Olhar(es). Pólos que sustentam uma ponte. Sob a ponte jaz um interminável abismo. Simpatia amarga. Divergência, mas cumplicidade. Recordaste daquele medonho barqueiro? Que em tempos, colheu rosas nos nossos, infinitos, jardins. Que em tempos, lavrou montes e montes e montes… nas costas do nosso airoso conforto. Hoje está sozinho. Como nós. Que águas são essas, por onde tens deixado desaguar tais suspiros amorosos? Memórias ancoradas. Esconde a palma da tua mão. Aqui, os olhares dos homens são olhares de peixes mortos. Alimenta-te do pão que trouxeste. Sê peregrina dos ideais que te viram crescer. Porque nessa estrada, também viajo Eu.
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