A banda norte-americana The Judge acaba de lançar o seu segundo
álbum chamado ‘Tell it to the Judge’ pela mão do influente selo discográfico
californiano Ripple Music nos
formatos físicos de CD e vinil. Baseado na receita sonora já posta em prática
no álbum que o precedeu (review aqui),
este novo registo da banda natural de cidade de St. Louis (Missouri, EUA) irradia um elegante, robusto,
dinâmico e sedutor Hard Rock aliado
a um inflamante, apimentado e voluptuoso Heavy
Blues – de essência Led Zeppelin’eana
– que nos prende e domina do primeiro ao derradeiro tema. São 43 minutos
atestados de um fascinante revivalismo que nos faz desejar ter vivenciado toda a
plenitude dos dourados anos 70. A sua sonoridade imensamente apaixonante combina
na perfeição a energia com a quietude, a obscuridade com a luminância, o
atrevimento com a delicadeza e o requinte com a rudeza, numa prazerosa combustão
que nos hipnotiza, euforiza e endoidece sem qualquer moderação. Na génese desta
deslumbrante e estimulante cavalgada está uma guitarra primorosa que nos namora
com os seus riffs grandiosos, ardentes,
torneados e emocionantes e nos exalta com os seus solos verdadeiramente
eróticos, empolgantes e arrebatadores, um baixo tonificante, corpulento e dominante
de reverberação vibrante, vigorosa e dançante, uma bateria incrivelmente provocante
de inventivas, habilidosas e extraordinárias acrobacias, e ainda uma voz atraente,
quente e lubrificada que se ostenta com opulenta notoriedade na majestosa
atmosfera de ‘Tell it to the Judge’. É impossível alguém permanecer
indiferente perante todo este intenso e desarmante encantamento que nos abraça
e intriga com dominância. Este é mesmo um dos meus registos favoritos do
género. O juíz decidiu, está decidido: um dos melhores álbuns de 2017 está
aqui, na ensolarada sublimidade de ‘Tell it to the Judge’.
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