segunda-feira, 4 de março de 2019

Review: ⚡ Sanhedrin - 'The Poisoner‘ (2019) ⚡

Sendo eu um crescente consumidor e admirador do Heavy Metal de essência mais tradicional (extraído do final dos anos 70 e início dos 80’s), não poderia contornar o segundo álbum do tridente nova-iorquino Sanhedrin designado de ‘The Poisoner’ sem que o mesmo não provocasse em mim um singular caso de amor à primeira audição. Oficialmente lançado na segunda metade do passado mês de Fevereiro pela mão do conceituado e fielmente dedicado ao género selo discográfico italiano Cruz Del Sur Music sob a forma física de CD e vinil, este novo álbum da formação sediada no condado de Brooklyn vem escudado e entrincheirado num ofegante, combativo, altivo e entusiasmante New Wave Of Traditional Heavy Metal (N.W.O.T.H.M) em parceria com um dinâmico, tirânico, enfurecido e melódico Hard Rock de natureza vintage que muito aprecio. A sua sonoridade intrigante, venerável e contagiante conjuga na perfeição a fogosidade e a agressividade com a delicadeza e a tranquilidade numa envolvência magistral executada a duas velocidades. Uma portentosa galopada pela mística obscuridade à excitante boleia de uma guitarra imperiosa que se agiganta e ostenta em vigorosos, dominantes e faustosos riffs de onde florescem mirabolantes, vertiginosos e atordoantes solos, um baixo massivo de linhas musculadas, intensas e torneadas, uma vibrante bateria locomovida a galope firme, expressivo e acelerado, e ainda uma voz melodiosa, corpulenta, extensa e oleosa voz que se envaidece ao longo dos 43 minutos que balizam este fabuloso registo. De destacar ainda pela positiva a sumptuosidade bem demarcada no artwork do disco, soberbamente ilustrado e detalhado pelo artista inglês Jack Welch (SeventhBell Artwork). ‘The Poisoner’ é um álbum de natureza esotérica que nos inebria com a sua deslumbrante e empolgante alquimia. Deixem-se envolver, comover e amotinar pela egrégia influência exercida pelos norte-americanos Sanhedrin e testemunhem todo o forte esplendor que a sua nova obra irradia na alma de quem nele se abrigar. De consumo obrigatório a todos os apaixonados pelo género.

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