Jojo Rabbit (2019) de
Taika Waititi ★★★★☆
Gisaengchung (2019) de
Bong Joon Ho ★★★★★
Knives Out (2019) de
Rian Johnson ★★★★☆
Mr. Robot S04 (2019) de
Sam Esmail ★★★★★
Killer Inside: The Mind of Aaron Hernandez S01
(2020) de Geno McDermott ★★★★☆
1917 (2019) de
Sam Mendes ★★★★☆
The Innocent Man S01 (2018) de
Ross M. Dinerstein & Clay Tweel ★★★★☆
Uncut Gems (2019) de
Benny Safdie & Josh Safdie ★★★★☆
Euphoria S01 (2019) de
Sam Levinson ★★★★☆
The Game Changers (2018) de
Louie Psihoyos ★★★★★
Last Train from Gun Hill (1959) de
John Sturges ★★★★☆
Manhattan Murder Mystery (1993) de
Woody Allen ★★★★☆
Apollo 11 (2019) de
Todd Douglas Miller ★★★☆☆
Chasing Trane: The John Coltrane Documentary
(2016) de John Scheinfeld ★★★★☆
Vivir Dos Veces (2019) de
Maria Ripoll ★★★★☆
All Things Must Pass: The Rise and Fall of Tower
Records (2015) de Colin Hanks
★★★★☆
Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes
S01 (2019) de Joe Berlinger ★★★★★
ZZ Top: That Little Ol' Band from Texas (2019) de
Sam Dunn ★★★★☆
The Pharmacist S01 (2020) de Jenner Furst
& Julia Willoughby Nason ★★★★☆
The Trials of Gabriel
Fernandez S01 (2020) de Brian Knappenberger ★★★★★
Black Mama White Mama (1973) de Eddie Romero ★★☆☆☆
Snatch (2000) de Guy Ritchie ★★★★☆
The Outsider S01 (2020) de Richard Price ★★★☆☆
Curb Your Enthusiasm S10 (2020) de Larry David ★★★★★
La Casa de Papel S04 (2020) de Álex Pina ★★★★★
When They See Us S01
(2019) de Ava DuVernay ★★★★★
The Gentlemen (2019) de Guy Ritchie ★★★★☆
Dirty Money S02 (2020) de Alex Gibney ★★★★★
Narcos S03 (2017) de Carlo Bernard, Doug
Miro & Chris Brancato ★★★★★
Better Call Saul S05 (2020) de Vince Gilligan & Peter Gould ★★★★★
Track of the Cat (1954) de William A. Wellman ★★★☆☆
Planet of the Humans
(2019) de Jeff Gibbs
★★★★★
Yip Man (2008) de Wilson Yip ★★★★★
quinta-feira, 30 de abril de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Review: ⚡ Anjo Gabriel - 'Anjo Gabriel' (2020) ⚡
Da outra margem do Oceano
Atlântico chega-nos o tão esperado regresso da talentosa formação brasileira Anjo
Gabriel com a apresentação do seu novo álbum de designação homónima e
gravação analógica, que acaba de ser lançado exclusivamente em formato digital
através da sua página de Bandcamp oficial. Natural da cidade do Recife
– situada no nordeste do Brasil – este quarteto com sensivelmente uma
década de existência e que não prescinde do acréscimo de outros músicos e
consequentes instrumentos de forma a enriquecer a sua exótica musicalidade, tem
em ‘Anjo Gabriel’ a natural extensão da orientação sonora que tem
farolizado toda a discografia da banda sul-americana. Fundamentada num deslumbrante,
colorido, veraneio e contagiante Psychedelic Rock de aroma tropical em harmoniosa,
erótica e calorosa parceria com um ondeante, lenitivo, meditativo e
hipnotizante Krautrock de brisas orientais, e ainda um extravagante, orquestral,
cerebral e delirante Progressive Rock de coreografia carnavalesca, a labiríntica,
sinuosa, caprichosa e enérgica sonoridade deste frutado registo vem trajada,
maquilhada e condimentada por um criativo experimentalismo sem fronteiras que o
inibam ou balizem. De alma arrebatada e atenção atrelada à sofisticada,
aparatosa, revivalista e perfumada musicalidade de ‘Anjo Gabriel’,
somos envolvidos, seduzidos e canalizados pelas frondosas selvas brasileiras onde os nossos sentidos se perdem e encontram num ofuscante,
imersivo e atordoante caleidoscópio. Na génese deste arábico, aliciante e
principesco misticismo está uma guitarra faraónica de Riffs
serpenteantes, religiosos, majestosos e intrigantes e trepidantes, ácidos, alucinados
e transbordantes solos que facilmente me remetera para o psicadelismo burlesco
do ícone latino Carlos Santana, um imponente baixo de reverberação flutuante,
espessa e dançante, uma bateria circense de galopante, acrobática e provocante ritmicidade
– brilhantemente sombreada por uma ritualística percussão de natureza e destreza
tribalista – um carismático órgão de luxuosos bailados, um mágico sintetizador
que exorciza as estrelas, e um enigmático theremin de idioma alienígena. Num
plano secundário ‘Anjo Gabriel’ é também visitado por um Oud de
envolvência pérsica, um violino de enfeitiçantes uivos, um didgeridoo de hálito
monocórdico, e um messiânico coro vocal. Este é um álbum tremendamente complexo
que combina contrastadas substâncias. Uma obra de elaboradas composições que
nos escancara toda uma parafernália de inexperimentadas sensações. Empoeirem-se
nos aromáticos condimentos desta vibrante, animada e inebriante formação
brasileira e experienciem como puderem toda esta abstrata detonação de puro prazer.
Um dos álbuns mais estimulantes do ano está seguramente aqui, na triunfante renascença
do Anjo Gabriel.
terça-feira, 28 de abril de 2020
Review: ⚡ Gorm - 'Elysium' EP (2020) ⚡
Proveniente da cidade alemã
de Rostock chega-nos a intoxicante ressonância rugida pelo jovem e
auspicioso power-trio instrumental Gorm com o lançamento do seu
novo EP denominado de ‘Elysium’ e devidamente exteriorizado
sob o cunho autoral através do formato digital e de uma edição física em
vinil. De instrumentos electrificados e apontados a um entusiasmante, delirado,
sublimado e atordoante Heavy Psych de propensão e devoção astral, conduzido
por um majestoso, elaborado, serpenteado e ostentoso Heavy Prog de
expressiva e altiva liderança, que se desenvolve, revolve e desagua nos turbulentos
mares de um titânico, negro, carregado e mastodôntico Psych Doom, este fantástico
tridente germânico conjuga a épica majestosidade dos norte-americanos Elder
com a dinâmica motorizada dos seus compatriotas Rotor. Balizado em 25
minutos de duração total e fragmentado em dois temas de almas aparentadas que
se complementam na perfeição, ‘Elysium’ vem aromatizado e chefiado
por uma inventiva, envolvente, eloquente e evolutiva jam que
tanto nos reconforta e ameniza em sidéricas e etéreas passagens oxigenadas a um
extasiante erotismo, como acalora e euforiza à alucinante boleia de possantes e
monolíticas galopadas sobrecarregadas de endorfinas. A sua sonoridade trajada a
uma estética cinematográfica é exemplarmente tricotada por uma guitarra jupiteriana
e afrodisíaca que se manifesta em imperiosos, apoteóticos, fibróticos e
luxuosos Riffs de onde ocasionalmente eclode toda uma orgásmica torrente de gritantes,
ácidos, desvairados e embriagantes solos em debandada, pesadamente bafejada por um baixo sombreado e murmurante
de linhas trovejantes, densas, tensas e pujantes, e energicamente pontapeada
por uma bateria incisiva e operante de rédeas firmemente empunhadas numa marcha
magnetizante, explosiva, catártica e retumbante. Este é um EP viciante e verdadeiramente
desconcertante (no sentido elogioso da palavra) que nos balanceia entre
radiosos, nirvânicos, melancólicos e voluptuosos momentos de um imaculado zen,
e outros acometidos e afogueados por uma vulcânica, tenebrosa, lutuosa e
tirânica reverberação de impetuosa saturação. Um constante pêndulo que nos
passeia entre a utópica bonança e a distópica tempestade, que – desta forma – nos
faz percorrer todo um vasto e diverso espectro emocional. ‘Elysium’
é um autêntico bálsamo para os nossos membros e sentidos. Deixem-se surpreender,
embevecer e narcotizar pela desarmante opulência de Gorm – ornamentada e
emoldurada por um imenso negrume estelar – e vivenciem de forma maravilhada, detida e
apaixonada toda a messiânica influência ventilada de um dos mais espantosos e
aliciantes EP’s nascidos até ao momento no presente ano de 2020.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
domingo, 26 de abril de 2020
Review: ⚡ Kanaan - 'Double Sun' (2020) ⚡
Depois de em 2018 ter sido
lançado o seu impactante álbum de estreia ‘Windborne’ (Review
aqui) e de já em meados do passado mês de Fevereiro ter sido apresentado
o seu segundo trabalho ‘Odense Sessions’ (Review aqui),
eis que o talentoso tridente norueguês Kanaan acaba de presentear toda a
sua crescente legião de fieis discípulos com a aparição do seu terceiro registo
de longa duração. Denominado de ‘Double Sun’ e devidamente
promovido através do insuspeito selo discográfico dinamarquês El Paraiso
Records (com o qual a banda vai reforçando o seu vínculo editorial) nos
formatos físicos de CD e vinil, esta nova obra inspiradora da jovem formação
nórdica traz-nos um admirável equilíbrio das essências desiguais que nortearam
os seus dois discos antecessores. Lavrado, bordado e desenvolvido por um
sofisticado, cerebral e elaborado cocktail sonoro de onde facilmente se identifica
e saboreia um exótico, purificante e enigmático Jazz Fusion de
inspiração apontada aos fabulosos britânicos Soft Machine e à lendária multinacional Mahavishnu Orchestra, um deslumbrante,
sublime e serpenteante Prog Rock de ares revivalistas que se balanceia
entre a carnavalesca exuberância de uns King Crimson e a onírica
majestosidade de uns YES, um ensolarado, primaveril e perfumado Psychedelic
Rock de inebriante radiância que resvala na envolvência cinematográfica do Post
Rock, e ainda um hipnótico, imersivo e meditativo Krautrock – ainda
que de presença mais destemida e vincada na ponta final do álbum – sintonizado
na mesma frequência que os clássicos germânicos NEU! e CAN, este trabalho toca as fronteiras da tão ambicionada perfeição. A sua
musicalidade de desígnios complexos pendula entre etéreas passagens de uma
refrescante, paisagista e extasiante lisergia, e espalhafatosos momentos de
sónico, eufórico e selvático experimentalismo. Na génese desta apaixonante conjugação
entre a frenética tempestuosidade e a pacífica mansidão, imperam os virtuosos egos
de uma guitarra erudita que se passeia por cristalinas paisagens temperadas a quimérica
letargia e outras chamejadas pelo vulcânico efeito Fuzz, um baixo
motorizado a linhas errantes, livres, viçosas e ondeantes, e uma bateria circense
de toque cintilante, polido, preciso e entusiasmante. ‘Double Sun’
é um primoroso álbum de beleza e destreza consumadas. Um registo governado por
um simbiótico misticismo onde cada um dos instrumentos tem total liberdade de
movimentos – naufragando num criativo rasgo de catártica e extravagante comoção
– sem que percam o seu apurado sentido de orientação. É, indubitavelmente, o meu disco de eleição produzido por este luxuoso power-trio sediado em Oslo. Recostem-se relaxadamente, apertem os cintos e preparem-se para vivenciar a acrobática sinuosidade de uma delirante montanha-russa que vos baralhará os
sentidos e descarrilará a lucidez. Estamos na distinta presença de uma caprichosa
iguaria pronta a saciar a sede dos ouvidos mais exigentes. Um dos mais épicos
discos de 2020 está seguramente aqui, na portentosa detonação criativa de Kanaan.
Empoderem-se nele.
Links:
➥ Facebook
➥ SoundCloud
➥ El Paraiso Records
➥ SoundCloud
➥ El Paraiso Records
sábado, 25 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Review: ⚡ Marmalade Knives - 'Amnesia' (2020) ⚡
Da cidade costeira de Santa
Cruz (Califórnia, EUA) chega-nos a apaladada, fresca e
salgada brisa oceânica borrifada pelos Marmalade Knives com a tão
aguardada apresentação do seu revigorante álbum de estreia ‘Amnesia’.
Lançado hoje mesmo através do selo discográfico italiano Electric Valley
Records em formato digital e sob a forma física de vinil, este primeiro
trabalho da formação californiana emana um ensolarado, exótico, arábico e
delirado Psych Rock, banhado por um místico, meditativo, envolvente e sidérico
Surf Rock, e ainda conduzido por um harmonioso, serpenteante, fascinante
e ostentoso Prog Rock. A sua colorida sonoridade de clima veraneio é tricotada e
aromatizada por uma sublimada, simétrica, onírica e inebriada ambiência de essência
puramente instrumental que nos esperneia, recosta e prazenteia num verdadeiro oásis
sensorial. De alma entorpecida e corpo bamboleante somos hipnotizados e
eterizados pela vistosa, afrodisíaca e formosa excentricidade de ‘Amnesia’
à estarrecedora e ritualística boleia de duas guitarras encantadoras que se
perseguem e dialogam entre majestosos, quiméricos e luxuosos riffs de natureza
pérsica, e alucinantes, orgiásticos e borbulhantes solos de elevada toxicidade,
um dominante baixo soberbamente Krauty de linhas pulsantes, onduladas,
oleadas e magnetizantes, e ainda uma bem-humorada bateria Funky de apurada ritmicidade
tribalista que trauteia toda esta seráfica peregrinação pelos esfíngicos desertos
da nossa espiritualidade. Deixem-se absorver e entontecer pelo imersivo psicadelismo
tropical aliado ao sónico experimentalismo sideral que envolvem, aclimatam e revolvem este
‘Amnesia’, e saboreiem com inteira ofuscação e submissão esta
espirituosa e muito esperançosa estreia dos norte-americanos Marmalade
Knives. Não vai ser fácil despertar de todo este mágico torpor que nos
amortalhara do primeiro ao derradeiro tema. Ao contrário do que o seu título
sugere, este é um disco excepcional que muito dificilmente será esquecido por quem
nele naufragar. Empoeirem-se na sua ataráxica misticidade.
Links:
➥ Facebook
➥ Bandcamp
➥ Electric Valley Records
➥ Bandcamp
➥ Electric Valley Records
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Review: ⚡ Jackie Treehorn Ave. - 'Nervous Breakdown Blues' (2020) ⚡
Desabrochado e achado pelos tímidos
raios solares que avivavam a ainda embaciada e orvalhada aurora do
recém-nascido 2020, o adorável álbum de estreia do tridente italiano Jackie
Treehorn Ave. representava um claro prenuncio de que estaríamos prestes a testemunhar
e vivenciar todo o crescente e opulento esplendor de um ano musicalmente farto.
E assim tem sido. Sediada na cidade de Vicenza, esta formação
mediterrânica tem em ‘Nervous Breakdown Blues’
um fabuloso álbum detentor de uma atmosfera deveras melancólica, narcótica
e cinematográfica que nos pacifica os sentidos, amortece o espírito e convida a
uma compenetrada introspecção. Lançado muito recentemente sob a forma física de
CD (numa edição de cunho autoral) esta auspiciosa estreia de Jackie Treehorn
Ave. vem aureolada e embriagada por um envolvente, meditativo, lenitivo e
deslumbrante Psychedelic Rock em harmoniosa parceria com um ocioso,
etéreo, erótico e pantanoso Heavy Blues que nos gravitam e magnetizam ao
longo de toda esta ataráxica, febril e lisérgica hipnose. De olhar semi-cerrado,
narinas dilatadas e cabeça baloiçante somos fascinados e canalizados pela onírica,
extasiante, afagante e afrodisíaca sonoridade de ‘Nervous Breakdown
Blues’ rumo a um desanuviado e ensolarado estado de pleno transe
espiritual. Com o nosso imaginário remetido para as infindáveis planuras de um solitário
deserto pincelado pela luzência crepuscular de um dia acabado de ser derrotado
pela noite cósmica, somos tocados e massajados nas zonas erógenas do cérebro
por uma guitarra messiânica de fibrosos, lascivos e vaidosos Riffs tricotados
a misticismo e solos uivantes, diáfanos, alucinógenos e serpenteantes, um baixo
carrancudo de linhas tonificadas e sombreadas a uma possante, hipnótica e
murmurante reverberação, uma bateria diligente detidamente entregue a uma relaxada,
ligeira, fluida e descomplicada ritmicidade, e ainda duas sedosas, mornas,
laxativas e airosas vozes que se encontram e desencontram numa agradável,
melosa e venerável conjugação vocal. Alcanço o final deste enternecedor, anestésico
e arrebatador ‘Nervous Breakdown Blues’ de lucidez evadida e
embriaguez induzida. E é ainda de ouvidos salivantes e alma estacionada num
doce e prazeroso estádio de profunda inércia que condecoro este trabalho como
um dos mais paradisíacos e petrificantes do ano. Esta é a banda-sonora perfeita
para se deixarem embalar e emancipar num dos mais admiráveis e reconfortantes sonhos
acordados das vossas vidas.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
terça-feira, 21 de abril de 2020
Review: ⚡ Frozen Planet 1969 - 'Cold Hand Of A Gambling Man' (2020) ⚡
Da cidade de Sydney (Austrália)
chega-nos mais um renovado capítulo folheado pelas intuitivas, envolventes,
viajantes e criativas jam's de natureza exclusivamente instrumental, superiormente
nutridas e conduzidas pelo inesgotável power-trio Frozen Planet 1969,
que desde o já longínquo ano de 2013 deflagram toda a extensão discográfica da
banda. Intitulado de ‘Cold Hand Of A Gambling Man’ e com a data
do seu lançamento oficial tripartida pelos diferentes formatos que o
representam: digital (disponível a partir de amanhã, 22 de Abril, pela mão do
selo caseiro Pepper Shaker Records), CD (agendado para o próximo dia 29
de Abril igualmente através do seu selo autoral Pepper Shaker Records) e
vinil (este último adiado apenas para dia 15 de Maio pela mão da editora
holandesa HeadSpin Records), este novo álbum da produtiva e inventiva formação
australiana simboliza a sequela conceptual – como o seu artwork assim denuncia
– principiada pelo seu antepenúltimo trabalho ‘The Heavy Medicinal Grand
Exposition’ aqui devidamente desconstruído e elogiado em 2018. A
par do que acontece com os seus numerosos antecessores, ‘Cold Hand Of A
Gambling Man’ vem oxigenado por um evolutivo, magnetizante, sideral e
imersivo Heavy Psych de instrumentos farolizados e influenciados pelas incandescentes
fornalhas estelares que combatem de forma desigual todo o inestimável negrume
cósmico. De cabeça pesadamente arremessada para um constante movimento pendular
de ombro a ombro e alma inteiramente enfeitiçada e exorcizada pela mística e
enigmática radiância astral, somos atrelados à absorvente, convidativa,
lenitiva e eloquente sonoridade de Frozen Planet 1969, e vagueados pela
expansiva vacuidade de um Cosmos bocejante. Deixem-se embalar, siderar e
extasiar pelo exótico experimentalismo transpirado e desdobrado por uma intoxicante
guitarra de semente alienígena que se esvaia em atordoantes, desfigurados,
ácidos e delirantes solos, pela magnética ressonância vociferada por um baixo
ronronante que se carrega ao volante de linhas pulsantes, densas, fluídas e
ondeantes, e pela ritmicidade Funky trauteada e pavoneada por uma
bateria relaxante, deleitosa, engenhosa e reconfortante. De espalhar também a
apologia pelo detalhado, animado e fantástico artwork de créditos
apontados ao artista gráfico John Debono-Cullen (igualmente responsável
pelo visual do primeiro álbum pertencente a esta sequela). ‘Cold Hand Of
A Gambling Man’ tem a edénica capacidade de nos oscilar entre uma mélica
lisergia e uma anestésica euforia. Sintam-se perecer num súbito desmaio de
prazer e embevecer ao apaladado sabor das etéreas brisas suspiradas pelos obstinados Frozen
Planet 1969 e as suas tão características jam's.
Links:
➥ Facebook
➥ Bandcamp
➥ Pepper Shaker Records
➥ Headspin Records
➥ Bandcamp
➥ Pepper Shaker Records
➥ Headspin Records