quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Dunbarrow - "Dunbarrow" (2016)

Está finalmente disponível para escuta aquele que foi um dos álbuns mais ansiados de 2016. O estreante disco homónimo do quarteto norueguês Dunbarrow está aí e vai de encontro às mais sublimes expectativas que previamente a ele haviam sido dedicadas. Baseado numa sonoridade Witchcraft’eana de onde sobressaem o Blues sombrio e o Proto-Doom de fragrância setentista, este “Dunbarrow” representa a fiel e merecida sequela aos breves registos que a banda norueguesa criara nos últimos 4 anos e com os quais eu tanto salivara. O seu Blues Doom’esco de tenebrosas aparências Sabbath’eanas e Pentagram’icas governa com extravagância e vaidade os nove temas que compõem o álbum. É demasiado fácil entregarmo-nos a este ritual oculto que prontamente nos fascina, aprisiona e possui. Esta luciférica tentação é celebrada por duas guitarras de almas enlutadas que nos assombram com as suas luxuriantes danças profanas, um baixo de reverberação densa e funesta que sombreia com autoridade todas as divagações demoníacas das guitarras, uma estimulante bateria conduzida a um ritmo pausado, e uma voz límpida, crua e melodiosa (irmã-gémea dos vocais de Magnus Pelander) que tão bem condimenta esta robusta, cativante e nebulosa atmosfera de “Dunbarrow”. Este disco veio solidificar a minha imensa adoração a esta banda nórdica. Comunguem os carismáticos riffs de negros véus envergados que se espreguiçam em demoradas acrobacias, e obedeçam à sua natureza inquisidora. Deixem-se hipnotizar pela fúnebre radiação exalada por “Dunbarrow” e convertam-se em seus devotos peregrinos. Este é certamente um dos grandes e singulares discos de 2016. O LP sai oficialmente esta próxima sexta-feira (29 de janeiro) via Heksekunst e pode ser adquirido aqui.

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