Da cidade de Fresno (Califórnia, EUA)
chega-nos a radiância demoníaca exalada pelo novo e segundo álbum do power-trio Beastmaker. Com o lançamento oficial agendado para o dia de amanhã –
19 de Maio – nos formatos físicos de CD e vinil pela mão do carismático selo
discográfico londrino Rise Above Records,
este intenso e portentoso ‘Inside the Skull’ encerra um vigoroso,
inflamante e poderoso Doom Metal
dissolvido num hipnótico, cerimonioso e intrigante Occult Rock de feições setentistas
que nos sombreia e temoriza do primeiro ao último tema. A sua sonoridade
obscura, corrosiva, dominante e luciférica – resultada de uma incrível colisão
entre Black Sabbath e Alice In Chains – causa em nós um instigante,
penetrante e constante fascínio que nos respira, dilata as pupilas e amotina o
corpo completamente inebriado e subjugado pela inquisidora alma de ‘Inside
the Skull’. Enfrentem toda esta possante, enfurecida e tirânica
cavalgada nutrida por uma luxuosa e assombrosa guitarra de perversos,
tenebrosos e imponentes bailados que se agiganta em monolíticos, imperiosos e
majestosos riffs e se vangloria em alucinantes,
vertiginosos e extravagantes solos, um baixo potente, despótico e reverberante de
linhas corpulentas, sombrias e pulsantes que tonifica toda esta tensa e
endiabrada marcha, uma bateria explosiva, dinâmica retumbante que galopeia com autoridade,
expressividade e pujança, e ainda uns vocais diáfanos, cortantes e
narcotizantes – a fazer lembrar Ozzy
Osbourne – que lidera, tempera e terrifica toda a alma profana de ‘Inside
the Skull’. De salientar ainda a presença de samples vocais do inigualável actor Vincent Price (figura importante das fábulas de horror clássico dos 60’s e 70's) que emprestam um feitiço extra a todo este provocante ritual. Este
é um disco que nos enfeitiça com veemência e prontidão. Um álbum superiormente conduzido
por uma beleza herética e magnetizante que nos abraça, enluta a alma e
encaminha ao lado eclipsado da religiosidade. Entreguem a vossa alma aos místicos
desígnios de Beastmaker e
experienciem um dos registos mais soberanos de 2017.
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