domingo, 25 de agosto de 2013

SONIC BLAST: viagem e chegada.

Foi com pensada antecedência que nos fizemos à estrada em direcção a Moledo do Minho (Viana do castelo) para assistirmos à 3ª edição do inolvidável festival Sonic Blast. Saímos sexta-feira com a primordial intenção de absorver atempadamente tudo o que de melhor a nossa alma poderia experimentar naquele local. De mala lotada de geleiras onde garrafas de cerveja tintilavam, carregámos os nossos peitos de entusiasmo pelas estradas do Minho debaixo de um sol que respirava brisas quentes e infelizes incêndios persistiam no paralelismo paisagístico. De pálpebras semicerradas, espírito inebriado na atmosfera musical (Colour Haze, The Mermen, The Machine e Sungrazer) e atenção ancorada no horizonte, serpenteámos as hipnóticas estradas que ligam Carrazeda de Ansiães (Bragança) a Moledo do Minho. A boa disposição (muito próxima de um estado ataráxico) era soberana e a progressiva proximidade do nosso destino estimulava a nossa emoção. Apesar de sabidas as recentes alterações que a organização do festival havia feito nos recintos, a expectativa foi conservada. Quando chegámos, levantei o polegar ao novo formato do festival (com a existência de dois palcos: um protagonista debaixo da luz solar e outro protagonista debaixo da luz lunar). Aplaudi ainda a localização do palco da noite (construído no parque de campismo das anteriores edições do festival), mas em contrapartida reprovei o espaço dedicado ao campismo que substituíra o anterior. Um espaço de solo bastante acidentado (as minhas costas que o digam) e de dimensão bastante inibida. Ainda na sexta (um dia antes do inicio do festival) já dezenas de tendas haviam sido atracadas naquele terreno vigiado por imponentes plátanos. Não conheci as expectativas da organização quanto à afluência de festivaleiros, mas esta edição contou com, pelo menos, o dobro das pessoas que haviam estado na edição anterior. Rapidamente se viram forçados a inaugurar um segundo espaço para os peregrinos musicais que continuavam a chegar em considerável número. O cartaz era persuasivo o suficiente para se justificar toda aquela presença humana no festival. A minha foi governada por três bandas que se perfilam no lote das minhas bandas favoritas: The Machine (seria a minha 3ª vez, depois de já os ter visto em Munique e no Porto), Mars Red Sky (seria a minha segunda vez, depois de os ter visto também no Porto) e Kadavar (uma estreia em frente a estes mamutes (no sentido elogioso da palavra)).    

2 comentários:

Meireles disse...

Se me permites, Mars Red Sky é simplesmente a pior banda da cena... que merdice! The Machine é secante... tanta coisa melhor... Os concertos do festival foram: GUERRERA (que BANDÃO, foda-se), Kadavar e Unicornibot!

GUERRERA e mais GUERRERA!!! Nuestros hermanos gallegos a mostrar como se faz!!! FODA-SE, ainda estou colado no disco!

Nuno Teixeira disse...

Temos opiniões contrastadas (principalmente quanto a The Machine). No entanto, concordo (como te dei a conhecer no final do concerto quando nos cruzámos) que Kadavar foi alto petardo!!