terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Review: ⚡ Dommengang - 'Love Jail' (2018) ⚡

Da cálida e exótica cidade de Los Angeles (Califórnia, EUA) chega-nos o segundo álbum do emocionante power-trio Dommengang apelidado de ‘Love Jail’. Este seu novo registo – recentemente lançado pelo influente selo discográfico Thrill Jockey nos formatos físicos de CD e vinil – ostenta e orienta um inflamante, sedutor, ritmado e provocante Heavy Blues (fervilhado pelo cáustico efeito fuzz) em harmoniosa e libidinosa parceria com um galopante, destravado, intenso e vibrante Proto-Punk de ares Garage’iros que nos envolve, intriga e comove do primeiro ao último minuto. A sua sonoridade quente, lasciva e magnetizante transpira uma irresistível e fulgente fascinação que climatiza e embebeda o ouvinte com admirável simplicidade. Bronzeiem-se no seu intenso encantamento ao extasiante som de uma guitarra afável que se deleita em riffs absorventes, poderosos, vaidosos e intrigantes e se incendeia em solos uivantes, desvairados, atiçados e delirantes, um baixo dançante de linhas palpitantes, densas, espessas e hipnotizantes, uma bateria despachada, animada, desinibida e tonificante, e uma voz aliciante, ecoante e jovial que nos contagia e inebria com a sua etérea e reconfortante languidez. ‘Love Jail’ é um álbum imensamente extrovertido, risonho, prazeroso e fluído que tantos nos afaga, entorpece e tranquiliza com as suas lenitivas, ensolaradas, sublimes e contemplativas paisagens sonoras, como nos sacode, atiça e euforiza com as suas frenéticas, atordoantes e selváticas cavalgadas impróprias para cardíacos. Um disco de natureza veraneia que nos cativa, bronzeia e delicia ao longo dos 10 temas que o habitam. Deslumbrem-se com toda a majestosidade tropical superiormente radiada pelos Dommengang e banhem-se detida e relaxadamente num dos mais paradisíacos álbuns lançados até ao momento em 2018.

🌴 Earthless meets Rancho de la Luna

© A Cloud for Climbing

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🏜 Red Rock Canyon State Park, California (USA)

📀 High Reeper - 'High Reeper' (16-03-2018) via Heavy Psych Sounds

sábado, 27 de janeiro de 2018

💥 JOY - "Back to the Sun" (2014)

Review: ⚡ Trail - 'Spaces' (2018) ⚡

Da cidade de Darmstadt (Alemanha) chega-nos um dos mais fascinantes álbuns já lançados até ao momento no verde território de 2018. ‘Spaces’ é o primeiro álbum de estúdio da formação germânica Trail e vem munido de um potente, dinâmico e empolgante Heavy Psych de mãos dadas a um ardente, musculado e vibrante Stoner Rock e a um viajante, contemplativo e narrativo Post-Rock que tanto nos envolve e eteriza na sua deslumbrante majestosidade como nos estimula e contagia com a sua fervilhante adrenalina. A sonoridade deste surpreendente álbum de estreia é sublimemente conduzida, ostentada e traduzida em intoxicantes, demoradas e provocantes jams que nos namoram, prendem e absorvem ao longo dos seus 45 minutos de duração. Sintam-se implodir de prazer ao euforizante, sumptuoso e imponente som de duas guitarras liderantes que se unificam na edificação de riffs tentadores, vultosos, magistrais e arrebatadores e se atropelam em solos dilacerantes, ácidos, alucinógenos e extravagantes. Galopem um baixo ululante e dançante de linhas eróticas, hipnóticas, densas e ondulantes que sombreia e tonifica todas as quiméricas evasões das guitarras, e desprendam a cabeça na desenfreada e estonteante perseguição a uma bateria diligente, emocionante e abrasiva – de forte propensão ofensiva - que apimenta e inflama toda esta sensacional excursão pelas nirvânicas paisagens sonoras de ‘Spaces’. Este é um disco que me seduzira e apaixonara do primeiro ao derradeiro tema. Uma inspirada e irresistível obra que nos deixa os ouvidos em constante salivação e alma estacionada e petrificada num imperturbável estádio de enlevação. Recostem-se confortavelmente, cerrem as pálpebras, respirem pausada e profundamente, e vivenciem de forma detida toda esta reconfortante massagem cerebral.

Heavy 74th Birthday Nick Mason (Pink Floyd)

© Hell is Real - Illustration & Graphicdesign

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📀 Wooden Shjips - 'V' (25-05-2018) via Thrill Jockey Records

✈️ Big Scenic Nowhere ~ Demo 6

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

🙏 OM poster

Review: ⚡ Somali Yacht Club - 'The Sea' (2018) ⚡

Depois de devidamente dissecado e elogiado o seu primeiro álbum ‘The Sun’ de 2014 (review aqui) e posteriormente vivenciá-lo ao vivo na já distante edição de 2015 do festival português SonicBlast Moledo (review aqui), este aliciante power-trio ucraniano – ancorado na cidade de Lviv – surge agora com o tão aguardado lançamento do seu segundo álbum apelidado de ‘The Sea’ sob a forma física de CD. Este novo registo de Somali Yacht Club prende um fascinante, estarrecedor, sonhador e hipnotizante Post-Rock – maquilhado e adornado por um nebuloso, contemplativo, anestésico e fantasioso Shoegaze – que se desenvolve, robustece e metamorfoseia num poderoso, feroz, sombrio e intenso Post-Metal. A sua sonoridade deveras narrativa e visual distende-se dos mais tranquilos, aveludados e lenitivos oceanos que nos banham, massajam e extasiam aos mais turbulentos, escabrosos e violentos mares que nos avassalam, sacodem e excitam. Icem as velas da vossa alma, recolham a âncora consciencial e enfrentem toda a vasta majestosidade de ‘The Sea’ ao volante de uma guitarra assombrosa e liderante que se manifesta em riffs envolventes, provocantes, arrebatadores e magnetizantes e se supera em embriagantes, sublimes, siderais e estonteantes solos que nos sulfatam e inebriam de uma densa poeira estelar, um baixo meditativo criativo e sussurrante de linhas voluptuosas, torneadas e pulsantes que nos enfeitiça, abala e obriga a murmurá-lo, uma bateria sonolenta de ritmicidade sedutora, anestésica e temulenta que nos mumifica e mergulha numa profunda e mística narcose, e ainda uma voz ecoante, translúcida, delicada e vivificante que sobrevoa graciosamente toda esta plácida e paradisíaca atmosfera. São cerca de 53 minutos submersos num universo pleno de letargia, relaxamento e enlevação que nos absorve, domina e embalsama num perfeito estádio zen. Sintam-se transcender ao enigmático som de Somali Yacht Club e flutuar livremente pela dançante ondulação que mareia e incendeia ‘The Sea’. Um dos álbuns incontornáveis do ano está aqui, na inspirada criação desta venerável formação.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Review: ⚡ Desert'Smoke - 'Hidden Mirage' EP (2018) ⚡

Da cidade de Lisboa chega-nos uma das maiores surpresas musicais do ano. ‘Hidden Mirage’ é o impressionante EP de estreia (e que estreia!) deste jovem quarteto localizado na periferia da capital portuguesa designado de Desert'Smoke e vem atestado e saturado de um fascinante, envolvente, extraordinário e alucinante Heavy Psych ensolarado, adornado e bronzeado por um tonificante, abrasador, robusto e vibrante Desert Rock. A sua sonoridade de natureza imensamente etérea, arrebatadora e euforizante remete-nos para as solitárias e poeirentas estradas que enrugam todo um deserto fervilhado e calejado pelo intenso sol, massajado pela sedosa brisa e emoldurado pelas imponentes montanhas que riscam os céus corados, de punhos cerrados no volante de um muscle car, prego a fundo no acelerador e olhar envidraçado, distante e ancorado no firmamento que se desdobra pela infinidade desértica adentro. São 28 minutos plenificados de um deslumbramento embriagante que tanto nos respira, hipnotiza e narcotiza com as suas paisagens meditativas, edénicas e sublimes – de beleza insuperável – como nos sacode, excita e implode com a sua possante, furiosa e electrizante avalanche de adrenalina em estado sonoro. Sintam-se atingir o clímax do transe espiritual ao portentoso som de duas guitarras assombrosas que se unificam na edificação de poderosos, serpenteantes, trovejantes e majestosos riffs e se distanciam em solos gritantes, caóticos, frenéticos e delirantes, um baixo dinâmico e revoltoso – conduzido a vigor, movimento, potência e firmeza – que diligencia e sombreia todas as mirabolantes digressões das guitarras, e uma bateria de soberba e contagiante orientação rítmica que tiquetaqueia com desarmante destreza, sensibilidade e sentimento toda esta primorosa epifania desértica brilhantemente narrada pelos Desert’Smoke. Confesso que este EP provocara e instaurara em mim um intenso estádio de assombro que me governara do primeiro ao último tema. ‘Hidden Mirage’ é um registo esmerado e promissor que certamente colherá o devido reconhecimento que lhe é devido. Um EP repleto de uma intrigante, esplêndida e magnetizante fulgência que nos ofusca e seduz com enorme veemência. Banhem a vossa alma neste autêntico oásis musical e vivenciem um dos mais extasiantes EP’s lançados até ao momento em 2018.

ॐ My Sleeping Karma ॐ

🇵🇹 Quelle Dead Gazelle - 'Maus Lençóis' (2016)

domingo, 21 de janeiro de 2018

Colour Haze

© Dan McPharlin

🖤 Colour Haze - "She Said" (live, 2012)

Review: ⚡ Crypt Trip - 'Rootstock' (2018) ⚡

De San Marcos (Texas, EUA) chega-nos um dos mais sérios candidatos a álbum do ano, isto apesar de 2018 ainda viver a primavera da sua existência. ‘Rootstock’ é o segundo e novo álbum do provocante tridente ofensivo Crypt Trip – lançado muito recentemente em formato físico de CD através da sua página oficial de Bandcamp – e vem nutrido e robustecido de um inflamante, intenso e empolgante Heavy Psych N’ Blues locomovido por um elegante, poderoso e excitante Hard Rock de clara devoção setentista. A sua sonoridade de tonalidade quente, ritmada e extasiante envaidece-se num fascinante equilíbrio entre o peso, a robustez, o dinamismo e a subtileza que faz com que a atenção do ouvinte gravite na sua órbita do primeiro ao último tema. São cerca de 40 minutos tanto entregues a uma desenfreada e alucinante galopada que nos hipnotiza, sacode e euforiza, como dedicados a uma saturada atmosfera enevoada por um psicadelismo ensolarado, anestésico e requintado que nos abraça, enfeitiça e deslumbra com tremenda facilidade. Estes descendentes da libidinosa sonoridade ZZ Top’eana têm em ‘Rootstock’ um registo detentor de uma personalidade muito bem conspirada e apurada que promete converter os mais cépticos em seus devotos entusiastas. Deixem-se influenciar e enlevar pelos tirânicos bailados de uma guitarra dominante que se tonifica em riffs dinâmicos, hercúleos e viris, e se revolta em virtuosos, atordoantes e vertiginosos solos. Dancem de forma detida e apaixonada ao envolvente som de um baixo magnetizante, atlético e pulsante de linhas diligentes, tensas, criativas e arredondadas. Balanceiem a cabeça em movimentos pendulares de ombro a ombro na instintiva resposta a uma bateria expedita, veloz e acrobática – de soberba orientação rítmica – que nos incendeia e prazenteia de uma veemente adrenalina, e sintam-se seduzidos por uns vocais sedosos, harmoniosos e intoxicantes que graciosamente sobrevoam e catalisam toda esta excitante e refinada atmosfera de ‘Rootstock’. Se eu já sustentava uma irrepreensível admiração por este exímio power-trio de instrumentos apontados aos corpulentos e vibrantes 70’s, a produção e consequente degustação deste seu novo álbum acaba de catapultar Crypt Trip para o mais alto pináculo da minha preferência musical. Este é indubitavelmente o meu álbum favorito brotado até ao momento no fresco e tenro solo de 2018. Comovam-se e exaltem-se n’Ele.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Review: ⚡ The Band Whose Name is a Symbol - 'Droneverdose' (2018) ⚡

Da cidade-capital de Ottawa (Ontário, Canadá) chega-nos a nova dose de psicadelismo astral brilhantemente cozinhada pelos já carismáticos The Band Whose Name is a Symbol e apelidada de ‘Droneverdose’. Lançado muito recentemente pelo selo discográfico britânico Cardinal Fuzz nos formatos físicos de CD-R e vinil (numa edição ultra-limitada a 50 (CD) e 300 (LP) cópias existentes), este novo álbum da produtiva banda canadiana ostenta um inventivo, celestial e explorativo Psych Rock – tingido e embaciado por um místico, envolvente e hipnótico Krautrock de ares orientais – que nos intriga, deslumbra e atira na vertiginosa direcção das estrelas. Baseado em fascinantes, narcóticas e extasiantes jams de natureza alienígena, este ‘Droneverdose’ é detentor de uma atmosfera autenticamente xamânica – climatizada e temperada por uma sublime espiritualidade sideral – que nos aprisiona numa profunda, labiríntica e temulenta hipnose. Sintam-se levitar e naufragar pela extraordinária infinidade de um Cosmos sedado à arrebatadora boleia de duas guitarras messiânicas que se atiçam e multiplicam em solos borbulhantes, orgásmicos, delirantes e enigmáticos, um baixo reverberante, sólido e dançante, de linhas pulsantes, sombrias e marcantes, uma bateria detidamente entregue a uma ritmicidade absorvente, firme e galopante, um mágico e edénico sintetizador – criador de uma atmosfera verdadeiramente sonhadora – que com os seus esotéricos bailados se enfatiza e opulenta, e ainda um monocórdico cântico gregoriano que ecoa ao longo de toda esta liturgia rezada pelos corpos celestes. ‘Droneverdose’ é uma fabulosa e homérica odisseia pelo vasto e copioso enxame de fornalhas estelares. Uma ataráxica experiência sensorial que nos canaliza a consciência aos sagrados braços do transe. Empoeirem-se na nebulosa alquimia desta nova experiência psicotrópica levada a cabo pela prestigiosa formação norte-americana e sintam-se estarrecer e transcender pela verticalidade do Cosmos interior.

Taste - "What’s Going On" @ The Isle Of Wight Festival (1970)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

😈 Cactus - "Evil" (1971)

© Dana Trippe

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🌹 Paz Lenchantin

Review: ⚡ Foot - 'Buffalo' (2018) ⚡

Da cidade de Melbourne – na Austrália – chega-nos o segundo álbum do quarteto Foot designado de ‘Buffalo’ e lançado no passado dia 12 de Janeiro em formato digital através da sua página oficial de Bandcamp. Fundamentado num quente, robusto e empolgante Desert Rock – inflamado e condimentado por um delirante, etéreo, brumoso e excitante Heavy Psych, e ainda revigorado e apimentado por um imponente, ritmado, atlético e fibrado Grunge Rock à boa moda dos anos 90 – este novo álbum produzido pela formação australiana provoca em nós uma forte sensação de fascínio e exaltação que nos envolve, comove e inquieta do primeiro ao último tema. É num admirável equilíbrio entre a leveza, o peso e a força que este ‘Buffalo’ se ostenta e desenvolve ao longo dos 42 minutos de duração, enfeitiçando e dominando quem nele ancorar a sua atenção. Cerrem os maxilares, endureçam o olhar e enfrentem destemidamente toda esta intensa avalanche sonora à boleia de duas guitarras influentes que se conjugam em riffs fogosos, corpulentos, vibrantes e faustosos, e se distanciam em solos fecundantes, desvairados, gélidos e alucinantes, um baixo de respiração pesada que nos intriga e absorve com as suas linhas musculadas, reverberantes e torneadas, uma bateria explosiva de redentora, sedutora e empolgante ritmicidade, e uns vocais melodiosos, hipnóticos, translúcidos e enevoados – a fazer lembrar o carismático e singular Layne Staley – que combina na perfeição com a aspereza e potência instrumental. ‘Buffalo’ presenteia o ouvinte com uma atmosfera verdadeira cativante, mística e extasiante que o abraça, adorna e embacia na sua densa e deslumbrante bruma. Sintam-se diluir na exuberante e psicotrópica majestosidade de Foot e experienciar um álbum de natureza verdadeiramente marcante, sublime e arrebatadora.

✞ Saint Vitus ✞

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sleep'eans

Drop out of life with bong in hand
Follow the Smoke toward the Riff filled Land
Proceeds the Weedian
Nazareth
🐫

domingo, 14 de janeiro de 2018

Matt Pike | Sleep

☄️ Hawkwind: A Space Odyssey!

Review: ⚡ Mythic Sunship - 'Upheaval' (2018) ⚡

Da capital dinamarquesa chega-nos o novo álbum do quarteto Mythic Sunship apelidado de ‘Upheaval’. Lançado muito recentemente pelo influente selo discográfico El Paraiso Records nos formatos físicos de CD e vinil – com o qual a banda reforça o seu vínculo editorial – este novo registo seduz, prende e conduz o ouvinte numa enigmática, envolvente e majestosa odisseia pelos nebulosos firmamentos da intimidade cósmica. Depois de comungados e devidamente elogiados os seus antecessores ‘Ouroboros’ de 2016 (review aqui) e ‘Land Between Rivers’ de 2017 (review aqui), esta fascinante banda sediada em Copenhaga tem em ‘Upheaval’ um novo capítulo da sua fantástica digressão espacial, entrando – agora – em territórios mais longínquos, gélidos e sombrios da sua etérea sonoridade. É com base num deslumbrante, esplêndido e narcotizante Psych Rock – sublimemente climatizado e massajado por um hipnotizante, meditativo e viajante Krautrock – que este novo álbum nos convida a desatar os nós da gravidade consciencial, deixando para trás um corpo inanimado, e levitando numa sagrada, letárgica e extasiante ascensão por entre berrantes, admiráveis e intoxicantes nebulosas, e rochosos, melancólicos e solitários astros brotados e perpetuados no imenso negrume cósmico. Há algo de verdadeiramente tântrico, terapêutico e encantador na essência celestial de ‘Upheaval’ que nos mumifica num intenso e duradouro estádio nirvânico. Sintam-se alcançar e orbitar o transe à influente boleia de duas guitarras endeusadas que se abraçam e desprendem por entre solos atordoantes, desvairados, incisivos e euforizantes, e se consolidam em riffs imponentes, luxuosos, poderosos e magnetizantes, um baixo murmurante de linhas dançantes, torneadas e possantes, e uma bateria jazzística de delicada, ligeira e requintada orientação rítmica que condimenta com entrega e emoção toda esta edénica cerimónia chefiada por Mythic Sunship. Este é um álbum verdadeiramente alucinógeno que nos absorve, seda e lapidifica num paradisíaco estado de pleno relaxamento. Recostem-se, selem as pálpebras, icem as velas da vossa espiritualidade, desancorem a consciência e empoeirem-se na densa e abençoada misticidade astral de ‘Upheaval’, rumo a uma das digressões mais épicas da vossa existência.

✌️ Oh Lord, Yeah!