Depois de “Drifting Way Out
Between Suns” (review aqui) de 2014 e “Jet Black Hallucinations” (review aqui) de 2015, surge – agora – “Planetary
Engineering” como prolongamento das suas jam’s
fascinantes de efeitos profundamente sedativos e ataráxicos. Não há nada em
Blown Out que não me seduza e conduza ao lado eclipsado da consciência. Com o
crescimento da sua discografia, cresce também a minha admiração pelo trio
inglês. Blown Out são – de facto – uma admirável e inesgotável fonte de
criatividade usada para fins terapêuticos: a música. A par dos seus discos
antecessores, “Planetary Enginnering” vem abastecido de um psicadelismo entorpecedor oxigenado pelas inebriantes e
tranquilizantes brisas do Space e Kraut Rock. São 36 minutos de paralisante
magnetismo e consequente expansão da nossa percepção pelas entranhas do Cosmos.
Caiam de paraquedas neste intenso estado de satisfação e encantamento concebido
pelas divagações siderais de uma guitarra messiânica que se espreguiça em
entusiásticos e vertiginosos solos, pelo sombreado contemplativo, fascinante e
hipnótico de um baixo omnipresente, e pelas empolgantes incursões de uma
bateria que cavalga todo este exorcismo sónico com autoridade. Mesmo
considerando “Jet Black Hallucinations” o álbum que mais me extasia, “Planetary
Engineering” é – sem dúvida – um dos grandes nascimentos musicais do ano. Que
as jam’s de Blown Out não percam
fulgor e se transcendam pela eternidade. Eu preciso delas.
Blown Out visitam Portugal
(Reverence Valada) dia 28 de Agosto. Mal consigo conter toda esta ansiedade por
poder finalmente experienciar ao vivo uma das bandas que mais me seduz. Os
Blown Out estão ainda receptivos a convites de outros promotores portugueses que
estejam interessados nas suas odisseias metafísicas (ficam em solo português até
dia 1 de Setembro).
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