Review: 🐝 Psychic Love Child - 'Honey Business' (2023) 🐝

★★★★

Oriundo da cidade de Dallas (Texas, EUA) chega-nos o apaladado, solarengo e ajardinado álbum de estreia do jovem quinteto Psychic Love Child sob o exclusivo formato digital (com a possibilidade de download gratuito através da sua página de Bandcamp oficial). Intitulado ‘Honey Business’ e desabrochado em meados deste primaveril mês de abril, este primeiro passo discográfico da turma texana ostenta um multicolorido mosaico sonoro de onde se reconhece e saboreia uma apaixonante, melosa, radiosa e deslumbrante Neo-Psychedelia de doce fragância revivalista que presta homenagem a egrégios nomes como Pink Floyd (da era Syd Barrett), The Beatles e The Byrds, em afrodisíaca harmonia com um dançante, hipnótico, sedutor e contagiante Surf Rock de forte odor a maresia e influências pescadas a vultosas referências do género como Dick Dale, The Ventures e The Beach Boys. A sua sonoridade orvalhada e magicada por um etéreo misticismo – de exuberante roupagem floreada e maquilhagem sessentista – canaliza e eterniza o ouvinte num extasiante universo onírico de luzência virginal, afago sensorial e consagração espiritual. Um vistoso, glorioso e vibrante arco-íris de beleza miraculosa, psicadelismo sinestésico e visões caleidoscópicas que nos leva no relaxado fluxo da embriagada lisergia. Desinibido, fresco, fluído e bem-disposto, ‘Honey Business’ é uma irresistível guloseima de inefável doçura, psicadélica tintura e venerável formosura que nos faz salivar e bailar do primeiro ao derradeiro tema. São 35 minutos passados num agradável e incansável parque de diversões. Percam-se e encontrem-se nesta intensa sedução irradiada pelos Psychic Love Child à espirituosa boleia de vocais caramelizados, aveludados e espectrais, uma guitarra iridescente de acordes aliciantes, serpenteantes e prismáticos, um baixo saltitante de linhas sombreadas, elásticas e oleadas, uma bateria tribalista de acrobática, magnética e desembaraçada ritmicidade, e um quimérico teclado de imersivos, intrigantes e diluvianos coros celestiais. Este é um álbum esponjoso, sorridente, purificante e sumptuoso que não deixará ninguém indiferente. Um delicioso cocktail sonoro de sabor tropical e clima estival que nos inebria e extasia sem qualquer moderação. Experienciem este poderoso LSD de alucinógena religiosidade e sobrevoem a fantástica Pérsia antiga, sentados – de pernas cruzadas e olhares esfaimados – acima de um tapete mágico.

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Review: 🚀 Hazeshuttle - 'Hazeshuttle' (2023) 🚀

★★★★

Da cidade sulista de Ingolstadt (Baviera, Alemanha) chega-nos o alucinógeno e viajante álbum de estreia do jovem power-trio locomovido a querosene Hazeshuttle. Lançado numa edição autoral através dos formatos CD e digital, este homónimo álbum do tridente germânico vem embrumado por um efervescente, ritualístico, místico e deslumbrante Heavy Psych – de exuberante caligrafia árabe e ocasionais mergulhos nas encarvoadas trevas de um morfínico, vagaroso, resinoso e despótico Psychedelic Doom –, e oxigenado por um arejado, mântrico, messiânico e relaxado Space Rock de clima meditativo e com vista panorâmica para as incandescentes fornalhas estelares. Alicerçada em invasivas, ácidas, embriagadas e evolutivas jams de essência puramente instrumental, a explorativa sonoridade de Hazeshuttle remete-nos para as atmosferas siderais de bandas como Monkey3, The Re-Stoned e Yuri Gagarin. Engolidos pelo Cosmos, farolizados pelos coloridos corais celestiais e embalados na hipnótica vertigem, driblamos o abraço gravitacional dos solitários astros que se vão desenterrando no negro solo cósmico, penetramos o fumarento tecido de fantasmagóricas nebulosas que vagueiam livremente pela vacuidade espacial e desaguamos nos exóticos territórios alienígenas. Por entre a narcótica lisergia e a vulcânica euforia, naufragamos nas profundezas oceânicas de ‘Hazeshuttle’ à estonteante, profética e apaixonante boleia de uma guitarra sultana que se meneia de forma imensamente sedutora – e incendeia na borbulhante, estaladiça e urticante distorção Fuzz –, na condução de caravânicos, reflexivos, etéreos e cinematográficos riffs de onde serpenteiam psicotrópicos, luzidios, escorregadios e caleidoscópicos solos, de um baixo fibroso que se envaidece numa quente, texturizada, sombreada e ondeante reverberação, e de uma estimulante bateria vergastada a uma ritmicidade explosiva, cintilante, altiva e flamejante. São 48 minutos de uma imersiva narcose transcendental que tanto nos faz velejar as pacíficas e terapêuticas águas da ataráxica introspecção, como surfar a crista de um monolítico e demolidor tsunami que tudo persegue e consome. Apertem bem os cintos, respirem pausada e profundamente, rebaixem as pálpebras e embarquem nesta fantástica odisseia pelo inexplorado universo de Hazeshuttle.

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Review: 🌈 Rose City Band - 'Garden Party' (2023) 🌈

★★★★

É justo começar por referir que Rose City Band é uma das minhas bandas contemporâneas de eleição. Tropecei no seu homónimo álbum de estreia algures em 2020 e não mais os perdi de vista no meu radar. Seguiram-se ‘Summerlong’ (review aqui) e ‘Earth Trip’ (review aqui), e a minha paixão assolapada por este adorável projecto liderado pelo talentoso multi-instrumentista norte-americano Ripley Johnson (Wooden Shjips e Moon Duo) crescia com gloriosa celeridade e ostentava uma vistosa vitalidade que era impossível disfarçar. É então que no clímax desta imoderada devoção, a banda sediada na cidade de Portland (Oregon) desabrocha o seu quarto trabalho de longa duração ‘Garden Party’ (oficialmente lançado hoje mesmo pela mão da insuspeita companhia discográfica Thrill Jockey através dos formatos LP, CD e mp3), e aqui estou eu, na ressaca do mesmo, de boca salivante, coração mergulhado num profundo oceano de mel e olhar cintilante, a tentar traduzir para a forma textual toda a imersiva satisfação que banhara e bronzeara a minha alma ao longo da sua audição. Ensolarado por um açucarado, sumarento, ternurento e inebriado Psychedelic Rock de oceânica fragância West-Coast, e um bucólico, reflexivo, lenitivo e melancólico Psychedelic Folk de ornamentada moldura Western, este ataráxico, radiante, deslumbrante e onírico ‘Garden Party’ desenrola no nosso imaginário infindáveis tapetes ajardinados e verdejantes – estriados por marulhantes riachos de águas frescas e translúcidas – onde se espreguiçam flores de condimentado aroma primaveril, deambula uma arejada e revitalizante brisa, e se escuta o harmonioso canto de pássaros esvoaçantes que cruzam alegremente um cristalino céu azul-turquesa, aureolado por um colorido arco-íris e farolizado por um reluzente e sorridente Sol de bafo morno e ruborizada coloração crepuscular. Suspirantes, de olhar semi-selado, sorriso desenhado no rosto e alma oxigenada por uma imperturbável sensação de pleno bem-estar, cavalgamos a passo relaxado pelas sublimes planícies sonoras de ‘Garden Party’ que se estendem até onde a vista pode alcançar, ao comovente, nirvânico e deslumbrante som de uma voz delicada, aveludada e lampejante que nos seduz e conduz, uma apaixonante guitarra de graciosidade ambiental que se meneia em envolventes, bem-dispostos e contagiantes acordes e ziguezagueia em vagueantes, encaracolados e embriagantes solos, um baixo pulsante de linhas hipnóticas, swingadas e bailantes, uma agradável bateria tiquetaqueada a um ritmo constante, sossegado e absorvente, toda uma mágica profusão de teclados divinais que borrifam este jardim com coros e poeiras celestiais, e ainda um uivante pedal-steel de arrepiantes, orgásmicos e desarmantes serpenteios que nos fazem estremecer e derreter o coração. Este é um álbum verdadeiramente preclaro que encerra uma frágil e doce nostalgia. Um registo de clima veraneio que nos adormece e estarrece num demorado desmaio de inefável prazer. Um reconfortante paraíso onde os nossos sentidos se regozijam e o nosso espírito se acomoda sem a mais pequena vontade dele regressar. Ancorem-se nele.

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Review: 🌱 The Golden Grass - 'Life Is Much Stranger' (2023) 🌱

★★★★

Depois do homónimo ‘The Golden Grass’ (review aqui), ‘Coming Back Again’ (review aqui) e ‘Absolutely’ (review aqui), o fascinante tridente nova-iorquino The Golden Grass lança agora o seu muito aguardado quarto álbum de estúdio, intitulado ‘Life Is Much Stranger’ e lançado pela mão do influente selo discográfico romano Heavy Psych Sounds nos formatos físicos de LP e CD. Replicando a gloriosa fórmula sonora que os celebrizara, os The Golden Grass prosseguem a sua admirável jornada pelos ajardinados e arborizados trilhos de um ensolarado, fresco, romanesco e ácido Psychedelic Rock de coloridos e florescidos trajes sessentistas e uma doce fragância West Cost, em harmonia com um torneado, fogoso, lustroso e lubrificado Hard Rock de bronzeada musculatura setentista e afrodisíaco balanço Boogie. Requintada, maquilhada e conjugada no pretérito, a primaveril, tropical e sumarenta sonoridade de ‘Life Is Much Stranger’ pavimenta a alma do ouvinte com verdejantes planícies, arejadas por suavizantes brisas e aquecidas pelo morno bafo de um sorridente Sol crepuscular. De cabeça meneante, olhar envidraçado por uma inquebrável expressão sonhadora, sorriso ofuscante, e corpo enfeitiçado por uma ondeante dança reptiliana, somos farolizados, encandeados e maravilhados pela vibrante luzência de The Golden Grass. São 38 minutos atestados de contagiante boa disposição e intensa sedução. Agarrem firmemente as rédeas de uma guitarra deslumbrante que se bamboleia em riffs bailantes, graciosos, libidinosos e cativantes riffs de onde desaguam solos ziguezagueantes, escorregadios, fugidios e excitantes, um murmurante baixo carregado a linhas saltitantes, elásticas, filamentosas e serpenteantes, uma bateria gingona – soberbamente ritmada a inventivas acrobacias e estonteantes malabarismos jazzísticos –, e ainda uma voz melodiosa, agradável, afável e radiosa, ocasionalmente escoltada por um luminoso coro vocal. ‘Life Is Much Stranger’ é um álbum verdadeiramente apaixonate e de fácil digestão que me exultara sem qualquer moderação. Um registo deliciosa e vaidosamente groovy, de vistosa estética vintage, que tão bem combina a psicadélica acidez efervescida na segunda metade de 1960 com a arenosa robustez rugida na dourada década de 1970. Vai ser demasiado fácil reencontrar este refinado álbum de The Golden Grass perfilado por entre os melhores registos lançados em 2023. Eis a banda-sonora perfeita para emoldurar toda a vivacidade e multiplicidade de cores e odores que pincelam e oxigenam a Primavera.

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quarta-feira, 12 de abril de 2023

Review: 🌅 Edena Gardens - 'Agar' (2023) 🌅

★★★★

Nem seis meses passaram desde o lançamento do muito aguardado álbum de estreia de Edena Gardens (review aqui), e este talentoso tridente dinamarquês acaba de nos apresentar o seu sucessor – ‘Agar’ – através do insuspeito selo discográfico El Paraiso Records (LP, CD e digital). Orvalhado e velejado por um ensolarado, reflexivo, imaginativo e colorido Psychedelic Rock de revitalizante fragância oceânica (situado entre o magnético Drone de uns Earth e o lado mais atmosférico dos “surfistas” californianos The Mermen) e um apurado, explorativo, lenitivo e enfeitiçante Contemporary Jazz de desarmante elegância onírica que vive da sensibilidade e dos detalhes, este bonanceiro ‘Agar’ pincela no imaginário do ouvinte um ruborizado céu crepuscular, um pacífico mar azul-turquesa que se estende até onde a vista pode alcançar, e um dourado, ondulado e extenso areal que emoldura este nirvânico retrato de um verão já findado. De olhar semi-selado e inebriado, sorriso golpeado no rosto, cabeça vagarosamente pendulada de ombro em ombro, e espírito recostado num verdadeiro oásis de afago sensorial, adormecemos confortavelmente nos sedosos, frescos e arenosos lençóis desta prazerosa, embriagada e esponjosa hipnose. Uma estética, odorosa e edénica brisa sonora que areja a nossa alma e nos deixa inebriados de uma imperturbável sensação de pleno bem-estar. Deixem-se absorver e naufragar a bordo de uma guitarra alucinógena (que se passeia entre a calidez desértica de um Ry Cooder e a lugubridade nocturna de um Bill Frisell) por entre os deslumbrantes, encaracolados e uivantes acordes – cuidadosamente desatacados de um labiríntico novelo – e trepidantes, ácidos e ecoantes solos que se multiplicam num estonteante jogo de espelhos, um murmurante baixo de inquebrável solidez que vigia e sombreia de perto todas as evasões da guitarra, uma bateria acrobática e tribalista – de ritmicidade desenvolta – que troteia toda esta harmoniosa ondulação, e ainda um mágico sintetizador – de presença esporádica – que se adensa em polposos e melancólicos coros celestiais. São 47 minutos de purificante luzência que nos eteriza e faroliza de encontro à doce ataraxia. ‘Agar’ irradia toda uma etérea beleza que comoverá até o mais rochoso dos corações. Uma sempiterna maré baixa de águas diamantinas, mornas e espumosas que nos abraçam e beijam os pés desnudos. Uma obra inspiradora, expurgadora e imersiva que nos bronzeia e prazenteia sem qualquer moderação. Esta é a minha praia. Banhem-se no seu azul e escutem o canto da sereia.

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quarta-feira, 5 de abril de 2023

Review: ☄️ Apodemus - 'Atlas' (2023) ☄️

★★★★

Depois de no outono de 2020 ter exibido e desconstruído o impactante EP ‘Signal’ (review aqui) do electrizante tridente russo Apodemus, sou agora impelido a replicar elogiosas palavras a esta fantástica banda localizada na cidade de Níjni Novgorod, motivado pelo seu novíssimo álbum ‘Atlas’ que desabrochara no final do passado mês de março através do exclusivo formato digital. Resultada de um renhido, fascinante e transpirado jogo de forças entre um hipnotizante, serpenteante, alucinógeno e delirante Heavy Psych (que ocasionalmente se fantasia de um letárgico, reflexivo e cinematográfico Post-Rock) de vistosa caligrafia arábica a fazer recordar os saudosos Blaak Heat Shujaa, e um montanhoso, fibrótico, vulcânico e gorduroso Stoner Metal (que tanto se encrespa e escalda num sulfuroso, fumarento e viscoso banho de lava à boa moda dos clássicos Corrosion of Conformity, como se perde e encontra em rodopiantes bailados Progressivos de indiscreta inspiração trazida dos Elder), a sonoridade cerimonial, imersiva, camaleónica e integralmente instrumental de ‘Atlas’ passeia-se livremente entre uma ardente, sísmica e euforizante turbulência – carburada a todo o vapor – que nos agita e sobreaquece o motor, e uma fresca, oceânica e primaveril placidez – ensolarada a esbatida embriaguez – que nos embevece e adormece. De alma atestada por um edénico misticismo, embalamos – à sónica boleia de nirvânicas, ácidas, longas e psicotrópicas jams – numa poderosa, estonteante, deslumbrante e vertiginosa propulsão consciencial que nos viaja pelas labirínticas linhas de que é feito o tecido do Cosmos. Uma odisseia incisiva, mântrica, messiânica e evolutiva pelos infindáveis desertos que pavimentam a nossa espiritualidade, farolizados e seduzidos por uma guitarra felina que ruge riffs intoxicantes, incandescentes, arenosos e altamente viciantes de onde são expelidos escorregadios, esguios, luzidios e ziguezagueantes solos venenosos, um baixo pérsico de linhas magnéticas, ondulantes, dançantes e eróticas, e uma bateria tribalista – de propensão ritualista – que saltita por entre tambores galopantes e pratos intensamente flamejantes. São 60 minutos de uma esponjosa, odorosa e profética hipnose que nos dissolve e revolve num imenso oceano de borbulhante mescalina. Uma sagrada peregrinação de sentidos centrifugados, trilhada debaixo dos céus incendiados pelo enrubescido Sol poente, com destino ao consagrado Paraíso. Deixem-se empoeirar nas incensadas, fantasmagóricas e coloridas nebulosas que vagueiam pela atmosfera de Apodemus, e catapultar para as profundezas insondáveis do espaço alienígena sem a mais pequena vontade dele regressar. ‘Atlas’ é um verdadeiro trampolim que nos iça para lá do lado eclipsado da Lua. Saltem para as costas deste indomável cometa, lavrem o negro solo cósmico e driblem as coordenadas do espaço-tempo.

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🍿 Cinema & TV de Janeiro, Fevereiro e Março

Peaky Blinders S06 (2022) de Steven Knight   ★★★★★
The Pale Blue Eye (2022) de Scott Cooper   ★★★☆☆
Black Snake Moan (2006) de Craig Brewer   ★★★★
The Fabelmans (2022) de Steven Spielberg   ★★★★
Doraibu mai kâ (2021) de Ryûsuke Hamaguchi   ★★★★
Curb Your Enthusiasm S011 (2021) de Larry David   ★★★★
The Banshees of Inisherin (2022) de Martin McDonagh   ★★★★
Edvard Munch: Un cri dans la nature (2022) de Sandra Paugam   ★★★★
Son of Sam: The Hunt for a Killer (2017) de Richard Curson Smith & Hannah James   ★★★★
Inherent Vice (2014) de Paul Thomas Anderson   ★★★☆☆
Such Hawks Such Hounds (2008) de Jessica Hundley & John Srebalus   ★★★★
Warrior (2011) de Gavin O’Connor   ★★★★
Amarcord (1973) de Federico Fellini   ★★★★
The Big Sleep (1946) de Howard Hawks   ★★★★
Stranger Things S04 (2022) de Matt Duffer & Ross Duffer   ★★★★★
No Country for Old Men (2007) de Ethan Coen & Joel Coen   ★★★★★
Seven Psychopaths (2012) de Martin McDonagh   ★★★☆☆
Missing (2023) de Nicholas D. Johnson & Will Merrick   ★★★☆☆
To Kill A Mockingbird (1962) de Robert Mulligan   ★★★★
50 anos do Hot Clube de Portugal (1998) de Cristina Antunes   ★★★★
1923 S01 (2023) de Taylor Sheridan   ★★★★★
Reservoir Dogs (1992) de Quentin Tarantino   ★★★★★