sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Cinema de Agosto
The
Devil Rides Out (1968) de Terence Fisher
Gojira (1954) de Ishirô Honda
Adams æbler (2005) de Anders Thomas Jensen
Efter Brylluppet (2006) de Susanne Bier
Infernal Affairs (2002) de Wai-Keung Lau e Alan Mak
Vigilante (1983) de William Lustig
The Conjuring (2013) de James Wan
The Set-Up (1949) de Robert Wise
Catch Me If You Can (2002) de Steven Spielberg
Before Midnight (2013) de Richard Linklater
Gojira (1954) de Ishirô Honda
Adams æbler (2005) de Anders Thomas Jensen
Efter Brylluppet (2006) de Susanne Bier
Infernal Affairs (2002) de Wai-Keung Lau e Alan Mak
Vigilante (1983) de William Lustig
The Conjuring (2013) de James Wan
The Set-Up (1949) de Robert Wise
Catch Me If You Can (2002) de Steven Spielberg
Before Midnight (2013) de Richard Linklater
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
SONIC BLAST: Kadavar, o concerto dos concertos.
Já seria de esperar um concerto
visceral destes mamutes setentistas, mas o que o público acabou por presenciar
foi algo que transcendeu qualquer sinónimo qualitativo de sublime. Estavam reunidos
e temperados todos os ingredientes para que aquele fosse um concerto tremendo e
assim foi. Kadavar foi uma perfeita e ofegante cavalgada que fustigou toda uma
plateia em constante êxtase. Os seus riffs robustos e entusiasmantes esbarravam
violentamente nos nossos corações e as contracções prazerosas eram os efeitos imediatos desta intensa radiação. Sempre que cerrava os olhos, sentia-me desfalecer abraçado pelo devaneio, e só o
forte vento se adjectivava revitalizante e bússola da crua consciência. Todos os
corpos ali presentes pendiam ao ritmo do possante baixo rickenbacker que
descarregava verdadeiras substâncias psicotrópicas na atmosfera. Todas as
cabeças dançavam numa constante dança em forma de espiral com a hipnótica, incomportável
e delirante guitarra que nos fazia levitar universo adentro. Todas as estradas do
nosso ser eram desobstruídas para que aquela voz petrificante pudesse ecoar e
nelas fazer germinar a primavera do bem-estar. Todos os pés batiam e tentavam
acompanhar a incansável bateria que pautava toda esta autêntica detonação emocional.
Os meus músculos faciais estavam completamente anestesiados e a minha vontade
totalmente entregue a este trio germânico. O meu coração fora amortalhado pela
sonoridade sideral de kadavar e levado para bem longe de mim. Não desejei estar
em mais lado algum que não ali, onde o paraíso foi o chão pisado e a beleza o
único ar respirável. Foi um dos concertos da minha vida e a ressaca deste ainda hoje perdura.
Até para o ano Sonic Blast. Deixo-te com a certeza de que és o meu festival português de eleição.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
SONIC BLAST: a estadia.
Num prolongado suspiro de cansaço,
recostamo-nos às tendas já montadas. Quando a fadiga pareceu dissolver-se,
enchemos os copos de tequila e brindámos aquele momento. O sol esbarrava
naquele parque de campismo com enorme timidez e o forte vento do final da tarde
dançava violentamente com as tendas testando a resistência das suas fundações.
Gargalhadas, gritos entusiásticos e vozes estridentes eram levados até nós
através das ramificações ventosas. O sotaque nortenho e o idioma espanhol
ganhavam clara evidência. Já poucas extensões daquele parque esperavam proprietário,
o que causava alguma hesitação e desorientação àqueles que chegavam de tenda em
punho e mochila às costas. Começava a pairar uma harmonia homogénia. Alguns
grupos dedilhavam pausados acordes nas guitarras acústicas (o verdadeiro
flagelo para quem quer dormir), outros apenas bebiam cerveja e conversavam atropelando-se
mutuamente. Depois de bebidas algumas tequilas e cervejas, caminhámos até ao paredão
beijado pelas ondas do mar. Os nossos estômagos estremeciam de fome e resolvemos
jantar por ali num restaurante junto à praia. Já a noite estendera o seu manto
negro quando regressámos aos nossos aposentos. O ambiente estava ainda mais
festivo e consequentemente audível. As pessoas erguiam os copos ao alto e entregavam
o comando dos seus comportamentos a um Baco cada vez mais autoritário. Algumas
vozes dissonantes cantarolavam, temporizando a chegada do sono. O vento da
noite estava ainda mais furioso, fazendo estremecer todo o parque e arrepiar
quem ainda vestisse roupas alusivas ao verão. Mas nem esse frio desagradável
demoveu as pessoas dos seus “quintais”. Foi uma longa noite acordada de inteligível
convívio. Já dentro da tenda podia ouvir-se com distinção os mais longínquos e
secretos desabafos, as mais acesas e exaltadas discussões e os mais soturnos
monólogos. E foi ainda no âmago desta profusão emocionalmente embriagada que
adormeci deixando para trás um dia prazerosamente extenuante.
domingo, 25 de agosto de 2013
SONIC BLAST: viagem e chegada.
Foi com pensada antecedência que
nos fizemos à estrada em direcção a Moledo do Minho (Viana do castelo) para
assistirmos à 3ª edição do inolvidável festival Sonic Blast. Saímos sexta-feira
com a primordial intenção de absorver atempadamente tudo o que de melhor a
nossa alma poderia experimentar naquele local. De mala lotada de geleiras onde
garrafas de cerveja tintilavam, carregámos os nossos peitos de entusiasmo pelas
estradas do Minho debaixo de um sol que respirava brisas quentes e infelizes incêndios
persistiam no paralelismo paisagístico. De pálpebras semicerradas, espírito inebriado
na atmosfera musical (Colour Haze, The Mermen, The Machine e Sungrazer) e atenção
ancorada no horizonte, serpenteámos as hipnóticas estradas que ligam Carrazeda de
Ansiães (Bragança) a Moledo do Minho. A boa disposição (muito próxima de um estado ataráxico)
era soberana e a progressiva proximidade do nosso destino estimulava a nossa emoção.
Apesar de sabidas as recentes alterações que a organização do festival havia
feito nos recintos, a expectativa foi conservada. Quando chegámos, levantei o
polegar ao novo formato do festival (com a existência de dois palcos: um protagonista
debaixo da luz solar e outro protagonista debaixo da luz lunar). Aplaudi ainda
a localização do palco da noite (construído no parque de campismo das
anteriores edições do festival), mas em contrapartida reprovei o espaço dedicado
ao campismo que substituíra o anterior. Um espaço de solo bastante acidentado
(as minhas costas que o digam) e de dimensão bastante inibida. Ainda na sexta
(um dia antes do inicio do festival) já dezenas de tendas haviam sido atracadas
naquele terreno vigiado por imponentes plátanos. Não conheci as expectativas da
organização quanto à afluência de festivaleiros, mas esta edição contou com,
pelo menos, o dobro das pessoas que haviam estado na edição anterior. Rapidamente
se viram forçados a inaugurar um segundo espaço para os peregrinos musicais que
continuavam a chegar em considerável número. O cartaz era persuasivo o
suficiente para se justificar toda aquela presença humana no festival. A minha
foi governada por três bandas que se perfilam no lote das minhas bandas
favoritas: The Machine (seria a minha 3ª vez, depois de já os ter visto em
Munique e no Porto), Mars Red Sky (seria a minha segunda vez, depois de os ter
visto também no Porto) e Kadavar (uma estreia em frente a estes mamutes (no
sentido elogioso da palavra)).
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Before Midnight (2013) de Richard Linklater
Um romance como este merecia um terceiro filme. E este terceiro filme merecia um romance como este.
♥
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
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