte numa profunda e duradoura hipnose que o climatiza, absorve e eteriza do primeiro ao último tema. São cerca de 35 minutos governados e aureolados por uma sombria, carregada e enigmática bruma abissal que mumifica e sufoca a mais pequena réstia de lucidez e nos sepulta a alma na sua fumarenta e intoxicante essência. Baloicem detida e pesadamente os vossos corpos sonolentos, submissos e temulentos ao potente, hipnótico e influente som de duas guitarras criadoras de riffs imponentes, demoníacos e ressonantes que nos enfeitiçam e atiçam, e solos viscerais, lisérgicos e astrais que nos golpeiam e envenenam. Diligenciem e murmurem as reverberantes, tensas, febris e pujantes linhas de um baixo intensamente palpitante, desatem a cabeça à excitante e redentora boleia de uma bateria explosiva, massiva e trovejante, e sintam-se diluir nos rugidos cavernosos, enérgicos e raivosos que dão voz a toda esta devastadora avalanche sonora que nos atropela e soterra os sentidos. É importante ainda destacar o primoroso artwork de ares ritualísticos superiormente ilustrado pelo artista escandinavo Anders Røkkum que serve de portal para um esplêndido e inolvidável mergulho pelo universo de ‘Urkraft’. Este é um álbum de natureza tirânica que nos domina e conquista com admirável prontidão. Participem nesta irreligiosa cerimónia rezada e liderada pelos Bismarck que – de instrumentos apontados aos mais remotos e denegridos domínios cósmicos – nos invade, maravilha e consagra em seus devotos peregrinos.