terça-feira, 23 de junho de 2015

Blown Out | Planetary Engineering (2015)

Depois de “Drifting Way Out Between Suns” (review aqui) de 2014 e “Jet Black Hallucinations” (review aqui) de 2015, surge – agora – “Planetary Engineering” como prolongamento das suas jam’s fascinantes de efeitos profundamente sedativos e ataráxicos. Não há nada em Blown Out que não me seduza e conduza ao lado eclipsado da consciência. Com o crescimento da sua discografia, cresce também a minha admiração pelo trio inglês. Blown Out são – de facto – uma admirável e inesgotável fonte de criatividade usada para fins terapêuticos: a música. A par dos seus discos antecessores, “Planetary Enginnering” vem abastecido de um psicadelismo entorpecedor oxigenado pelas inebriantes e tranquilizantes brisas do Space e Kraut Rock. São 36 minutos de paralisante magnetismo e consequente expansão da nossa percepção pelas entranhas do Cosmos. Caiam de paraquedas neste intenso estado de satisfação e encantamento concebido pelas divagações siderais de uma guitarra messiânica que se espreguiça em entusiásticos e vertiginosos solos, pelo sombreado contemplativo, fascinante e hipnótico de um baixo omnipresente, e pelas empolgantes incursões de uma bateria que cavalga todo este exorcismo sónico com autoridade. Mesmo considerando “Jet Black Hallucinations” o álbum que mais me extasia, “Planetary Engineering” é – sem dúvida – um dos grandes nascimentos musicais do ano. Que as jam’s de Blown Out não percam fulgor e se transcendam pela eternidade. Eu preciso delas.

Blown Out visitam Portugal (Reverence Valada) dia 28 de Agosto. Mal consigo conter toda esta ansiedade por poder finalmente experienciar ao vivo uma das bandas que mais me seduz. Os Blown Out estão ainda receptivos a convites de outros promotores portugueses que estejam interessados nas suas odisseias metafísicas (ficam em solo português até dia 1 de Setembro). 

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