quinta-feira, 26 de abril de 2018

Review: ⚡ Blue Eyed Sons - ‘Alive at Semifinal’ (2018) ⚡

Da cidade-capital de Helsínquia chega-nos uma das mais agradáveis surpresas sonoras de 2018. ‘Alive at Semifinal’ é o primeiro álbum de Blue Eyed Sons que – tal como o nome sugere – fora gravado ao vivo em 2017 no clube nocturno Semifinal (situado na capital finlandesa) e encerra toda a elegante, apaixonante e carismática majestosidade deste fascinante quarteto de raízes revivalistas. Lançado hoje mesmo através da sua página oficial de Bandcamp, este épico e glamoroso registo vem ensolarado por um refinado, harmonioso, ostentoso e açucarado Classic Rock de ares britânicos em ardente e magnetizante combinação com um fulgurante, robusto, lascivo e serpenteante Heavy Blues de tração setentista. A sua sonoridade melosa, sublime e voluptuosa – resultada de um renhido embate de influências entre Led Zeppelin, The Doors e Black Sabbath – tem a capacidade de nos inebriar e encantar do primeiro ao derradeiro minuto. Sintam-se hipnotizados e extasiados pela desarmante primazia instrumental de onde se enfatiza uma guitarra desmesuradamente atraente que se enleva em riffs deliciosos, torneados, oleados e vistosos, e se desvaira e esgota em espantosos, arrepiantes, aparatosos e gritantes solos, uma voz melódica, felina, doce, quente e erótica a fazer lembrar os fabulosos dotes vocais de um Robert Plant, um baixo sólido e vigoroso de linhas murmurantes, dançantes, calorosas e ondulantes, uma bateria notável – locomovida a capricho, delicadeza, leveza e sentimento – que tiquetaqueia e norteia toda esta afrodisíaca fluidez sonora. De enaltecer ainda o rebuscado e sobejamente detalhado artwork superiormente ilustrado pela artista nórdica Aleksandra Majak, e a exemplarmente executada cover Led Zeppelin’eana do afamado tema “Immigrant Song” que – debaixo de um crescente e vibrante aplauso – encerra na perfeição todo este estético e memorável registo captado ao vivo. Deixem-se envolver e contagiar pela esplendorosa virtuosidade de Blue Eyed Sons e incendeiam-se de prazer ao volante de um dos mais extraordinários álbuns florescidos até ao momento em 2018.

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