Foi com pensada antecedência que
nos fizemos à estrada em direcção a Moledo do Minho (Viana do castelo) para
assistirmos à 3ª edição do inolvidável festival Sonic Blast. Saímos sexta-feira
com a primordial intenção de absorver atempadamente tudo o que de melhor a
nossa alma poderia experimentar naquele local. De mala lotada de geleiras onde
garrafas de cerveja tintilavam, carregámos os nossos peitos de entusiasmo pelas
estradas do Minho debaixo de um sol que respirava brisas quentes e infelizes incêndios
persistiam no paralelismo paisagístico. De pálpebras semicerradas, espírito inebriado
na atmosfera musical (Colour Haze, The Mermen, The Machine e Sungrazer) e atenção
ancorada no horizonte, serpenteámos as hipnóticas estradas que ligam Carrazeda de
Ansiães (Bragança) a Moledo do Minho. A boa disposição (muito próxima de um estado ataráxico)
era soberana e a progressiva proximidade do nosso destino estimulava a nossa emoção.
Apesar de sabidas as recentes alterações que a organização do festival havia
feito nos recintos, a expectativa foi conservada. Quando chegámos, levantei o
polegar ao novo formato do festival (com a existência de dois palcos: um protagonista
debaixo da luz solar e outro protagonista debaixo da luz lunar). Aplaudi ainda
a localização do palco da noite (construído no parque de campismo das
anteriores edições do festival), mas em contrapartida reprovei o espaço dedicado
ao campismo que substituíra o anterior. Um espaço de solo bastante acidentado
(as minhas costas que o digam) e de dimensão bastante inibida. Ainda na sexta
(um dia antes do inicio do festival) já dezenas de tendas haviam sido atracadas
naquele terreno vigiado por imponentes plátanos. Não conheci as expectativas da
organização quanto à afluência de festivaleiros, mas esta edição contou com,
pelo menos, o dobro das pessoas que haviam estado na edição anterior. Rapidamente
se viram forçados a inaugurar um segundo espaço para os peregrinos musicais que
continuavam a chegar em considerável número. O cartaz era persuasivo o
suficiente para se justificar toda aquela presença humana no festival. A minha
foi governada por três bandas que se perfilam no lote das minhas bandas
favoritas: The Machine (seria a minha 3ª vez, depois de já os ter visto em
Munique e no Porto), Mars Red Sky (seria a minha segunda vez, depois de os ter
visto também no Porto) e Kadavar (uma estreia em frente a estes mamutes (no
sentido elogioso da palavra)).
Se me permites, Mars Red Sky é simplesmente a pior banda da cena... que merdice! The Machine é secante... tanta coisa melhor... Os concertos do festival foram: GUERRERA (que BANDÃO, foda-se), Kadavar e Unicornibot!
ResponderEliminarGUERRERA e mais GUERRERA!!! Nuestros hermanos gallegos a mostrar como se faz!!! FODA-SE, ainda estou colado no disco!
Temos opiniões contrastadas (principalmente quanto a The Machine). No entanto, concordo (como te dei a conhecer no final do concerto quando nos cruzámos) que Kadavar foi alto petardo!!
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