sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Sun Brother
Deitei-me e olhei o céu. As nuvens giravam numa oscilação ascendente em direcção ao sol. Expirei, e observei o fumo desvanecer-se desde os meus lábios até ao infindável azul. Estava uma tarde solarenga de muito calor. Algumas pessoas dançavam despidas sobre um belo manto de imensas cores. Os corpos suavam e brilhavam. Consagração.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Suspiro
"There is no need to say another word
It will be golden and eternal just like that
Something good will come of all things yet
Simple golden eternity blessing"
It will be golden and eternal just like that
Something good will come of all things yet
Simple golden eternity blessing"
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Noite Transfigurada
Consentiu-se demasiado pequeno para suportar tal sentimento. Decidiu, portanto, afastar-se daquilo que nutria o seu presságio. Acorrentou o desejo que o fizera levitar, e fantasiou viver feliz naquela primavera de destroços.
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Noite "D"
O saxofone melancólico acordou algo entre nós. Olhámo-nos com cumplicidade e sorrimos. Mordeste os teus belos lábios vermelhos e recolheste as pálpebras num gesto sensual. E lá estava eu, petrificado, com o cotovelo apoiado no balcão enquanto aguardava a chegada de uma bebida. O clube nocturno estava lotado e o fumo do tabaco intensificava-se á medida que tentava focar o teu rosto. A minha concentração batalhava contra um turbilhão sonoro de gargalhadas, brindes, gritos eufóricos… Queria chegar a ti, só a ti. O barman colocou o whisky no balcão e avisou-me discretamente. Sem desviar o olhar do teu rosto, apalpei o bolso posterior das calças em busca da carteira e arremessei uma nota para o balcão. O barman recolheu-a e afastou-se. De novo só eu e tu… Tão distantes de toda aquela extravagância visual e sonora.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Fragmentos de Beleza
Tarde de domingo…
Que belo dia de sol, de rio azul, de montanhas verdes, de pássaros a cruzarem os céus, de silêncio, de longínquos clamores provenientes das aldeias em redor, de brisa, de estradas serenas, de olhares ensonados, de sorrisos autênticos, de tanto (e de nada).
Que belo dia de sol, de rio azul, de montanhas verdes, de pássaros a cruzarem os céus, de silêncio, de longínquos clamores provenientes das aldeias em redor, de brisa, de estradas serenas, de olhares ensonados, de sorrisos autênticos, de tanto (e de nada).
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Uma noite do KHUDAlho
Katabatic foi uma arrebatadora surpresa para mim (que não conhecia). Aproximam-se discretamente dos primeiros discos de Pelican. A melancolia é o ingrediente mais patente na atmosfera Katabatic. Com uma sonoridade bastante narrativa, introspectiva e profunda fizeram-me viajar de olhos fechados durante toda a amplitude do concerto. Fiéis ao significado do seu nome, mostraram o quão frio pode ser o Post-Rock. Foi uma breve actuação (de cerca de 45 minutos) onde prevaleceu a vontade de ouvir mais… muito mais.
Khuda arrasaram por completo o musicbox. Não houve tempo nem disposição para limarem arestas técnicas e seguiram todo um caminho de sentimento espontâneo em estado bruto. Khuda dentro de estúdio e Khuda ao vivo são coisas bem diferentes. Ao vivo foram nativos dos negros vales do Sludge. Uma cavalgada que raras vezes acalmou. Muito bom!
Khuda arrasaram por completo o musicbox. Não houve tempo nem disposição para limarem arestas técnicas e seguiram todo um caminho de sentimento espontâneo em estado bruto. Khuda dentro de estúdio e Khuda ao vivo são coisas bem diferentes. Ao vivo foram nativos dos negros vales do Sludge. Uma cavalgada que raras vezes acalmou. Muito bom!
sábado, 9 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
Jack Kerouac
Cinzento
Estava assombrado… Aqueles olhos que em tempos foram dóceis e ternos, estavam, hoje, aterrorizados, petrificados. Dizem as pessoas da aldeia que fora persuadido a caminhar pelos negros e densos bosques adentro, e não voltara mais. “Que segredos encerram aquelas sombrias árvores?” Perguntava uma mulher aos céus. A chuva intensificou-se… O vento dançava em redor daquelas almas apavoradas pela persistente dúvida… um resplandecente trovão clarificou as suas expressões atónicas. De mãos dadas decidiram subir a montanha em direcção aos bosques. “Eles vão voltar?” Perguntou-me uma inocente criança de 6 anos de idade, ao qual eu respondi “Não sei!”
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Oh!
Agora que o vento acalmou, que as folhas dançantes do plátano caíram em terra e que toda a agitação vigorosa retomou ao seu estado hibernal, encontro-me junto da janela do meu quarto a observar a suave respiração da noite. Está uma noite fria lá fora… Deveria suspirar e acalmar este peso que sobrevoa os meus ombros, … mas sinto-me distante (ou melhor: ainda me sinto onde há tão pouco tempo estive).
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