“Dead Horse” é um verdadeiro carnaval sonoro, capaz de
despistar a nossa capacidade de leitura musical. É um dos discos mais ricos e complexos
que ouvira até então. Das divergências delirantes do Math Rock aos improvisos ‘jazzísticos’
que nos estarrecem; das narrativas idílicas do Post Rock que nos adornam às incursões alucinantes do Progressive Rock que nos fazem levitar. É
aqui que “Dead Horse” subsiste. Uma excursão admirável pelos insondados trilhos
do improviso musical. Presenciem o visceral abraço entre duas guitarras estimulantes
que nos exaltam, e um saxofone orgásmico que grita e vomita êxtase. Percam-se
nesta folia emotiva que nos seduz e conduz pelas ruas do bem-estar. Recostem-se
e sintam toda uma eclosão sensorial anestesiar-vos e sussurrar-vos o idioma do
Paraíso. Este é um dos discos mais delirantes de que tenho memória. Uma experiência
tremendamente viajante, fascinante e hipnótica. Uma odisseia tão para lá da
atmosfera da consciência, que no final do derradeiro tema do disco vão sentir-se
deambular pelas brisas soníferas de um Cosmos narcotizado.
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