quarta-feira, 13 de abril de 2016

Review: ⚡ Domadora - 'The Violent Mystical Sukuma' ⚡ (2016)

Em 2013 escrevi uma elogiosa análise ao álbum de estreia de Domadora, ‘Tibetan Monk’ (review aqui), consagrando-o posteriormente como o melhor registo musical desse mesmo ano. Hoje –  passados 3 anos – é então lançado o tão ansiado segundo álbum deste power-trio parisiense intitulado ‘The Violent Mystical Sukuma’, e devo adiantar que a receita sonora usada na produção deste novo registo é em tudo semelhante à experimentada na criação do seu disco de estreia. E ainda bem que assim foi. ‘The Violent Mystical Sukuma’ prende um alucinante, enérgico e eletrizante Heavy Psych manifestado em envolventes, vibrantes e delirantes jams que se distendem brilhantemente pelo corpo temporal deste disco. ‘The Violent Mystical Sukuma’ é um álbum que nos amotina, euforiza e detona a consciência pela infinidade espiritual. Um disco imensamente provocante que nos extravia numa redentora e explosiva erupção de prazer, salpicando todas as costuras fronteiriças do Cosmos interior. Sintam-se transcender numa exaltada e delirante manifestação emocional ao som de uma guitarra verdadeiramente endiabrada que se exorciza desvairadamente tanto em riffs frondosos, cáusticos e soberanos, como em solos tremendamente velozes, excitantes, fecundantes e comoventes que nos asfixiam a lucidez e convidam à intensa e vertiginosa eclosão consciencial pelos renováveis firmamentos da infinidade vertical. Pendulem os vossos corpos embriagados ao deslumbrante som de um baixo deliciosamente groove’sco – de linhas corpulentas, maciças e pulsantes – que serpenteia extravagantemente toda esta prazerosa efervescência, e deixem-se chicotear pelas incitantes e estonteantes investidas de uma bateria rutilante e faiscante que se solta numa intensa e emocionante cavalgada. ‘The Violent Mystical Sukuma’ tem o poder de nos magnetizar de encontro ao núcleo de uma profunda e labiríntica espiral tricotada pela voluptuosidade. Comunguem este ácido lisérgico via auditivo, dilatem as pupilas e desfrutem de toda uma admirável odisseia enteogénica pela essência xamânica de Domadora. Um dos grandes discos de 2016 está aqui.  

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