Um ano depois do seu estreante
disco homónimo ter colidido com o Planeta Terra, “Further” vem repetir a
proeza. O 2º disco destes astronautas holandeses vem repleto de hidrogénio
respirável. Preparem-se para uma verdadeira passeata pelo Cosmos narcotizado.
Uma petrificante, lenta e espantosa odisseia pelos enredos do Kraut Rock, Space
Rock e Psychedelic Rock. “Further” arrasta-nos pelos cantos mais recônditos do
Universo, semeia galáxias na nossa alma e convida-nos à respiração das poeiras
interstelares. Sintam-se transcender rumo ao íntimo cosmológico onde a gravidade
não reina. Banhem-se nas radiações de mil sóis bafejantes e esperneiem-se neste
infinito lençol de prazer. Este disco encerra uma atmosfera verdadeiramente
hipnótica e celestial. Uma sedutora e embriagante orgia resultante de uma
guitarra sideral e lisérgica que se passeia de forma arrebatadora pelas infinitas
estradas espaciais, um baixo pulsante que nos serpenteia com a sua dança mirabolante,
uma bateria hipnótica “à lá 35007” com as suas persistentes incursões de
natureza altamente desarmante e de forte sentido rítmico, e ainda com o vómito
nebuloso e sublime de sintetizadores criadores de uma ambiência tremendamente astral.
“Further” incitou-me a uma das mais extasiantes experiências musicais de que
tenho memória. A um estado contido de euforia. Uma profunda e demorada visita
ao lado eclipsado da consciência adormecida. Contemplem este disco do início ao
fim, esbarrem nas paredes do Cosmos e regressem a vocês mesmos.
“Further” deixou uma enorme cratera na minha alma. É realmente um dos melhores trabalhos musicais do ano e do género. Se os nossos olhos nos elevam até à Lua e a pequenas estrelas circundantes, “Further” (de mãos dadas com a nossa imaginação) faz-nos ancorar em lugares distantes, estrangeiros à nossa compreensão.
“Further” deixou uma enorme cratera na minha alma. É realmente um dos melhores trabalhos musicais do ano e do género. Se os nossos olhos nos elevam até à Lua e a pequenas estrelas circundantes, “Further” (de mãos dadas com a nossa imaginação) faz-nos ancorar em lugares distantes, estrangeiros à nossa compreensão.
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