terça-feira, 30 de outubro de 2018

Review: ⚡ The Wizards - ‘Rise of the Serpent’ (2018) ⚡

Da vizinha Espanha – mais concretamente da cidade portuária de Bilbau – chega-nos o terceiro e novo álbum do quinteto basco The Wizards denominado de ‘Rise of the Serpent’ e lançado no passado dia 26 de Outubro pela mão do selo discográfico germânico High Roller Records sob a forma física de CD e vinil (este último reduzido a uma prensagem ultra-limitada de apenas 200 cópias existentes). Descendentes directos de uns Judas Priest e uns Thin Lizzy, estes The Wizards hasteiam um ostentoso, imponente, principesco e poderoso Proto-Metal de feições setentistas, profundamente influenciado pela tão emblemática New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.) talhada e patenteada no final dos anos setenta e inícios dos oitenta. A sua sonoridade galopante, majestosa, vistosa e pujante balanceia-se por entre a robustez, a harmonia e a rapidez num admirável equilíbrio de forças que nos mantém a ela firmemente fascinados e de atenção ancorada. São cerca de 48 minutos atestados de uma enérgica e desenfreada cavalgada, brilhantemente esporeada por duas guitarras gémeas que se serpenteiam na ascensão de imponentes, homéricos e marcantes riffs e na frenética condução de luxuosos, altivos e portentosos solos, um potente baixo de bafagem pesada, tensa e torneada, uma bateria estrondosa, rápida e impetuosa, e uma voz volumosa, melódica, temperada e vaidosa que – apoiada e adornada por um secundário coro vocal – se engrandece, esclarece e glorifica na ardente atmosfera de ‘Rise of the Serpent’. Este é um disco de contornos épicos, detentor de uma fragância graciosamente revivalista que me embriagara e namorara do primeiro ao último tema. Deixem-se absorver, enfurecer e comover pela veemência tirânica que este novo álbum de The Wizards transpira, e vivenciem – de olhar carregado e punhos cerrados – toda a sua desarmante, nobre e apaixonante grandiosidade. Um verdadeiro rolo compressor que atropelará todo aquele que o enfrentar. ‘Rise of the Serpent’ é indubitavelmente um dos grandes e incontornáveis discos do ano, de audição obrigatória a todos os apóstolos do género.

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