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Esta estrada, chamada “vida”, está repleta de peregrinos em busca de boleia. Todos têm um destino, um objectivo… Numa manhã hibernal de muito frio, lá estavas tu, junto á estrada, de cabisbaixa, sentada numa velha mala de pele castanha. Eu parei e abri a porta. Tu olhaste-me, sorriste e entraste no carro. Não me falaste do teu destino, apenas te recostaste e adormeceste enquanto o vento dançava com os teus belos e compridos cabelos cor de pôr-do-sol. Eu seguirei rumo ao infinito. Enquanto existirem estradas que alimentem esta sede, eu continuarei a cruzá-las. Seguiste vida comigo, debaixo do sol, da lua, das estrelas… estrada fora. Se um dia quiseres sair… ficar por uma velha e inóspita aldeia junto á estrada, eu encostarei e deixar-te-ei sair. Eu pertenço a estas estradas… estradas estas, que não se movem.
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