Da cidade de Budapeste (Húngria) chega-nos o terceiro e novo álbum do poderoso quarteto Ozone Mama chamado ‘Cosmos Calling’. Lançado
no passado mês de Janeiro pela mão do selo discográfico californiano Ripple Music nos formatos físicos de CD
e vinil, este novo registo da banda húngara escuda-se num elegante, tirânico e
empolgante Hard Rock de essência setentista em erótica cumplicidade com
um oleado, atraente e arrojado Southern
Rock que se ostenta por entre a forte robustez e a apaixonante melosidade.
A sua enérgica, agradável e provocante sonoridade – de encantadoras variações
rítmicas - conjuga na perfeição a pujança e o vigor com a doce e requintada harmonia,
numa adorável combinação sonora capaz de nos inebriar, prender e fascinar do
primeiro ao último tema. São cerca de 43 minutos climatizados e conduzidos por
uma altiva e opulenta guitarra que se manifesta em majestosos, primorosos, notáveis
e charmosos riffs que desaguam em
refinados, exuberantes, vistosos e arrebatadores solos, um baixo errante de
linhas pulsantes, bailantes, hipnóticas e reverberantes, uma bateria acrobática
de impactante, dinâmica, inventiva e euforizante orientação rítmica, e ainda
uma voz imponente, melódica, doce e glamorosa – regada e temperada a whiskey –
que conjuga na perfeição com a virilidade instrumental. ‘Cosmos Calling’ é um
álbum verdadeiramente esplendoroso que nos intriga, namora e instiga com
espantosa facilidade. Um registo desmesuradamente extraordinário que ilustra
condignamente toda a potência, simetria e subtileza de Ozone Mama. Deixem-se enfeitiçar, envolver e entusiasmar pela caprichosa,
magnífica e deleitosa musicalidade de ‘Cosmos Calling’ e testemunhem a grandiosa
eclosão de um dos mais luxuosos álbuns lançados até ao momento em 2018.
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