Está finalmente lançado o terceiro
e novo álbum dos norte-americanos Ruby
the Hatchet apelidado de ‘Planetary Space Child’. Promovido e
apadrinhado pelo afamado selo discográfico nova-iorquino Tee Pee Records sob a forma física de CD e vinil, este novo registo
da formação natural de New Jersey
ostenta um intrigante, luxurioso e ocultista Prog Rock de condução extravagante aliado a um envolvente, glamoroso
e hipnotizante Proto Doom de ares setentistas que nos mantem de pupilas
dilatadas e alma perplexa do primeiro ao derradeiro tema. A sua sonoridade
imensamente etérea e sedutora – de essência ritualística – provoca em nós um
efeito profundamente narcotizante que nos ensombra e adorna a lucidez ao longo dos
41 minutos de duração. Há algo de verdadeiramente divino, sublime e enigmático
na natureza de ‘Planetary Space Child’ que me convertera prontamente em seu
devoto seguidor. Baseado num exuberante órgão de provocantes, obscuros e magnetizantes
bailados, uma deslumbrante guitarra criadora de majestosos riffs e delirantes solos, um baixo robusto de linhas torneadas, sólidas
e ritmadas, uma bateria tonificante de acrobacias desenvoltas e sensacionais, e
uma portentosa voz que transpira elegância, melodia e vigor, este ‘Planetary
Space Child’ é de fácil digestão e imediata veneração. O fabuloso e
copioso artwork de feições quiméricas
que confere rosto a esta verdadeira obra-prima é da autoria do incontornável e
predestinado Adam Burke. Este é um
álbum verdadeiramente fascinante que nos prende e domina com enorme autoridade.
Deixem-se intoxicar pela erótica e opulenta perversão de Ruby the Hatchet e rendam-se aos pés de um dos mais apaixonantes
discos lançados em 2017.
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