Reino Unido, 1971. É
justo começar por dizer que este é um dos meus discos favoritos da
intemporalidade musical. Regressar a ele tem sempre em mim um efeito extraordinariamente
nostálgico e fascinante. Erigido em plena era progressiva, “Grannie” reveste-se de um inventivo Progressive Rock com destacados elementos de Heavy-Psych que em muito acrescentam à sua sonoridade. Ao volante
da guitarra está um verdadeiro mago que se passeia pela longevidade das seis
cordas com destacada ousadia e perícia. Riffs
deslumbrantes, hipnóticos e extravagantes. Solos gritantes de beleza e
sensibilidade inenarráveis. O pulsante baixo sombreia com incansável e
estarrecedora imaginação todas as inventivas e estonteantes incursões da guitarra,
a enérgica bateria ostenta-se de forma bastante criativa com admiráveis
acrobacias, e o órgão hammond envaidece-se
com as suas mirabolantes e petrificantes passeatas. De destacar ainda a voz macia
que contrasta na perfeição com o instrumental arrojado e robusto. Grannie foi
uma das raras bandas com apenas um disco editado (fenómeno muito natural acontecer
nos 70’s). Depois de ouvidos estes soberbos 36 minutos, ficamos com a clara e indubitável
sensação de que Grannie teria tudo para seguir viagem, mas infelizmente isso não
aconteceu.
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