quinta-feira, 31 de março de 2022
Cinema & TV de Janeiro, Fevereiro e Março
Generation Columbine (2019) de Matt McDonough ★★★☆☆
Gomorra S05 (2021) de Leonardo Fasoli ★★★★★
Beoning (2018) de Chang-dong Lee ★★★★☆
Cobra Kai S04 (2021) de Josh Heald, Jon Hurwitz & Hayden Schlossberg ★★★★★
Kill the Irishman (2011) de Jonathan Hensleigh ★★★★☆
Harsh Times (2005) de David Ayer ★★★☆☆
Friday Foster (1975) de Arthur Marks ★★★☆☆
The Fighter (2010) de David O. Russell ★★★★☆
Lovers’ Lane Murders S01 (2021) ★★★★☆
The Sopranos S03 (2001) de David Chase ★★★★★
Natural Born Killers (1994) de Oliver Stone ★★★★☆
Don’t Look Up (2021) de Adam McKay ★★★☆☆
The War Wagon (1967) de Burt Kennedy ★★★☆☆
The Turpin 13: Family Secrets Exposed (2018) ★★★☆☆
Angel Unchained (1970) de Lee Madden ★★☆☆☆
After Life S03 (2022) de Ricky Gervais ★★★★☆
Patsy & Loretta (2019) de Callie Khouri ★★★☆☆
Barfly (1987) de Barbet Schroeder ★★★★☆
The Born Losers (1967) de Tom Laughlin ★★★☆☆
Savile: Portrait of a Predator (2021) de James Cohen ★★★☆☆
Jimmy Carter: Rock & Roll President (2020) de Mary Wharton ★★★★★
Shot Caller (2017) de Ric Roman Waugh ★★★★☆
Looper (2012) de Ric Rian Johnson ★★★★☆
Psycho (1960) de Alfred Hitchcock ★★★★★
Chucky S01 (2021) de Don Mancini ★★★★☆
Vampires (1998) de John Carpenter ★★★☆☆
Don’t Blink – Robert Frank (2015) de Ric Laura Israel ★★★★☆
The Sopranos S04 (2002) de David Chase ★★★★★
Slender Man Stabbing: The Untold Story (2019) de James Buddy Day ★★★☆☆
The Usual Suspects (1995) de Bryan Singer ★★★★☆
1883 S01 (2021-2022) de Taylor Sheridan ★★★★★
Wild at Heart (1990) de David Lynch ★★★★☆
The Sopranos S05 (2004) de David Chase ★★★★★
50/50 (2011) de Jonathan Levine ★★★★☆
Casque d’or (1952) de Jacques Becker ★★★★☆
The Tinder Swindler (2022) de Felicity Morris ★★★★☆
The Fugitive (1993) de Andrew Davis ★★★★☆
Euphoria S02 (2022) de Sam Levinson ★★★★★
Monster (2003) de Patty Jenkins ★★★☆☆
Pickpocket (1959) de Robert Bresson ★★★★☆
quarta-feira, 30 de março de 2022
terça-feira, 29 de março de 2022
segunda-feira, 28 de março de 2022
sábado, 26 de março de 2022
sexta-feira, 25 de março de 2022
quinta-feira, 24 de março de 2022
quarta-feira, 23 de março de 2022
terça-feira, 22 de março de 2022
domingo, 20 de março de 2022
sábado, 19 de março de 2022
sexta-feira, 18 de março de 2022
Review: 🌻 Children of the Sün - 'Roots' (2022) 🌻
Da pequena
cidade sueca de Arvika chega-nos o odor floral desprendido de um dos
álbuns por mim mais aguardados do ano. ‘Roots’ dá nome ao segundo e novo trabalho de longa duração superiormente germinado pelo aprumado, apaixonante e inspirado sexteto
Children of the Sün que – de vestes vintage
e postura envaidecida – saíra hoje à rua pela mão da influente companhia
discográfica nórdica The Sign Records através dos formatos LP, CD e
digital. Combinando variadas colorações num vibrante arco-íris de onde
sobressaem um ensolarado, ofuscante, tocante e arejado Psychedelic Rock
de agradável clima primaveril, um trovador, mélico, nostálgico e sonhador Folk de verdejantes paisagens campestres a perder de vista, e um comovente, afrodisíaco, balsâmico e
resplandecente Blues de aliciante swing Soul, a perfumada,
sublimada, harmoniosa e refinada sonoridade desta purificante obra – envernizada
a uma tonalidade sessentista e condimentada a uma doce aura intimista –
passeia-se e galanteia-se livremente a trote de pausadas, reconfortantes,
suavizantes e açucaradas baladas, bem como de excitantes, majestosas, sinuosas e
galvanizantes galopadas desdobradas à rédea solta. Reencarnando o santificado
espírito do memorioso Woodstock, estes jovens hippies da era
moderna libertam toda uma pureza, delicadeza e beatitude que nos emudecem os
sentidos e adormecem num pleno estádio de transbordante êxtase. É de genuíno
sorriso estampado no rosto, narinas dilatadas, olhar incendiado por uma
imperturbável expressão sonhadora, e alma desabrochada numa evasão transformadora que nos encontramos sob o intenso e miraculoso feitiço de Children
of the Sün. Todo um deslumbramento sensorial emanado por uma messiânica
voz tomada por sentimentos fortes e diáfanos, de pele nutrida, melodiosa,
luminosa e aveludada – escoltada de perto por um angelical, espectral, lustroso
e charmoso coro vocal – que capitaneia todo este sonho acordado, uma adorável guitarra
dedilhada a arrepiante melosidade, ardente sensualidade e desarmante
sensibilidade, um murmurante baixo bafejado a linhas ondeantes, sombreadas,
desatadas e vagueantes, uma estimulante bateria compassada a um toque preciso,
polido, acrobático e galopante, e um teclado fabular de frescas, romanescas e
envolventes harmonias que nos mantêm de espírito ancorado nesta consumada
utopia oxigenada a reflexiva melancolia e expressiva euforia. De apontar ainda as
mais elogiosas palavras ao ostentoso, detalhado e prodigioso artwork,
soberbamente ilustrado pela Revolver Design, e que casa na perfeição com
a mística sonoridade que o disco encerra. ‘Roots’ é um álbum que
se enraizara profundamente em mim e em mim deixara uma inapagável sensação de
bem-estar. Um registo verdadeiramente edénico, afável, venerável e profético –
de consagração espiritual – que nos seduz e conduz aos nirvânicos céus azul-turquesa. Esta é a
banda-sonora perfeita para musicar a Primavera que se aproxima. Um paraíso naturista de pés desnudos sobre a pilosa erva e olhar selado, içado na direcção do astro-rei.
Uma relaxada excursão pelo Jardim do Éden. Uma inspiradora ode à paz que se hasteia
num período onde é tão urgente ser restabelecida por entre os filhos do Sol. Alcanço
e perco-me na intimidade da mágica e seráfica bruma que orvalha e embacia o
derradeiro tema completamente rendido e embevecido pela inefável formosura com
que este álbum fora bordado e orlado. Saboreiem imoderadamente este viciante
néctar caprichosamente produzido pelos polinizadores suecos Children of the
Sün, e comunguem o deífico esplendor chamejado e irradiado por um dos mais belos
álbuns florescidos nos últimos tempos.
Links:
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➥ The Sign Records