segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Agora que todos os nossos sonhos se cruzaram...

Os primeiros raios lançados pelo sol rasgaram aquele céu grisalho, aquela persiana semi aberta e iluminaram o teu rosto. Escorregaram ao longo das tuas curvas faciais e aprisionaram-se nos teus longos e ondulados cabelos cor de noite. As tuas pálpebras confessaram manter-se recolhidas. Respiravas suavemente, num pêndulo onírico pela infinidade da tua inconsciência. E ali estava eu, a teu lado, embebido em todo aquele encanto resplendoroso. Poderia estar milhões de anos a olhar-te que nunca me cansaria. Existiriam sempre descobertas que me perpetuariam em ti. Existiriam sempre os mais convincentes motivos para que viajássemos juntos muito para lá do horizonte da eternidade. É aí que pertencemos. É aí que habitamos. Sempre.

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