Quando ouvi Elder pela primeira
vez (algures em 2011), não suspeitei sequer que, um ano mais tarde, seria uma das
minhas bandas favoritas. É uma das poucas bandas que preserva a sua posição no
mais íngreme ponto da minha eleição musical. Esta banda natural de Massachusetts (EUA) é
uma perfeita descarga do melhor que os três instrumentos (baixo, guitarra e
bateria) conseguem fazer. Afirmo, sem gaguejar, que Elder é a banda que,
presentemente, mais me abala emocionalmente. Temas como “Riddle of Steel Pt.1”,
“Dead Roots Stirring” e “Gemini” são das melhores músicas que ouvi em toda a
minha vida. Verdadeiras obras de arte. Elder é o mais bem-parecido filho que o
Doom e o Stoner conceberam. O trabalho do guitarrista (Avé, Nick DiSalvo) é
simplesmente colossal. A sua guitarra manifesta-se de forma indomável, soltando
milhões de gemidos que se estendem ao longo do riff. É verdadeiramente arrebatador
e delirante. Não existem, sequer, movimentos de cabeça que consigam acompanhar
(de forma justa e desejada) todo este serpentear supersónico que a guitarra de
Nick DiSalvo descreve. O baixo de Jack Donovan é do mais deslumbrante possível.
Uma autêntica e estonteante cavalgada que deixa o ouvinte completamente assombrado
pelas musculadas oscilações que descarrega na atmosfera. Resta-me falar do, não menos relevante,
baterista (Matt Couto) e da sua capacidade em pautar toda esta dança alucinante
e imprevisível da guitarra e do baixo. Matt Couto é o travão e o acelerador do
efeito que toda esta morfina sonora preserva na alma do ouvinte. A imponente
voz do Nick ecoa entre os escombros deixados pela radiação instrumental. Esqueçam
aquela sensação frustrante de estarem a ouvir uma passagem deliciosa e esta não ser repetida ao longo da música. Elder é o prolongar do melhor que a música nos pode
oferecer.
Tive, recentemente, o prazer de conversar com o Nick DiSalvo, e este falou-me do desejo em tocar em solo Europeu (vão ao Roadburn em 2013). Assegurou-me, ainda, que pretendem tocar em Portugal e Espanha num futuro bastante próximo. Assim espero.
Tive, recentemente, o prazer de conversar com o Nick DiSalvo, e este falou-me do desejo em tocar em solo Europeu (vão ao Roadburn em 2013). Assegurou-me, ainda, que pretendem tocar em Portugal e Espanha num futuro bastante próximo. Assim espero.
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