quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Review: ⚡ Brimstone Coven - 'What Was and What Shall Be' (2018) ⚡

O saudoso Classic Rock formulado na década de 70 continua a prosperar neste prolífico ano de 2018, e mais uma prova disso é o novo álbum do tridente norte-americano Brimstone Coven que vem consolidar esta venerável tendência. Lançado na segunda metade do passado mês de Julho sob a forma física de CD e vinil (ambos os formatos ultra-limitados à existência de apenas 300 cópias), ‘What Was and What Shall Be’ prende um vigoroso, ardente, enigmático e majestoso Hard Rock oleado e adornado por um elegante, harmonioso e imponente Heavy Blues de natureza revivalista. A sua sonoridade sumptuosa é sombreada por um clima ocultista que lhe confere uma misticidade capaz de intrigar e conquistar o mais céptico dos ouvintes. Conseguem imaginar a titânica obscuridade de uns Black Sabbath aliada à encantadora melosidade de uns Led Zeppelin, à cremosa melodia de Wishbone Ash, e ainda à empolgante ritmicidade de uns Grand Funk Railroad? Se sim, alcançaram os singulares domínios de Brimstone Coven. Esta fascinante formação sediada na cidade de Wheeling (West Virginia, EUA) tem em ‘What Was and What Shall Be’ um louvável registo detentor de um estilo bastante peculiar que me hipnotizara e apaixonara do primeiro ao derradeiro tema. São cerca de 40 minutos conduzidos a destreza, volúpia e firmeza ao volante de uma guitarra opulenta de poderosos, dinâmicos, obscuros e luxuosos riffs que se desmoronam e desaguam em serpenteantes, estéticos, lisérgicos e intoxicantes solos, um baixo pulsante e reverberante movido e enegrecido a potência, exuberância e vigor que sombreia todas as incursões da guitarra, uma vistosa bateria brilhantemente executada a fulgor, primor e intenso virtuosismo, e ainda uma agradável e melódica voz temperada a delicadeza, fineza e paixão que se sobressai e notabiliza nesta extasiante e envolvente combustão. Recostem-se confortavelmente, desmaiem as pálpebras e deixem-se seduzir e dirigir pela faustosa atmosfera de ‘What Was and What Shall Be’, numa das mais belas e impactantes surpresas sonoras do ano.

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