quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
terça-feira, 28 de novembro de 2017
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Review: ⚡ Moons - 'Friday the 13th' EP (2017) ⚡
Da Pensilvânia (EUA)
chega-nos o nebuloso EP de estreia da jovem banda Moons. Designado de ‘Friday the 13th’ e lançado – tal como
o nome sugere – no passado dia 13 de Outubro (sexta-feira) em formato digital através
do seu Bandcamp oficial (disponível
para download gratuito), este cativante EP presenteia-nos com a inebriante,
hipnótica e intrigante junção entre um lamacento, obscuro, tirânico e desenfreado
Psych Doom e um inflamante, arrepiante,
robusto e delirante Heavy Blues de
feições demoníacas que nos intimida, sombreia e magnetiza. A sua sonoridade intensamente
estimulante, soberana e perturbante – inundada de um cáustico efeito fuzz – causa em nós uma poderosa narcose
que nos destrava a cabeça temulenta num lento e constante movimento pendular de
ombro a ombro. Há algo de verdadeiramente provocante na saturada e demonizada
atmosfera de ‘Friday the 13th’ que me fez reverenciá-lo na primeira audição
que lhe dedicara. Na composição deste fantástico power-trio está uma guitarra Sabbath’ica de riffs enigmáticos, prepotentes e luciféricos e solos gritantes,
viscerais e ecoantes, um baixo monolítico de linhas pulsantes, arrastadas e
vibrantes, uma bateria retumbante de explosividade impactante e euforizante, e
uma voz límpida, melodiosa e penetrante (a fazer recordar a crueza emotiva do eterno
Jason Molina) que contrasta na
perfeição com a pesada, tensa e sufocante robustez climatizada pelo
instrumental. São 22 minutos governados por uma brumosa ambiência que nos
encanta e entorpece do primeiro ao último tema. Enlameiem a vossa alma na psicotrópica
viscosidade de Moons e testemunhem a grandeza
de um dos mais aliciantes EP’s lançados este ano.
Links:
domingo, 26 de novembro de 2017
sábado, 25 de novembro de 2017
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Review: ⚡ Mía Turbia - 'I' EP (2017) ⚡
Da vizinha Espanha chega-nos o EP de estreia da
jovem formação Mía Turbia apelidado
de ‘I’
e lançado no passado dia 14 de Novembro em formato digital (com download gratuito) através da sua página
oficial de Bandcamp. Esta banda enraizada
na cidade sulista de Jaén (Andaluzia) desenvolve e ostenta em ‘I’
um alegre, envolvente, comovente e agradável Psych Rock de clima primaveril em encantadora e harmoniosa
consonância com um elegante, buliçoso e dançante Prog Rock de ares astrais que nos ambienta, deslumbra e contagia ao
longo dos seus 17 minutos distribuídos pelos três temas que o povoam. A sua
sonoridade acolhedora, relaxante, prazerosa e sedutora obriga-nos a vivenciá-lo
num firme, intenso e radiante estado de ofuscação. Na composição desta estreia promissora
está uma guitarra maravilhosa que se estarrece em mélicos, delicados e
extasiantes acordes e enleva em vistosos, sumptuosos e alucinantes solos, vocais
fogosos, ecoantes e melódicos que se encontram, desencontram e atropelam mutuamente, um baixo dinâmico de
linhas pulsantes, coesas e bailantes, e uma bateria de ritmicidade fascinante que
tiquetaqueia com apaixonante sensibilidade, leveza e requinte toda a
sublimidade de ‘I’. Este é um EP de curta duração que nos obriga a degustá-lo
vezes e vezes sem conta, de forma a saciar o ardente desejo que o mesmo em nós
germina e nutre. Recostem-se confortavelmente, respirem profunda e lentamente, selem
as pálpebras e deixem-se absorver pela inebriante resplandecência difundida por
Mía Turbia num dos EP’s mais
deliciosos do ano.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Review: ⚡ Sombra - 'Visiones' (2017) ⚡
Depois de no verão de 2015
ter sido lançada a fascinante e promissora demo
(muito venerada e elogiada aqui), eis que esta estimada formação espanhola
batizada de Sombra e sediada na cidade asturiana de Oviedo acaba de apresentar o tão ansiado primeiro álbum apelidado
de ‘Visiones’.
Gravado no OVNI estúdio e lançado no formato físico de vinil pelo selo discográfico local Discos
Furia, este extraordinário registo envolve um quente, hipnótico, místico e atraente
Heavy Psych de textura étnica,
enevoado e climatizado por um contemplativo, devoto e extasiante Krautrock de ambiência espacial, e
conduzido por um deslumbrante, perfumado e serpenteante Prog Rock de raiz setentista
que empresta toda uma agradável e impactante vitalidade a ‘Visiones’. A sua
sonoridade verdadeiramente sublime, etérea e arrebatadora tem o dom de nos deter,
enfeitiçar e enlevar a um estádio mental de plena e radiosa ataraxia. Esta
endeusada peregrinação desértica que nos norteia de olhar empedernecido e ancorado
no horizonte – acima de sedosas, tórridas e bronzeadas dunas e debaixo de um Sol
vigilante, febril e resplandecente – é motivada, nutrida e orientada pela admirável,
erótica e exuberante combinação entre uma guitarra exótica que se distingue e
envaidece em dançantes, prazerosos, ostentosos e comoventes riffs que desmaiam em brilhantes, luxuosos,
insuperáveis e desarmantes solos, uma bateria jazzística de toque refinado, fulgente, ligeiro e delicado que
tiquetaqueia todo o disco com base na perícia e emoção, e ainda um baixo deliciosamente
reverberante de linhas dinâmicas, viçosas, robustas e pulsantes que diligencia
com estarrecedora primazia toda esta caravana nirvânica que nos canaliza a um
oásis espiritual. Este é um álbum detentor de uma ambiência apaixonante que nos
mantém a ele atrelados do primeiro ao derradeiro tema. Banhem-se e deixem-se
absorver pelo mélico, radioso e edénico psicadelismo transpirado de ‘Visiones’
e testemunhem todo o esplendor de um dos mais refinados discos de 2017.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
sábado, 18 de novembro de 2017
Review: ⚡ Galactic Gulag - 'To the Stars by Hard Ways' (2017) ⚡
Da margem oposta do oceano
Atlântico chega-nos um dos discos mais entusiasmantes do ano. ‘To
the Stars by Hard Ways’ é o álbum de estreia do quarteto brasileiro Galactic Gulag e vem atestado de um poderoso,
sublime e encantador Heavy Psych que
nos dispara na vertiginosa direcção das estrelas. Lançado ontem unicamente em
formato digital – mas com o real interesse da banda em procurar uma editora com
vista ao lançamento do mesmo também em formato de CD e vinil – este ‘To
the Stars by Hard Ways’ conquistara-me à primeira audição, provocando
em mim um firme e intenso estádio de euforia e fascinação que me governara do
primeiro ao derradeiro tema. A sua sonoridade viajante, expressiva e
hipnotizante – conduzida tanto pela gélida e inóspita obscuridade cósmica como
pela quente e acolhedora resplandecência exalada pelos astros – convida o
ouvinte a uma envolvente, prazerosa, redentora e estimulante digressão consciencial
pelo espaço sideral, deixando para trás o seu corpo caído, inanimado e despido
de lucidez. Toda esta admirável ignição que nos lança para a medula da profundidade
e intimidade cósmica é promovida e nutrida por duas guitarras portentosas que
se consolidam e avolumam em intrigantes, sombrios e imponentes riffs e se esgotam em solos
verdadeiramente vistosos, halucinógenos, delirantes e caóticos que nos golpeiam
e embebedam de adrenalina, um baixo sólido, possante, vibrante e corpulento que
se arrasta e orienta de forma enérgica, ostentosa e dominadora, e ainda uma
bateria explosiva, turbulenta e inflamante que se manifesta em incríveis, atraentes,
frenéticas e virtuosas acrobacias capazes de nos incendiar de um absorvente entusiasmo
e colocar à prova o nosso equilíbrio mental. De destacar e elogiar ainda o
requintado e copioso artwork – a fazer
lembrar a distinta arte de Mœbius –
superiormente pensado e ilustrado pelo artista brasileiro Will Silva que confere rosto a esta épica e inesquecível
odisseia teleguiada pelos Galactic Gulag.
‘To
the Stars by Hard Ways’ é um álbum autenticamente marcante – pilotado a
destreza, mestria e emoção – que nos satura de arrebatamento e comoção.
Vivenciem-no detidamente com total entrega e devoção.
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