Quarteto natural de Los Angeles,
Califórnia que nos brinda com este disco de ares ancestrais. A sua sonoridade
pendula entre o charmoso Blues e o astral Psychedelic Rock naturais das mais
douradas décadas da música (60’s e 70’s). De punhos cerrados no microfone está
Monique Alvarez, uma espécie de ressurreição de Janis Joplin que nos seduz com
a sua revigorante voz sobrecarregada de elegância, extravagância e melosidade. É
ela quem manobra toda esta emocionante cavalgada. Nas suas costas passeia-se
uma guitarra de solos gritantes, egocêntricos e hipnóticos que se entrelaçam na
perfeição com a dança vocal de Monique. Um baixo modorrento e palpitante que
sombreia incansavelmente as delirantes e cáusticas incursões da guitarra, e uma
bateria que aviva com destreza e emoção todo este narcotizante desfile de
prazer. Sejam testemunhas privadas desta resplandecente colisão entre dois dos
mais inebriantes ingredientes musicais e sintam-se dançar mesmo estando quietos.
Electric Parlor é uma radiante projecção de satisfação que nos assola sem
qualquer reserva.
Apontem os holofotes para Electric
Parlor e aplaudam-nos ininterruptamente, que - com este seu disco homónimo – se estreiam de uma forma simpática e
risonha num cenário musical já muito bem frequentado. 2015 fica um ano
musicalmente mais rico depois deste seu aclamado contributo.
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