Review: ⚡ Sageness - 'Akmé‘ (2019) ⚡

Depois de em 2017 terem apresentado o seu agradável álbum de estreia (devidamente desconstruído e aclamado aqui), os espanhóis Sageness regressam agora com o seu incrível sucessor apelidado de ‘Akmé’. Lançado muito recentemente sob a forma física de CD (numa estética edição autoral, ultra-reduzida à prensagem de apenas 100 cópias disponíveis) através da sua página de Bandcamp oficial, este novo álbum da formação leonesa sediada na cidade de León encerra um atraente, ensolarado e deslumbrante Psych Rock de mãos dadas com um tântrico, contemplativo e cinematográfico Post-Rock que se desenvolvem para um fogoso, enérgico e vigoroso Heavy Psych de propensão estelar. A sua sonoridade de receita instrumental – atestada de um intoxicante misticismo – tem o dom de nos transcender numa fabulosa e evolutiva odisseia espacial, driblando o abraço gravitacional dos astros e içando a nossa consciência ao sabor dos ventos que nos velejam na vertiginosa direcção de um firmamento desdobrado pela infinidade adentro. Recostem-se confortavelmente, respirem pausada e profundamente, selem o olhar e balanceiem o vosso corpo enfeitiçado à envolvente e extasiante boleia de uma guitarra profética que se esperneia em contagiantes, adoráveis, afáveis e fascinantes riffs, e vomita borbulhantes, psicotrópicos, hipnóticos e delirantes solos, um baixo murmurante, ondulado e pulsante de linhas movidas a robustez e fluidez, e uma bateria soberbamente expressiva que com um toque cintilante, polido e ligeiro tiquetaqueia e esporeia toda esta majestosa digressão pelo quimérico universo de ‘Akmé’. E se é com uma pronta facilidade que nos deixamos dissolver e enternecer na apaixonante musicalidade deste álbum, é com igual naturalidade que os nossos olhos se deixam maravilhar e deleitar com o magnânimo artwork exemplarmente reflectido e lavrado pelo talentoso ilustrador português Diogo Soares, mergulhando no seu cósmico e geométrico portal de natureza espiritual e naufragando pelo negro e pacífico oceano sideral que o mesmo ostenta. Este é um álbum desenhado a lubricidade que nos faroliza, cega e eteriza com a sua intensa luminosidade. Embrenhem-se na sublimada liturgia celestial superiormente rezada e liderada por Sageness e caminhem livremente pelas suas imensas paisagens sonoras de beleza e requinte a perder de vista. Este é seguramente um dos meus registos favoritos nascidos no presente ano, e que aponta a uma posição de grande destaque na listagem final dos melhores álbuns de 2019.

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Review: ⚡ The Druids - 'Totem‘ (2019) ⚡

De White Oak (Maryland, EUA) chega-nos o portentoso álbum de estreia do quarteto The Druids. Lançado no passado dia 22 de Fevereiro unicamente em formato digital e através da sua página de Bandcamp oficial, ‘Totem’ vem abastecido de um nebuloso, obscuro, carregado e poderoso Heavy Rock de indiscretas feições Sabbath’icas em harmoniosa combinação com um viajante, alucinógeno e intrigante Heavy Psych que nos envolve, revolve e catapulta na vertiginosa direcção dos astros. A sua sonoridade pendula entre um condensado, tenso e tonificado negrume de reverberante ressonância que nos oprime, enluta e amortalha, e um efervescente, libertador e arrebatador dilúvio de ácido psicadelismo que nos sacode, implode e transcende pela vasta intimidade do cosmos. E é esta fascinante alternância entre os dois estádios sonoros tão diferenciados que faz de ‘Totem’ um álbum verdadeiramente impactante. Dissolvam-se nos luciféricos bailados entre duas guitarras proféticas que se enfatizam em tirânicos, xamânicos e massivos riffs de onde se ramificam transviantes, atordoantes e altivos solos, um monolítico baixo de bafagem ardente, sombreada e possante, uma bateria descomplicada de galope relaxado e compenetrado, e uma voz avinagrada, hipnótica, diabrina e enregelada  que contrasta na perfeição com a turva e obesa radiação fumegada pelo instrumental. Este é um álbum de natureza enigmática e ritualística que tanto nos induz e soterra numa profunda e morfínica narcose oxigenada e saturada por uma atmosfera febril, como nos pontapeia, sobressalta e incendeia de uma desmoderada e desnorteada euforia. Comunguem e idolatrem todo este religioso talismã – forjado e hasteado pelos norte-americanos The Druids – e sintam-se mergulhar num fervilhante, borbulhante e corrosivo caldeirão que vos escaldará a lucidez e atestará de embriaguez. ‘Totem’ é um registo magnetizante que vos manterá de corpo sedado e pupilas dilatadas neste horripilante e esverdeado pesadelo acordado. Uma estreia muito auspiciosa (no que à produção de trabalhos de longa duração diz respeito) para estes quatro jovens druidas de instrumentos empunhados e feitiçaria praticada.

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Review: ⚡ Birdstone - 'Seer‘ (2019) ⚡

Da cidade francesa de Tours chega-nos a mélica e edénica fragância do jovem power-trio Birdstone com a apresentação do seu incrível álbum de estreia intitulado de ‘Seer’. Lançado hoje mesmo sob a forma digital (via Bandcamp) e nos formatos físicos de CD e vinil (via Bigcartel), este seu primeiro trabalho de longa duração encerra um poderoso, místico, ritualístico e ostentoso Heavy Blues de alma revivalista que me dilatara as pupilas e desenhara um incontrariável sorriso no rosto. Sendo eu um intratável apaixonado por esta tão carismática casta do saudoso e espirituoso Blues, não poderia passar por ‘Seed’ sem que o mesmo me agarrasse pelos colarinhos e cortejasse de forma exuberante. A sua sonoridade harmoniosa, doce, requintada e sedosa – tricotada a uma delicadeza e destreza verdadeiramente enternecedoras – tem o dom de nos inebriar e sublimar com a sua loquacidade sonora. De ouvidos a salivar e alma estacionada num imperturbável estádio de bem-estar, somos passeados e acariciados pelas suas baladas que alternam entre a gentileza e a rudeza, a tranquilidade e o frenesim, o brando e o vigoroso, sem nunca perder a majestosa elegância que norteia e incendeia todo o álbum. São cerca de 44 minutos climatizados e aureolados por uma atraente radiância capaz de persuadir e conquistar o mais frio dos ouvintes. Percam-se na desarmante extravagância exalada por uma guitarra erótica que se enfatiza e envaidece com os seus airosos, dançantes, revigorantes e prazerosos riffs de onde florescem fogosos, deslumbrantes, penetrantes e virtuosos solos, balanceiem o vosso corpo temulento ao ritmo de um magnetizante baixo desenhado e conduzido a linhas influentes, torneadas, onduladas e salientes, destravem a cabeça na empolgante e atordoante perseguição a uma talentosa bateria locomovida a inventivas, dinâmicas, altivas e desembaraçadas acrobacias, e comovam-se com uma charmosa, melificada, lubrificada e portentosa voz que vos perturbará e namorará do primeiro ao derradeiro tema. De destacar e louvar ainda o luxuoso artwork – caprichosamente detalhado pelo afamado duo parisiense Vaderetro – que empresta a esta obra-prima toda uma distinta primazia visual onde o nosso olhar se debruça e deleita. ‘Seer’ é um álbum inteiramente pensado e orquestrado à minha imagem. Um registo desmesuradamente epopeico que me envolvera e intrigara sem a mais pequena moderação. Regresso dele completamente embebido na sua contagiante sumptuosidade e rendido à sua absoluta qualidade. Muito provavelmente o meu álbum favorito hasteado até ao momento ainda curto, mas já muito frutífero ano de 2019. Banhem-se na copiosa grandiosidade transpirada por Birdstone, e testemunhem detida e apaixonadamente esta surpreendente estreia deste recente, mas muito promissor tridente de origem francesa.

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Review: ⚡ The Spacious Mind - 'The No. 4 Or 5 Gravy Band‘ (2019) ⚡

É ainda de lucidez embaciada, corpo anestesiado e alma transviada pelas profundezas do Cosmos sideral que vos escrevo estas palavras na intensa e duradoura ressaca em mim deixada pelo ‘The No. 4 Or 5 Gravy Band’, o novo álbum dos históricos eremitas suecos The Spacious Mind. Lançado no passado dia 11 de Fevereiro através do selo discográfico brasileiro Essence Music no formato físico de vinil (repartido em três edição muito apelativas e ultra-limitadas a 100 cópias disponíveis cada), este novo capítulo da fabulosa odisseia principiada por estes astronautas nórdicos já no inicio dos anos 90 vem saturado e perfumado de uma absorvente e deslumbrante lisergia fielmente extraída da atmosfera vivida na californiana cidade de São Francisco durante a segunda metade dos anos 60. Climatizado e oxigenado por uma mística ambiência sonora – de onde sobressai um meditativo, envolvente e lenitivo Krautrock, um outonal, plácido e estival Acid Folk, um viajante, alienígena e intrigante Space Rock, e ainda um fascinante, agradável e narcotizante Psych Rock de natureza revivalista – este ‘The No. 4 Or 5 Gravy Band’ tem a capacidade de prender, relaxar, embevecer e desancorar a consciência do ouvinte num vertiginoso mergulho espacial pelo imenso negrume do Cosmos sonolento. Sintam-se transcender por entre astros solitários e estrelas desfalecidas, numa melancólica e morfínica digressão espiritual que vos massajará o cerebelo e embriagará os sentidos. Aprisionados e encantados por esta sublime atmosfera Pink Floyd’eana de cadência repetitiva e essência epicurista, somos canalizados numa labiríntica hipnose que nos escoa de encontro ao transe religioso. Inalem todo este êxtase onírico à arrebatadora boleia de duas guitarras estelares que se exteriorizam em desarmantes, melódicos e comoventes acordes, e se enlouquecem em solos alucinados, efervescentes, extravagantes e desgovernados, um baixo magnetizante de linhas pulsantes, fluídas e dançantes, uma bateria tribalista de ritmicidade estável e afável, e um enfeitiçante teclado de inquietantes, enigmáticos e delirantes bailados. Este novo álbum de The Spacious Mind encerra um religioso e misterioso ritual de propriedades terapêuticas que nos repousa e flutua pela infinidade de um bonançoso oceano de letargia. São cerca de 40 minutos – distribuídos por três temas – norteados por um culto messiânico que nos conduz ao oásis espiritual. Recostem-se confortavelmente, tombem o semblante e deixem-se induzir pelo imaculado nirvana que este ‘The No. 4 Or 5 Gravy Band’ irradia. Não é fácil emergir desta doce inércia e reaver a lucidez que nos fora vertida ao longo de toda esta adorável e paradisíaca liturgia.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Review: ⚡ Dr. Awkward and The Screws - 'Gettin' out of Style‘ (2019) ⚡

Da capital grega chega-nos ‘Gettin' out of Style’, o fabuloso álbum de estreia do quarteto Dr. Awkward and The Screws. Lançado hoje mesmo em formato físico de vinil (numa edição de autor ultra-limitada a 300 unidades disponíveis para venda) através da sua página oficial de Bandcamp, este primeiro trabalho de longa duração da formação helénica transpira um fervilhante, refinado, vistoso e empolgante Heavy Blues de tonicidade setentista que me prendera, enfeitiçara e conquistara logo na primeira audição que lhe dedicara. A sua sonoridade movimentada, quente, dinâmica e apimentada passeia-se fluída, envaidecida e livremente pelos nove temas que incorporam esta obra-prima, magnetizando e inebriando o ouvinte com a sua mélica e enérgica majestosidade. Existe algo de verdadeiramente sedutor neste ‘Gettin' out of Style’ que me petrifica o olhar, intensifica o rufar dos batimentos cardíacos e provoca todo um constante salivar da alma e ouvidos. Desprendam a cabeça na fascinante e adorável perseguição a duas guitarras aparentadas que se entrelaçam na criação e condução de oleados, ritmados, excitantes e musculados riffs e dialogam em libidinosos, alucinantes, extravagantes e frondosos solos, um baixo possante de bafagem tonificante, tensa, volumosa e reverberante, uma bateria intrusiva de habilidosas, criativas, incisivas e aparatosas acrobacias, e ainda uma voz diabólica, perversa, áspera e radiofónica que domina toda esta arrebatada galopada à boa moda dos saudosos anos 70. Este é um álbum que conjuga na perfeição o peso com a leveza, a potência com a subtileza, e a emoção com a destreza, numa desenfreada e impactante cavalgada que nos hipnotiza, acicata e euforiza sem a mais pequena réstia de timidez. De aplaudir ainda o expressivo, primoroso e ostentoso artwork – superiormente arquitectado e ilustrado pelo artista local Manster Design – que confere rosto a este glamoroso álbum da banda sediada em Atenas. Sintam o inflamante trago de Dr. Awkward and The Screws motivar e alimentar toda uma prazerosa revolta capaz de vos rasgar as vestes da lucidez e eclodir num redentor grito de comoção. Este é um álbum verdadeiramente irresistível que seguramente agradará tanto a gregos como troianos. Vulcanizem-se na chamejante alma de uma das mais extraordinárias surpresas sonoras do ano.

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Review: ⚡ Volcano - 'The Island‘ (2019) ⚡

Da exótica e carismática cidade de San Diego (Califórnia, EUA) chegam-nos os ares veraneios dos recém-formados Volcano com a tão ansiada apresentação do seu aliciante álbum de estreia. Contando com membros das já afamadas bandas locais Harsh Toke, Joy e Loom, e lançado hoje mesmo através da jovem editora californiana Kommune Records (em formato digital) e do já conceituado selo discográfico nova-iorquino Tee Pee Records (em formato físico de vinil), este fascinante, especial e intrigante ‘The Island’ vem ensolarado e bronzeado por um dançante, tribal, estival e serpenteante Psych Rock de adorável clima tropical que nos instiga, namora e obriga a sambá-lo do primeiro ao derradeiro tema. A sua sonoridade oxigenada e afagada por um deslumbrante, vulcânico e provocante psicadelismo de ritmicidade Funky e aventurosas aproximações aos territórios setentistas do Zamrock viaja-nos num alucinante e empolgante safari pelas mais idosas selvas africanas onde subsistem secretas tribos de culturas ancestrais. Ingressem neste envolvente, hipnótico e delirante ritual temperado a voodoo e soberbamente rezado e orientado por uma voz messiânica e liderante que tanto se isola como refugia por entre um populoso e luminoso coro vocal, uma erótica guitarra de acordes voluptuosos e solos prodigiosos que nos serpenteia, maravilha e incendeia, um perfumado e enfeitiçante teclado que nos ludibria e extasia com os seus incitantes e extravagantes bailados, um baixo groovy compenetrado em linhas magnetizantes, onduladas, torneadas e oscilantes que nos faz pendular a cabeça na sua perseguição, e uma bateria tribalista aliada a um conjunto de congas que – com as suas vivificantes, excêntricas e vibrantes acrobacias – nos sacodem e implodem de prazer. São estes os singulares ingredientes usados nesta saborosa receita sonora levada a cabo pelos sensacionais Volcano. Devo finalizar confessando que este é um álbum pelo qual nutria uma crescente e inquietante expectativa só hoje integralmente saciada e cessada. ‘The Island’ destaca-se pela sua ousada, mas bem resultada desvinculação ao típico Heavy Psych forjado e hasteado em San Diego, e promete fazer rufar todos os corações que nele se albergarem. Um disco caloroso e carnavalesco – detentor de uma alegria intensamente contagiante – que nos impulsiona a vivenciá-lo sem moderação e venerá-lo sem condição do primeiro ao último minuto. Inebriem-se neste poderoso afrodisíaco.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Review: ⚡ Haunt - 'Mosaic Vision‘ EP (2019) ⚡

Da populosa cidade californiana de Fresno chega-nos ‘Mosaic Vision’, o novo EP do quarteto ofensivo Haunt. Depois de ter digerido e seguidamente elogiado o seu espantoso álbum ‘Burst Into Flame’ (review aqui) – nomeando-o, inclusive, como um dos melhores discos do passado ano de 2018 (listagem completa aqui) – eis que estes nobres cavaleiros da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM) estão novamente de regresso com o lançamento deste registo de curta duração que seguramente acalmará, ainda que apenas momentaneamente, a ansiedade dos seus mais fervorosos seguidores de olhos já ancorados no próximo dia 17 de Maio (data em que sairá oficialmente o seu tão aguardado novo álbum ‘If Icarus Could Fly’). De instrumentos apontados a um combativo, entusiasmante, provocante e ostensivo Heavy Metal – fielmente trazido do final dos anos 70, onde se notabilizaram bandas como Judas Priest, Angel Witch e Iron Maiden – os jovens e fogosos Haunt têm em ‘Mosaic Vision’ um magnético e vivificante EP superiormente executado a destreza, energia e leveza. De galope acelerado e esporeado a intensidade, dinamismo e efusividade, somos levados nesta selvática cavalgada de rédeas firmemente empunhadas e ritmo cardíaco destravado. Revolvam-se e bronzeiem-se nesta saturada e afogueada radiação ao conjugado som de duas guitarras gémeas que se replicam na ascensão de riffs majestosos, altivos e portentosos, e se perseguem na furiosa e assombrosa condução de solos ziguezagueantes, imponentes e alucinantes, um baixo monolítico de bafagem reverberante, tensa, fluída e pulsante, uma bateria explosiva de despachadas, desenfreadas e atordoantes investidas, e ainda uma voz límpida, melódica e oleada que se debate na perfeição por entre toda esta violenta combustão. Este é um registo de consumo impróprio para cardíacos que atesta de euforia todos aqueles que ousem enfrentá-lo. Sintam-se tumultuar ao redentor som de ‘Mosaic Vision’ e eclodam numa vulcânica erupção de epinefrina via auditiva. Não é fácil recuperar o fôlego depois de vivenciada toda esta expressiva e fervorosa ferocidade que nos pontapeia e inflama do primeiro ao último minuto. Está assim selado mais um vultoso e marcante contributo desta sensacional banda californiana que tanto me inspira e enamora.

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