O amor só é possível se as duas pessoas comunicarem a partir do centro das suas existências, ou seja, se cada um viver centrado na sua existência. A realidade humana não existe senão nesta “experiência central”; é nela que está a vida, é nela que está a base do amor. O amor, vivido desta forma, é um desafio constante: não é um refúgio mas antes um movimento, um crescimento, um trabalho em conjunto. A questão de haver conflito ou harmonia, tristeza ou alegria, é irrelevante em relação ao facto fundamental de duas pessoas viverem a partir da essência das suas existências, estarem unidas consigo mesmas e uma com a outra, e não estarem alienadas de si mesmas. Há apenas uma prova da existência do amor: a profundidade da relação e a vivacidade e força de cada pessoa – é este o fruto através do qual se reconhece o amor.
Erich Fromm em ‘A
Arte de Amar’ (1956)
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