Está finalmente disponível para
escuta aquele que foi um dos álbuns mais ansiados de 2016. O estreante disco
homónimo do quarteto norueguês Dunbarrow
está aí e vai de encontro às mais sublimes expectativas que previamente a ele
haviam sido dedicadas. Baseado numa sonoridade Witchcraft’eana de onde sobressaem o Blues sombrio e o Proto-Doom
de fragrância setentista, este “Dunbarrow”
representa a fiel e merecida sequela aos breves registos que a banda norueguesa
criara nos últimos 4 anos e com os quais eu tanto salivara. O seu Blues Doom’esco de tenebrosas aparências
Sabbath’eanas e Pentagram’icas governa com extravagância e vaidade os nove temas
que compõem o álbum. É demasiado fácil entregarmo-nos a este ritual oculto que prontamente
nos fascina, aprisiona e possui. Esta luciférica tentação é celebrada por duas
guitarras de almas enlutadas que nos assombram com as suas luxuriantes danças
profanas, um baixo de reverberação densa e funesta que sombreia com autoridade todas
as divagações demoníacas das guitarras, uma estimulante bateria conduzida a um
ritmo pausado, e uma voz límpida, crua e melodiosa (irmã-gémea dos vocais de Magnus Pelander) que tão bem condimenta
esta robusta, cativante e nebulosa atmosfera de “Dunbarrow”. Este disco
veio solidificar a minha imensa adoração a esta banda nórdica. Comunguem os
carismáticos riffs de negros véus envergados que se espreguiçam em demoradas acrobacias,
e obedeçam à sua natureza inquisidora. Deixem-se hipnotizar pela fúnebre radiação
exalada por “Dunbarrow” e convertam-se em seus devotos peregrinos. Este é
certamente um dos grandes e singulares discos de 2016. O LP sai oficialmente esta próxima
sexta-feira (29 de janeiro) via Heksekunst e pode ser adquirido aqui.
Links:
Facebook
Bandcamp
SoundCloud
Bandcamp
SoundCloud
Sem comentários:
Enviar um comentário