segunda-feira, 31 de outubro de 2016
domingo, 30 de outubro de 2016
Review: ⚡ Asteroid - ‘III’ (2016) ⚡
Foram sete anos de intervalo
que balizaram o lançamento do seu último álbum ‘II’ (em 2009) e o tão
ansiado lançamento do seu novo trabalho ‘III’ (agendado para dia 11 do
próximo mês de Novembro). Tenho este power-trio
sueco como um dos mais influentes padroeiros do meu altar musical, e o seu
álbum de estreia adjectiva-se como um dos mais grandiosos discos da minha vida
ao qual dedicarei uma sagrada e intemporal veneração. As crateras no solo da
minha alma são testemunhas imortais do impacto que Asteroid teve e terá sempre em mim. Portanto foi com desmedido
entusiasmo que respondera à entrada em estúdio da banda sediada na cidade Örebro depois de um longo e silencioso
jejum.
‘III’ – tal como o nome sugere –
representa o último capítulo da emocionante e admirável trilogia de Asteroid pelos sidéricos e delirantes meandros
do Psych Rock em harmoniosa parceria
com o aromático e carismático Prog Rock
de contornos setentistas. Promovido pelo
selo discográfico sueco Fuzzorama
Records – ao qual a banda reforça o seu vínculo de lealdade – este novo álbum
prende uma sonoridade imensamente perfumada, elegante, envolvente, dinâmica e comovente
que nos hipnotiza e navega pelos sedosos mares da ataraxia. A nossa alma –
quando exposta à exalação estelar de ‘III’ - é seduzida e massajada pelo
prazer em estado musical. Somos submetidos a um profundo e inabalável estádio
de plenitude espiritual que nos adorna do primeiro ao derradeiro tema. Rebaixem
as pálpebras, adormeçam o olhar e deixem-se embriagar pelas danças eróticas de
uma guitarra tremendamente encantadora que – com os seus riffs torneados, voluptuosos e empolgantes aliados a uivantes e excitantes
solos de inenarrável beleza – nos assalta e conquista. Baloicem detidamente ao
som ondulante de um baixo groove’sco de
linhas verdadeiramente robustas, magnetizantes e pulsantes que nos mantém entregues
a uma constante dança corporal, e respondam de forma efusiva a uma bateria galopante
que nos atiça com as suas fascinantes, inventivas e acrobáticas investidas. ‘III’
é – previsivelmente – um dos álbuns incontornáveis de 2016, merecedor de um
lugar de destaque no pódio. Um álbum que promete cimentar a admiração dos seus
velhos seguidores e capturar a atenção daqueles que comungam o extasiante elixir
de Asteroid pela primeira vez.
Empoeirem-se nesta nebulosidade estelar e testemunhem a fantástica colisão
deste poderoso asteroide na vossa alma sedenta de algo assim.
sábado, 29 de outubro de 2016
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Review: ⚡ Los Asteroide - ‘Trotamundos’ (2016) ⚡
Da cidade argentina de Buenos Aires chega-nos a sedosa, quente
e perfumada brisa sonora do power-trio
Los Asteroide apelidada de ‘Trotamundos’.
Este segundo álbum de estúdio da banda argentina encerra o lado mais árido e
veraneio do Psych Rock,
seduzindo-nos e conduzindo-nos numa envolvente, lisérgica e extasiante peregrinação
pelas distensíveis, arenosas e aveludadas dunas de um deserto vigiado e bronzeado
por um sol endeusado. A sua sonoridade imensamente contemplativa, fascinante e inebriante
convida-nos a vivenciar um estado totalmente desconexo da realidade, de
alucinações ininterruptas, desprendimento do ego e a admirável dilatação da
percepção extrassensorial. ‘Trotamundos’ é verdadeira
psilocibina via auditiva. Um oásis espiritual onde a nossa alma se refugia e
deleita ao longo dos 38 minutos distribuídos pelos 9 temas que incorporam este
hipnótico e ataráxico álbum. Comovam-se ao som erótico de uma guitarra paradisíaca
e encantadora que se exterioriza em relaxantes, morfínicos e voluptuosos riffs e se envaidece em exaltantes,
delirantes e imensamente provocantes solos capazes de nos mergulhar numa profunda
e intensa euforia. Entreguem-se a uma constante dança pendular incitada pelas aprazíveis
e tentadoras linhas de um baixo serpenteante, robusto e murmurante que banha
toda a atmosfera sonora de ‘Trotamundos’ com a sua reverberante
ondulação. Deixem-se governar e estimular pela deliciosa e redentora ritmicidade
de uma bateria ardente conduzida a sensibilidade, perícia e emoção. Este é um
álbum que nos passeia a lucidez pelos infindáveis e resplandecentes desertos da
alma. Um álbum extremamente deslumbrante e narcotizante que nos guia de
encontro aos sagrados domínios do transe. Bronzeiem-se nesta alucinógena
radiação de Los Asteroide e libertem-se
da gravidade terrena, num espantoso arremesso da consciência pela vasta verticalidade
do Cosmos espiritual.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
domingo, 23 de outubro de 2016
sábado, 22 de outubro de 2016
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Review: ⚡ Eerie - ‘Eerie’ (2016) ⚡
É muito raro o lançamento do
influente selo nova iorquino Tee Pee
Records que não seja do meu inteiro agrado. Mesmo que o impacto não se faça
sentir logo na primeira audição, a persistência costuma culminar na irreversível
conquista da minha aprovação. Eerie
foi um desses casos. Este quarteto norte-americano que disfere uma delirante,
obscura e agressiva sonoridade – resultante da intensa e retumbante colisão
entre o Heavy Psych, o Doom Metal e o Black Metal – acaba de lançar o seu álbum de estreia e o mesmo melhora
e amadurece a cada audição que lhe dedico. ‘Eerie’ propaga uma atmosfera tirânica
que nos inflama e arrasa. São cerca de 37 minutos – distribuídos pelos cinco
temas que o povoam – de um corrosivo, delirante e electrizante Heavy Psych, aliado a um denso, sombrio
e tirânico Doom Metal, e a um furioso e demoníaco Black Metal. Estes três ingredientes entrançam-se
e agigantam-se numa intimidante, despótica e monolítica avalanche que se
soergue e nos sombreia do primeiro ao último acorde. Obedeçam à reinante
guitarra de alma luciférica que se manifesta em sinistros, magníficos aparatosos
riffs e se aviva em gritantes, desvairados
e alucinantes solos capazes de nos golpear e destroçar a lucidez. Atemorizam-se
com os rugidos soberanos de um baixo soturno, maciço, corpulento e vibrante que
se carrega pausadamente na tenebrosa ambiência de ‘Eerie’. Exaltem-se ao ritmo
frenético, galopante, acrobático de uma bateria imensamente estimulante que
transpira emoção e adrenalina, e sintam-se esporeados por uma voz colérica, incandescente
e mordaz que se agiganta neste profundo cataclismo. ‘Eerie’ é um álbum de
natureza violenta que nos assombra, domina e fascina. Entreguem-se aos poderosos
domínios de Eerie e deixem que estes
enlutem e mumifiquem a vossa alma.
Links:
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Tee Pee Records
Tee Pee Records
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Review: ⚡ Jungle City - ‘Jungle City III’ (2016) ⚡
Da cidade australiana de Adelaide chega-nos a exuberante e
empolgante fragância do power-trio Jungle City. Lançado hoje mesmo, ‘Jungle
City III’ – tal como o nome sugere – representa o terceiro álbum da
banda e vem dotado de um atraente, sublime e luxuoso Heavy Psych N’ Blues de raízes setentistas
que nos circunda, encanta e endoidece com tremenda facilidade. Este é um disco forjado
à minha imagem. Um disco revestido de uma sonoridade que percorre todo o
espectro da elegância e fascínio, e nos deixa reféns de um profundo, envolvente
e prazeroso delírio, rico em visões caleidoscópicas. Tudo em ‘Jungle
City III’ transpira lubricidade e emoção. Um perfeito abalo de êxtase e
euforia que nos deixa entregues a um estádio de constante ebulição. Desmaiem as
pálpebras e dancem detida e apaixonadamente ao deslumbrante som de uma guitarra
arrebatadora que se envaidece em provocantes, voluptuosos e mirabolantes riffs e se exalta em exuberantes, desgovernados
e estonteantes solos que nos intrigam e hipnotizam com desmedida impetuosidade. Sintam a portentosa, dominante,
intensa e torneada ondulação rítmica de um baixo volumoso embater na vossa
crosta consciencial e oxidá-la com o seu reverberante bafo. Desatem-se de
qualquer inibição à sonância redentora de uma bateria ardente conduzida a vivacidade,
perícia e satisfação, e deixem-se inebriar por uma voz requintada, polida e
harmoniosa que sobrevoa com distinção todo este etéreo, perfumado e irresistível
elixir via auditivo. Mergulhem neste profundo oceano de extasiante e
narcotizante comoção e no final regressem à superfície da lucidez completamente
sedados pelos eróticos domínios de Jungle
City. Estamos mesmo na presença de um dos mais extraordinários álbuns de
2016.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Review: ⚡ Captain Crimson - ‘Remind’ (2016) ⚡
A Suécia é hoje – muito provavelmente – a capital europeia do lado
underground da música Rock. Bandas notórias como Lowrider, Asteroid, Witchcraft, Graveyard, Spiritual Beggars,
Grand Magus, Kamchatka, Abramis Brama,
Dozer, Truckfighters e Greenleaf
já se acostumaram a repartir o seu imenso protagonismo com um crescente clã de
jovens bandas compatriotas que, entretanto, floresceram com vistosa vivacidade.
Estou a referir-me a bandas como Spelljammer,
Monolord, Blues Pills, Yuri Gagarin
e Captain Crimson – aliadas a uma
elite recém-formada de onde ressaltam nomes promissores como Montgolfière, Second Sun,
Pershagen, Postures, Svvamp e MaidaVale – que vivem hoje um momento
sublime e imaculado do seu incrível e distensível potencial, assegurando a
continuidade do espantoso legado fundado pelos seus ancestrais.
Uma das bandas que mais se
tem destacado neste populoso enxame é Captain
Crimson que acaba de lançar o seu terceiro álbum apelidado de ‘Remind’
pela mão do afamado selo norte-americano Small
Stone Records. Este magnifico álbum é governado por um musculado, elegante
e torneado Hard Rock de condução setentista em hipnótica cumplicidade com
um fascinante, prodigioso e delirante Heavy
Psych. Fieis à robusta e dançante sonoridade que os caracteriza desde a
produção do seu álbum de estreia, este quarteto natural da cidade sulista de Örebro tem em ‘Remind’ o ponto mais
exponencial da sua carreira até ao momento. São cerca de 40 minutos vividos num
incontido entusiasmo que nos transcende a um sagrado estádio de intenso
encantamento. Deixem-se absorver nesta profunda comoção de prazer ao impressionante
som de uma guitarra envaidecida que se manifesta em acordes imensamente
empolgantes, harmoniosos e arrebatadores e se extravia em extasiantes, requintados
e alucinantes solos, um baixo magnetizante de bailados robustos, dinâmicos e
sensuais, uma voz charmosa, mélica e tonificante que se passeia livremente pela
extravagante atmosfera de ‘Remind’, e ainda uma bateria
verdadeiramente excitante que tiquetaqueia com perícia e emoção toda esta luxuriosa
e envolvente cavalgada que nos espezinha e conquista a alma. Este é um álbum de
natureza apaixonante que nos namora do primeiro ao derradeiro tema. Embrenhem-se
na adorável fragância sonora de ‘Remind’ e testemunhem o radioso encantamento
de um dos grandes discos de 2016.
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