Não foi preciso aguardar
pelo lançamento oficial de “The Siren’s Song” para julgá-lo como um dos grandes
discos de 2015. As duas faixas previamente divulgadas e disponibilizadas para
escuta pelo trio escocês bastaram para que hasteasse as velas da aprovação. Hoje
recebi o álbum na íntegra (um muito obrigado ao Adam Holt por isso) e depois de
o ter assimilado sem distracções, credibilizei a até então suspeição de que
seria um dos melhores discos do ano. Este power-trio
natural da cidade de Edimburgo na Escócia pode muito bem orgulhar-se deste seu
segundo álbum. Devotos do Hard Rock
clássico, lapidado nos anos 70, Hair of
the Dog representa um furioso e musculado motor movido pelo Hard Rock, Blues e Psychedelic Rock.
São estes os principais combustíveis responsáveis pela sua elegante carburação.
É demasiado fácil gostar de “The Siren’s Song” e vivenciá-lo com entusiasmo e
satisfação. Condimentados pela ambiência musical dos 60’s e 70’s, este disco encerra
algo de místico e conquistador. Desta extravagante e robusta descarga, fazem
parte: uma guitarra excêntrica que tece riffs
sumptuosos e solos deslumbrantes, um baixo irrequieto que se desmarca com as suas
linhas possantes e bem conduzidas, uma bateria que se debate superiormente com
as suas acrobacias euforizantes, e uma voz aveludada e deliciosamente harmoniosa.
Cheguem ao final destes 45 minutos completamente estarrecidos e apaixonados
pela inebriante essência de “The Siren’s Song”. Um aplauso ininterrupto e uma
vénia prolongada a este tridente escocês pela emblemática produção de um dos
discos mais inesquecíveis do ano.
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