segunda-feira, 30 de novembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
Papir - "Live at Roadburn" (2015)
Papir são
hoje uma das bandas mais distintas do panorama Psych Rock. Em cinco anos de existência contam já com sete registos
lançados (onde se perfilam cinco álbuns da sua inteira autoria e outros dois gravados
na agradável companhia dos germânicos Electric Moon). Este power-trio dinamarquês fielmente dedicado ao Psych Rock e ao Krautrock
parece ter perdido há muito o travão da inspiração criativa, e desde 2010 que
vem encantando uma audiência de seguidores cada vez mais populosa. “Live
at Roadburn” gravado ao vivo na edição de 2014 deste afamado festival holandês
e lançado em 2015 pela mão do selo El
Paraiso Records, traz consigo toda uma mágica e edénica fluidez musical que
nos acaricia a alma e a conduz à medula da satisfação. A sua sonoridade
imensamente onírica conjuga na perfeição o Psych Rock e o Krautrock, resultando
numa estimulante odisseia espiritual que nos serena e deslumbra. São cerca de
75 minutos de pura beleza apenas intervalada pelos aplausos e clamores efusivos
que se avivam e desmaiam entre cada um dos seis temas que constituem a alma de “Live
at Roadburn”. É no idioma transcendente de uma guitarra emotiva e
deslumbrante, na incessante sombra de um baixo hipnoticamente bailante e nas extravagantes
acrobacias de uma bateria jazzística
que reside o paraíso. Desfrutem desta intensa e impressionante emanação
letárgica e sintam o potente abraço gravitacional de “Live at Roadburn” que
vos manterá adormecidos na sua órbita do primeiro ao último tema.
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
You're smiling now but we'll all turn into Demons - "Population IV" (2015)
Sempre tive um enorme
fascínio pelo lado desértico e sonolento do Psych Rock (estilo Yawning
Man) aliado ao requintado e paisagístico Surf Rock (estilo The Mermen),
e esses têm sido, ao longo do tempo, alguns dos principais atributos que mais
tenho procurado na música Rock. You’re Smilling
Now But We’ll All Turn Into Demons foi uma das grandes descobertas do meu
ano musical, apresentando em “Population IV” muito daquilo que mais
anseio encontrar. Este quarteto inglês – natural da cidade de Portsmouth (UK) –
aponta os instrumentos ao Heavy Psych
de temperamento bipolar. Pendulando entre temas povoados por riffs robustos e electrizantes, e temas
dominados por cálidos, uivantes e lenitivos acordes que se espreguiçam de forma
sedutora, “Population IV” provocara em mim uma imediata sensação de amor
à primeira audição que consequentemente me levara a uma constante, contemplativa e irreversível
hipnose. Este disco provoca-nos uma agradável sedação que nos ameniza do
primeiro ao derradeiro tema. As duas guitarras xamânicas intoxicam-nos com os
seus riffs enteogénicos e solos bocejantes
numa contagiante e extasiante inflamação que nos entorpece sem qualquer moderação. O
baixo pulsante, hipnótico e de deslumbrante orientação rítmica circunda-nos
prazerosamente, enquanto que a bateria de ofensivas rutilantes lança-se numa provocante e intensa dança tribalista que nos agita e conduz. “Population IV” é uma
verdadeira indução morfínica via auditiva que nos tomba o semblante sobre o
peito e convida à profunda e sagrada meditação. Respirem estas lisérgicas e
tantalizantes brisas sussurradas por Smilling
Now But We’ll All Turn Into Demons e sintam-se desmaiar sobre as douradas areias da ataraxia. “Population IV” encerra uma
imperturbável e influente serenidade que nos lapidifica de olhos selados e
sorriso esculpido no rosto. Não é nada fácil despertar deste disco e recuperar a totalidade da lucidez que discretamente nos fora roubada por Smilling
Now But We’ll All Turn Into Demons.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
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