Sustentando eu um gradual e
irreversível sentimento de admiração pela N.W.O.B.H.M.
(New Wave of British Heavy Metal)
não poderia escapar ileso ao segundo e novo álbum da talentosa formação
italiana Tytus. Com o lançamento oficial
agendado para o próximo dia 8 de Janeiro através do selo discográfico madrileno
Fighter Records sob a forma física
de CD, ‘Rain After Drought’ escuda-se num combativo, imperioso,
majestoso e altivo Heavy Metal de inspiração
tradicional aliado a um galopante, musculado, torneado e empolgante Hard Rock à boa moda dos 70’s. A sua sonoridade
– brilhantemente executada e lubrificada a dinamismo, destreza e tecnicismo –
tem a rara capacidade de nos provocar, agredir e euforizar do primeiro ao
derradeiro tema. São 46 minutos saturados de uma intensa e desenfreada galopada
que esporeia, inflama e incendeia todo aquele que se deixar envolver na
aguerrida ardência vaporada pelo quarteto mediterrânico. Banhem-se na vulcânica
radiância de Tytus de rédeas firmemente
empunhadas e na perseguição destravada a duas guitarras enfurecidas e
desvairadas que rugem fogosos, imponentes, iminentes e luxuosos riffs, e desprendem alucinantes, aparatosos,
vertiginosos e trepidantes solos, um baixo diligente de reverberação corpulenta,
turbulenta e oscilante, uma frenética bateria cavalgada a impetuosidade,
potência, competência e expressividade, e ainda uma vistosa voz que alterna
entre a chamejante aspereza e a melódica delicadeza. De enfatizar ainda o
impactante artwork de feições apocalípticas,
enigmáticas e luciféricas, superiormente ilustrado pelo já consagrado artista milanês
SoloMacello. Este álbum de contornos
épicos que nos mantém aprisionados a um incessante estádio de plena fascinação e
exaltação ao longo de todo o seu corpo temporal. Punhos fechados ao alto, maxilares
cerrados e cabeças rodopiantes na instintiva resposta comportamental a este
apoteótico ‘Rain After Drought’. Um epopeico e renhido confronto entre a
majestosidade, a desenvoltura, a maestria e a sagacidade que seguramente não
deixará ninguém indiferente. Eu, pelo menos, regresso dele completamente arrebatado e conquistado. Que álbum!
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