quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cinema de Fevereiro

Silver Linings Playbook [2012] de David O. Russell
Red Dead Redemption: The Man from Blackwater [2010] de John Hillcoat
Zombieland [2009] de Ruben Fleischer
Requiem For a Heavyweight [1962] de Ralph Nelson
The Bride of Frankenstein [1935] de James Whale
Teddy Bear [2012] de Mads Matthiesen
Beginners [2010] de Mike Mills
Joko invoca Dio… e muori [1968] de Antonio Margheriti
Brute Force [1947] de Jules Dassin
Keoma [1976] de Enzo G. Castellari
Nattvardsgasterna [1963] de Ingmar Bergman
Blood, Sweat + Vinyl: DIY in the 21st Century [2011] de Kenneth Thomas
Moonrise Kingdom [2012] de Wes Anderson
Ace in the Hole [1951] de Billy Wilder
Gangster Squad [2013] de Ruben Fleischer

Ai, ai...


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

à boleia com: The Wooden Wolf, The Machine e Sungrazer


Depois do estrondoso concerto que The Machine deram no conceituado festival Up in Smoke vol. III (juntamente com Lonely kamel, Samsara Blues Experiment e My Sleeping Karma) em que estive presente (Munique, Alemanha), não poderia perder a entusiástica oportunidade de ver novamente este trio holandês. E assim foi. 

A surpreendente inclusão de The Wooden Wolf num cartaz todo ele regado de mescalina, causou em mim uma fusão de pressentimentos contrastados. Se por um lado, voltei as costas ao concerto deste guitarrista francês na cidade de Vila Real (dois dias antes) porque num curto espaço de tempo iria vê-lo duas vezes (a questão financeira também pesou, e muito), quando Alex Keiling começou a dedilhar as primeiras páginas do seu diário emocional, senti que talvez não fosse aquela a melhor ambiência para receber um projecto acústico que obriga ao silêncio introspectivo e à profunda calma. The Wooden Wolf tocou corajosamente perante uma plateia a transbordar de desejo em ouvir verdadeiras cavalgadas à moda de The Machine e Sungrazer, e isso retirou (infelizmente) muita da alma que Alex keiling empunhara na ponta dos seus dedos e cordas vocais. Seja como for, entoei os seus temas para mim mesmo e não deixei que todo aquele ruído sonoro me prendesse. Curto mas meloso o concerto deste senhor que não é nada mais que um sincero trovador do que mais atormenta a alma humana. 

Agora sim, os gritos entusiastas da plateia faziam sentido: The Machine em palco e a minha segunda vez em frente a eles. The Machine foi uma verdadeira injecção de adrenalina que nos fez descolar rumo a Neptuno. Sou um admirador confesso do guitarrista David Eering (não consigo deixar de o comparar ao Josh Homme nos áureos tempos de Kyuss) pelos rebentos de beleza que a sua guitarra faz florescer na atmosfera sonora. Os seus riffs provocam intensas convulsões delirantes que nos arrastam para os mais distantes lugares da consciência. The Machine é um longo espectro que viaja entre o rock psicadélico mais lisérgico e o stoner rock mais doomesco com riffs capazes de demolir paredes e almas. 

Quanto a Sungrazer, a própria banda já se começa a habituar às minhas feições (vistos pela 3ª vez ao vivo – Cascais, Sonic Blast e Armazém do Chá). Já me é mecânico acompanhar para mim mesmo as graves linhas do baixo. Foi mais um belo concerto destes senhores que são selo Elektrohasch. O último capítulo desta noite memorável começou justamente com um dos meus temas favoritos (“Sea”) com a sua passagem hipnótica e viajante “não” aconselhável a quem permanece de olhos fechados pelo seu músculo tremendamente onírico. Novamente o polegar levantado a este trio – também – holandês. Antes de voltar as costas ao Armazém do Chá, tempo ainda para levar o “Solar Corona” (o meu álbum favorito de The Machine) comigo de regresso às montanhas familiares.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Camera - Radiate! [2012]

MEU DEUS. É esta a apreciação mais imediata que me assombra depois de ouvir o disco destes astronautas alemães. “Radiate!” é um perfeito surfista que domestica as ondas do cosmos a toda a velocidade. Esta banda alemã é uma das mais recentes herdeiras do Krautrock, e promete criar futuros sucessores. O palco é o universo e as influências são claras (Neu! e Harmonia). A sonoridade dançante é um autêntico trampolim que nos impulsiona para o mais recôndito canto do insondável universo. Preparem-se para uma explosão de devaneios delirantes aos quais o ser humano reage com euforia. A sua sonoridade tremendamente alucinogénica deixa-nos num profundo estado de sonolência e bem-estar, onde nos deparamos com um pleno acto sexual entre o Krautrock e o Space Rock. Temos a sorte de nos convertermos em astronautas ao longo de quase 1h. Aproveitem esta oportunidade para se sentirem dilatar para bem longe do planeta Terra e atingir o âmago do espaço sideral.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013