Depois da tão promissora
estreia com o lançamento do seu delicioso EP
designado ‘Trip Down Memory Lane’ (review
aqui) – que lhe valera mesmo a conquista do título de melhor EP de 2017 (listagem aqui) – eis
que um ano depois a banda alemã enraizada na cidade de Erlangen se prepara para apresentar o seu primeiro álbum de estúdio.
Com o seu nascimento oficial agendado para amanhã – dia 11 de Maio – nos formatos
físicos de CD e vinil pela mão do selo discográfico austríaco StoneFree Records, este maravilhoso ‘Paradise
& Nadir’ prende e ostenta um majestoso, perfumado, agradável e
luxuoso Psych N' Blues de feição
revivalista e condução Prog’ressiva
que mergulha e ancora o ouvinte num tranquilizante, inamovível e resplandecente
estádio de êxtase. A sua sonoridade mélica – tricotada e orientada a volúpia,
requinte e graciosidade – tem o raro dom de nos envolver, deslumbrar e
apaixonar do primeiro ao último tema. São cerca de 40 minutos absorvidos e
enlevados por uma ambiência genuinamente esplendorosa, maravilhosa e sublime que
nos bronzeia e galanteia com a sua erótica majestosidade. Na génese deste
venerável psicadelismo de ares veraneios e fragância primaveril estão duas
guitarras que se serpenteiam em delicados, comoventes, anestésicos e refinados acordes
e se envaidecem e ululam em fascinantes, aprazíveis, melódicos e hipnotizantes
solos, uma voz melodiosa, lubrificada, aveludada e vistosa que encharca de
desarmante beleza e sensualidade toda a sonoridade do álbum, um baixo
balanceado, fluído e sombreado – de linhas dançantes, vigorosas, pomposas e
oscilantes – que se carrega e passeia livre e detidamente, um carismático,
adorável e enigmático teclado superiormente movido a exuberância, excelência e maviosidade,
uma bateria copiosamente inventiva e acrobática – de toque polido, fino,
ligeiro e esmerado – que pauta com descontraída ritmicidade toda a ataráxica esfera
de ‘Paradise
& Nadir’. De destacar e elogiar ainda o fabuloso artwork distintamente delineado pela
inimitável artista australiana Harley
and J que ornamenta e aperfeiçoa este notável disco. Sintam o edénico afago
de Willow
Child e banhem a alma neste verdadeiro oásis sonoro. Um dos registos
mais irresistíveis do ano está aqui, na mágica e mística essência de ‘Paradise
& Nadir’.
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