De Itália chega-nos ‘Holy Oak’, o novo álbum do tridente
mediterrânico Mr Bison. Lançado hoje
mesmo na forma física de CD e vinil pela mão do independente selo discográfico romano
Subsound Records, este vultoso registo
representava um dos meus mais sérios anseios no que à música diz respeito.
Fundamentado num poderoso, fascinante, flamejante e ostentoso Heavy Blues – com indiscretos laivos de
um perfumado, delirante e requintado Heavy
Psych, e ainda tonificado e oleado por um prestigiado, enérgico, robusto e
ritmado Hard Rock de essência
clássica – este maravilhoso álbum
alberga uma sonoridade tremendamente agradável, afável e cativante que nos
mantém a ele hipnotizados e atrelados do primeiro ao derradeiro tema. São cerca
de 45 minutos temperados e ruborizados e conduzidos a harmonia, ritmicidade, vigor
e ferocidade. Sintam-se transcender a um encantador estádio de bem-estar à
boleia de duas guitarras movidas a elegância que se perdem e encontram por
entre riffs imponentes, montanhosos,
sumptuosos e provocantes, e solos estonteantes, alucinógenos, sublimes e
inflamantes, uma voz felina de rugidos ardentes, ásperos, intensos e picantes,
e uma bateria criativa, viva e dinâmica – de galope explosivo, emotivo e
cintilante – que tiquetaqueia e esporeia toda esta reverberante, dominadora e
euforizante cavalgada. O simpático artwork
que tão bem enverga, maquilha e embeleza o rosto deste álbum pertence ao
inconfundível ilustrador sueco Robin Gnista. Deixem-se mitigar, absorver e extraviar na edénica e mística envolvência
que climatiza e eteriza toda a longevidade de ‘Holy Oak’, e vivenciam
com inteira fascinação, entrega a comoção um dos discos mais estéticos e marcantes
de 2018.
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