Está finalmente lançado em
solo europeu (via Svart Records nos
formatos de CD e LP) um dos álbuns mais aguardados do ano. ‘Shifting Mirrors’ é o
novo álbum do power-trio Blaak Heat e devo antecipar que se
trata de um dos registos mais hipnóticos e apaixonantes de 2016. Nutrida por um
Heavy Psych convulsivo aliado a um Surf Rock de tonalidade arábica
que nos envolve como que um turíbulo fumarento, esta mística caravana que se
serpenteia pelas douradas e aveludadas areias do deserto representa o expectável
seguimento do seu antecedente ‘Edge of an Era’ (review aqui), ao qual dedico uma sagrada
e intemporal veneração. Na Primavera de 2013 tive o enorme prazer de assistir
ao vivo a Blaak Heat (ainda sob a denominação de Blaak Heat Shujaa) no
norte de Espanha (review aqui),
num concerto que ainda se perfila como um dos grandes e inesquecíveis concertos
da minha vida. Desde então que a minha intocável devoção por esta banda – nascida
em Paris (França), mas mudada para Los Angeles (Califórnia, EUA) – se
galvanizara aos mais sublimes territórios da minha pirâmide valorativa.
Acompanhei religiosamente toda a produção deste ‘Shifting Mirrors’ com
salivantes expectativas, e hoje pude finalmente comungá-lo detidamente. A sua
sonoridade imensamente fascinante traz na sua alma os perfumados e religiosos
ares do Médio Oriente, numa harmoniosa ode aos deuses faraónicos. Foi-me
demasiado fácil inalar todos aqueles tumultuosos riffs encharcados de mescalina, tombar as pálpebras e sentir-me sobrevoar
os embriagantes céus da Pérsia antiga. Mergulhem a vossa alma nesta embriagante
infusão ao som de uma guitarra reinante – de vaidade incontida – que se
transcende nas suas agitadas e atraentes danças obscurantistas, um baixo
deliciosamente ritmado que sussurra linhas lascivas, pulsantes e robustas, uma
bateria de incríveis e estonteantes acrobacias que nos acelera o ritmo cardíaco
e nos sacode euforicamente, e uma voz messiânica que se eleva da entorpecedora
radiação instrumental e nos encanta. ‘Shifting Mirrors’ é uma verdadeira
hipnose que nos adorna e extasia. Uma sagrada peregrinação à capital da
ataraxia. Absorvam todo este ritual xamânico celebrado por Blaak Heat e atravessem as portas da percepção rumo à infinidade
espiritual.
No mês de Setembro a banda tem presença marcada na 3ª edição do festival Reverence Valada e mal posso esperar por reviver a experiência Blaak Heat (pela primeira vez em solo português). Para quem do lado de lá do atlântico (nos EUA) e restante Mundo aguarda ansiosamente pelo lançamento oficial e sequente distribuição deste majestoso disco nos formatos de CD e LP, apontem: “13 de Maio via Tee Pee Records”.
No mês de Setembro a banda tem presença marcada na 3ª edição do festival Reverence Valada e mal posso esperar por reviver a experiência Blaak Heat (pela primeira vez em solo português). Para quem do lado de lá do atlântico (nos EUA) e restante Mundo aguarda ansiosamente pelo lançamento oficial e sequente distribuição deste majestoso disco nos formatos de CD e LP, apontem: “13 de Maio via Tee Pee Records”.
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