Corro... Corro... Corro
As pernas pesam, e cada desvio de rota quase me derruba...
Arvores, posicionadas, aleatóriamente, no húmido solo, são a minha adversidade.
Não consigo levantar o olhar, de forma a expandir a amplitude da visão e percepção de campo.
A, acelerada, respiração abafa a nitidez do meu olhar. Os, acelerados, batimentos cardíacos injectam morfina na minha capacidade de sentir o toque, o tacto. Sou um bêbedo que dança numa rua vazia. Um olhar, que percorre todo um infinito... Uma ave que fita o, condicionado, inimigo...
Estou tão pesado... uma luta contra mim mesmo. Não conheco as intenções do meu perseguidor, mas a faca que, convictamente, abraça, e os, loucos, gritos que a sua, madura, garganta, liberta, assustam-me! Quero vigiar as minhas costas, mas as minhas pretenções não são ouvidas, e muito menos, saciadas. Ramos secos quebram-se, com a força dos passos incertos do meu perseguidor. São esses registos sonoros que me alertam da proximidade do inimigo.
Apalpo as fortes e secas árvores que assistem á peça, dentro de palco... Que floresta tão densa.
Uma força exterior abate-se sobre mim, e reanima todos os sentidos e capacidades que, por direito, me estão intrensecos. O sono é violentamente perturbado. A corrida é travada (!), a, "enferrujada" cabeça é, então forçada a soltar-se/libertar-se! Volto-me:
Ninguém! Um trilho desenhado pelos meus, pesados, passos, rasga a densa floresta. Um rude golpe humano fere a pele selvagem. Está finalizada a Guerra dos Mundos! Mais uma vez, o Mundo Surreal deixa marcas na Realidade. Confronto de Extremos afogam o ser humano. é a vontade (in)consciente que escreve, com a caneta (pessoa), no papel (mundo)!
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