sábado, 5 de janeiro de 2019

Review: ⚡ Tytus - ‘Rain After Drought’ (2019) ⚡

Sustentando eu um gradual e irreversível sentimento de admiração pela N.W.O.B.H.M. (New Wave of British Heavy Metal) não poderia escapar ileso ao segundo e novo álbum da talentosa formação italiana Tytus. Com o lançamento oficial agendado para o próximo dia 8 de Janeiro através do selo discográfico madrileno Fighter Records sob a forma física de CD, ‘Rain After Drought’ escuda-se num combativo, imperioso, majestoso e altivo Heavy Metal de inspiração tradicional aliado a um galopante, musculado, torneado e empolgante Hard Rock à boa moda dos 70’s. A sua sonoridade – brilhantemente executada e lubrificada a dinamismo, destreza e tecnicismo – tem a rara capacidade de nos provocar, agredir e euforizar do primeiro ao derradeiro tema. São 46 minutos saturados de uma intensa e desenfreada galopada que esporeia, inflama e incendeia todo aquele que se deixar envolver na aguerrida ardência vaporada pelo quarteto mediterrânico. Banhem-se na vulcânica radiância de Tytus de rédeas firmemente empunhadas e na perseguição destravada a duas guitarras enfurecidas e desvairadas que rugem fogosos, imponentes, iminentes e luxuosos riffs, e desprendem alucinantes, aparatosos, vertiginosos e trepidantes solos, um baixo diligente de reverberação corpulenta, turbulenta e oscilante, uma frenética bateria cavalgada a impetuosidade, potência, competência e expressividade, e ainda uma vistosa voz que alterna entre a chamejante aspereza e a melódica delicadeza. De enfatizar ainda o impactante artwork de feições apocalípticas, enigmáticas e luciféricas, superiormente ilustrado pelo já consagrado artista milanês SoloMacello. Este álbum de contornos épicos que nos mantém aprisionados a um incessante estádio de plena fascinação e exaltação ao longo de todo o seu corpo temporal. Punhos fechados ao alto, maxilares cerrados e cabeças rodopiantes na instintiva resposta comportamental a este apoteótico ‘Rain After Drought’. Um epopeico e renhido confronto entre a majestosidade, a desenvoltura, a maestria e a sagacidade que seguramente não deixará ninguém indiferente. Eu, pelo menos, regresso dele completamente arrebatado e conquistado. Que álbum!

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