O potente tridente
australiano Witchskull acaba de
presentear toda sua vasta e crescente legião de seguidores com o tão aguardado lançamento
do segundo álbum apelidado de ‘Coven’s Will’ e promovido pelo
influente selo discográfico londrino Rise
Above Records nos formatos físicos de CD e vinil. Gravado em Nova-Iorque, EUA (Studio G) debaixo da exímia produção de Billy Anderson (famoso pelo seu envolvimento como produtor de
bandas como Sleep, Neurosis e Buzzov•en) este novo álbum da formação sediada na cidade-capital de
Camberra vem atestado e robustecido
de um musculoso, intenso, obscuro e portentoso Heavy Doom de aparência e essência luciférica que nos atropela, incita e conquista com
tremenda impetuosidade, fervura e celeridade. A sua sonoridade sombria, opulenta,
volumosa e turbulenta percorre toda a distensão do álbum como que uma
enfurecida, avassaladora e desgovernada locomotiva arrasando tudo à sua volta. São cerca de 35 minutos governados,
varridos e assombrados por uma viril, obscura, febril e titânica avalanche que
nos assola e soterra na sua brumosa, soberana e ostentosa supremacia. Na formação
desta intrigante, demoníaca e absorvente atmosfera de feições ditatoriais, está
uma guitarra autoritária que se agiganta e desenvolve na edificação de riffs corrosivos, monolíticos,
carregados e massivos, e se desprende e extravia no domínio e orientação de alucinantes,
vertiginosos, serpenteantes e aparatosos solos, um baixo vibrante de bafo estrondoso,
tonificante, compacto e magnetizante que nos atemoriza e estremece com a sua
corpulenta e violenta reverberação, uma bateria activa – de ritmicidade
galopante, impulsiva e excitante – que nos esporeia e incendeia de adrenalina,
e ainda uma voz ardente, felina e insurgente que inflama e fervilha toda esta potente
descarga sonora. ‘Coven’s Will’ é um disco executado a uma só velocidade que nos
sacode e implode do primeiro ao último minuto. Enfrentem toda a vulcânica, arrebatada
e selvática ferocidade detonada e disseminada pelos Witchskull e enfrentem como poderem um dos registos mais impressionantes
de 2018.
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